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Especial | Entrada de gigantes pode trazer mais publicidade para podcasts?

Por| 30 de Agosto de 2019 às 14h28

Divulgação/Half Deaf
Divulgação/Half Deaf
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Quando o primeiro podcast foi criado no Brasil em 2006, a mídia ainda nem era conhecida por muita gente. Naquela época, existiam várias barreiras de entrada, entre elas, a de acesso. O usuário ou precisava ter um aparelho Apple para usar o aplicativo de podcast, ou precisava baixar um outro programa qualquer para ter acesso ao feed de episódios. A mídia também nem era muito conhecida lá fora.

Um dos pontos de inflexão para os podcasts aconteceu em 2014. A Chicago Public Media publicava um episódio especial de seu programa This American Life. Chamada Serial, a produção contou histórias de assassinatos em três temporadas e explodiu em audiência pelos Estados Unidos e o mundo.

Foi aí que o mercado de produção de conteúdo começou a olhar para o termo podcast, lá nos Estados Unidos. Contudo, aqui no Brasil, embora já houvesse uma vasta produção, a audiência e investimentos de publicidade ainda eram muito aquém do que acontecia lá fora.

O tão esperado “ano do podcast no Brasil” nunca chegou realmente a se concretizar. Embora programas como o Nerdcast tenham uma audiência que ultrapasse a casa do milhão, eles são pontos bem fora da curva tanto em termos de visibilidade quanto de publicidade.

Segundo a PodPesquisa 2018, de agosto do ano passado, 39,5% dos produtores de podcast no Brasil contam com audiência de até 99 downloads em média no mês. Somente 6,2% deles disseram passar de 10 mil ouvintes.

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Dados da Podpesquisa 2018 (Fonte: ABPod)

A pesquisa é realizada pela ABPod, Associação Brasileira de Podcasts, e contou com 22 mil respostas de ouvintes, não ouvintes e produtores da mídia em todo país.

Embora os números não pareçam otimistas, há indícios de que o total de ouvintes cresceu no último ano. Não há uma pesquisa que realmente aponte a audiência no Brasil, mas companhias como Spotify e Deezer trazem alguns números interessantes.

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O Spotify abriu a sua plataforma para podcast em 2018, quando resolveu permitir publicação de programas em seu catálogo. Em um ano, a companhia viu sua audiência crescer em 330% em todo mundo. A empresa não informa dados regionais.

Já o Deezer tem um número mais preciso: desde o ano passado, a audiência de podcasts cresceu em 40% em seu app aqui no Brasil.

Agora que grandes companhias entram na jogada, a pergunta permanece: será que 2019 é realmente o ano do podcast no Brasil?

Quase lá 

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Lucas Patricio trabalhou como um jornalista especializado em games por anos. Largou a profissão para montar a sua agência de marketing digital, a GMD. Contudo, foi na época da redação que conheceu Gus Lanzetta, também jornalista e roteirista, e junto com um terceiro sócio montaram uma empresa 100% voltada para podcasts.

Chamada de Half Deaf, ela conta hoje com cerca de 10 podcasts no catálogo. Alguns nomes são um sucesso: Papo Torto e Imagina Juntas, sobre generalidades; Revolushow, sobre política; Overloadr, sobre games; e, um dos mais conhecidos, Projeto Humanos, que conta a história do Caso Evandro, um dos mais emblemáticos assassinatos sem solução no país.

A empresa nasceu no começo de 2018 e hoje conta com estúdio próprio e uma equipe de produtores, roteiristas, locutores, editores de áudio e mais para produzir os programas. Mas será que isso se paga?

Patrício sabe que este não é o momento em que conta fecha, mas vê um mercado em potencial para os próximos anos. Diante da marola que se mostra lá no horizonte, ele quer já estar preparado para a onda que se anuncia.

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“O que a gente tem feito nesse último ano e meio é preparar terreno, produzindo podcasts em alto nível. A gente comprou equipamento novo, e começou a conhecer produtores de conteúdos bons que querem vir para o formato. Começou a conversar com marcas e empresas que, de alguma forma, querem ir se apropriando do formato para suas estratégias. É passar a palavra do podcast. É um trabalho de muita base, cujo retorno a gente vai ver só em um ou dois anos, ainda”, explica.

A Half Deaf tem uma vantagem em relação aos outros produtores de podcast em todo o mundo. A empresa conta com a GMD como parceira, a qual tem anos de experiência produzindo ações de mídia para outras companhias, como Microsoft, Ubisoft, HyperX, entre outras, em vídeo.

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Gus Lanzetta e Jéssica Greco em gravação do podcast Imagina Juntas, da Half Deaf (Foto: Divulgação/Half Deaf)

Mesmo assim, Patrício conta que há a barreira do investimento em podcast. “O interesse da marcas já é evidente, diariamente tem gente conversando comigo com interesse. Mas aí, quando a gente começa a olhar valores, em alguns casos, a empresa não decide enfrentar um projeto, porque isso ainda é visto como algo de vanguarda”, relata.

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O principal problema para ele está ainda na falta de um modelo comercial consolidado para o setor. Essa característica é encarada como “algo positivo e negativo” pelo executivo.

Por um lado, ele vê nisso a oportunidade de não seguir um modelo engessado, em que não há espaço para variações. Por outro, isso faz com que as companhias tenham dificuldade de se abrir para a mídia.

Um dos pontos está na métrica de sucesso de uma ação. Atualmente, para o YouTube ou outra campanha digital, as empresas avaliam se valeu a pena o investimento calculando o custo por mil impressões (também chamado de CPM). Ou seja, quanto a companhia teve de investir para ter mil impressões de um determinado conteúdo.

“A falta de um modelo padrão e o custo padrão facilita e dificulta. Primeiro, facilita porque eu não preciso ficar preso no modelo cruel que é o CPM. É cruel porque ele olha unicamente o número. Nisso, você mata o conteúdo de nicho, que é um formato interessante principalmente para podcast. Se tenho um podcast que tem 20 mil downloads por mês, o que é um número bom, mas eu venda por CPM, o custo vai ser astronômico. Qualquer agência que tentar encontrar para vender isso vai comparar com qualquer outro conteúdo que ela tem, aí não vai vender”, explica Patrício.

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Lucas Patrício, dono da GMD e sócio da Half Deaf (Foto: Wagner Wakka/Canaltech)

Qual seria o modelo ideal então? Diferente de outras mídias, o podcast conta com alta retenção e espírito de comunidade do ouvinte.

Coletivo

Em 2012, dois rapazes que já haviam se enveredado por podcasts resolveram criar um site chamado Jogabilidade. Na época, André Campos e Ricardo Dias, queriam apenas falar de seus jogos para ouvintes que já amavam outros conteúdos que ambos fizeram.

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O projeto foi crescendo, mas ainda sem grande escala, principalmente para pagar o trabalho dos dois. Apesar disso, eles foram engajando uma comunidade de ouvintes e fãs bem robusta até 2016.

A dupla se uniu a mais outros dois integrantes, Eduardo Fonseca e Caio Corraini, e criaram um ousado projeto de financiamento coletivo. Se a campanha atingisse um montante definido, eles se mudariam para São Paulo, viveriam juntos em um misto de escritório e casa compartilhada. Seria um alto investimento pessoal para o grupo, com a promessa de conteúdos mais complexos em YouTube e, principalmente, podcast.

A campanha foi um sucesso e os garotos montaram o projeto que existe até hoje. Atualmente, o Jogabilidade recebe cerca de R$ 12 mil mensais de apoio de seus ouvintes.

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São vários os programas que apostam em plataformas como Patreon, Padrim e até Kickstarter para pagar as contas. Como o meio permite a fidelização, o caminho é viável para muitos produtores.

Contudo, há um limite para isso. “O modelo de financiamento coletivo é interessante e permite que muitos projetos saiam do papel. Eu sou muito a favor deste modelo, pois também dá uma independência maior para os criadores. O problema é que ele é difícil de escalar”, conta Patrício.

Ele se refere a uma limitação de número de contribuintes. Para que um conteúdo cresça de forma rápida, ele precisa também expandir muito rápido a sua base de fãs. É aí que perde este caráter de comunidade.

O ouvinte de podcast, contudo, tem uma característica muito diferente do de outras mídia: ele escuta horas e horas de programas. Segundo a PodPesquisa de 2018, a maioria do público prefere que programas tenham entre 1h e 1h30 de duração. “Em comparação, aqui na GMD, a gente luta para segurar a atenção de um usuário de YouTube por 30 segundos”, brinca Patrício. A média de retenção de podcasts da Half Deaf se aproxima dos 60 minutos.

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É nessa taxa de retenção que o executivo acha que é preciso apostar na hora de vender o podcast. Contudo, explicar isso para agências de publicidade ainda não é uma tarefa fácil, “quase que artesanal”, na voz de Patrício.

Ele conta que é preciso formar uma campanha específica para um cliente, apresentar para um grupo, explicar o que é podcast, como que funcionam as métricas e acreditar que a pessoa do outro lado conheça um pouco da mídia.

“As conversas que mais fluem são quando as pessoas já sabem do que se trata e entendem que o podcast é todo diferente do modelo de YouTube e TV”, conta Patrício.

A entrada de grandes empresas no ramo tem também colaborado para isso. No ano passado, Folha, Piauí e Nexo despontaram como gigantes nesse meio. Neste mês, a Globo também informou que vai lançar 8 podcasts envolvendo grandes marcas da sua emissora, entre elas, o Fantástico.

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Somente este anúncio colocou o termo podcast entre o topo de buscas do Google, apontando como aumento repentino do interesse pela palavra.

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Dados das buscas pela palavra podcast após anúncio de entrada da Globo no mercado (Foto: Captura/Google Trends)

Emprego 

O boom de podcasts não melhorou só a vida de quem escuta, mas criou novas oportunidades. Antes de entrar para o Jogabilidade, Caio Corraini era jornalista de games e trabalhava para a equipe do Arena, braço sobre jogos do antigo IG.

Quando foi contratado, Corraini propôs a criação de um podcast. Chamado de Games on The Rocks, seria a união dos redatores e editores do portal para falar sobre os principais títulos do momento. O programa fez tanto sucesso que alçou o nome Games on The Rocks ao topo dos mais ouvidos dentro do nicho temático.

Pouco tempo depois, idas e vindas pessoais fizeram com que Corraini saísse da vida de jornalista registrado em São Paulo para a de um freelancer em Recife, com passagem por Manaus. Foi no nordeste que recebeu a primeira proposta de editar um programa do qual não participava. No período de poucas semanas, começou a trabalhar para um podcast de tecnologia e já virou editor do Braincast, principal programa do site B9 (na época, Brainstorm9).

A vida de editor rendeu tanto a Corraini que ele deixou o Jogabilidade e montou seu próprio negócio. Começou a editar também o Mamilos, hoje um dos mais reconhecidos podcasts de jornalismo do país, também pertencente ao B9.

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Caio Corraini, dono da Maremoto (Foto: Wagner Wakka/Canaltech)

O crescimento de clientes elevou a renda do ex-jornalista até o momento que ele não mais poderia ser microempreendedor individual (MEI). Ou seja, era hora de abrir, de fato, uma empresa.

Também querendo surfar na boa onda atual de podcasts é que Corraini fundou a Maremoto, uma produtora voltada especificamente para a mídia. Ele mantém um escritório perto da avenida Paulista em que trabalha com o auxílio de mais duas pessoas.

“Por muito tempo, claro, meus principais clientes foram estes podcasts inciais”, conta Corraini. Só depois ele começou a fazer programas corporativos para outros clientes.

Com a Maremoto, ele oferece estrutura de gravação, produção, edição e publicação de programas em podcast. Apesar de ter um negócio sustentável no setor, ele também relata a dificuldade de entrar no mercado de publicidade e produção de programas.

“Hoje em dia, a gente ainda tem a prática de agências de serem responsáveis por este diálogo. O aumento do número de programas ajudou a levantar o interesse lá dentro também. Mas a gente ainda depende de pequenos evangelizadores lá dentro para mostrar o que é podcast e ajuda nesta conversa com o cliente”, fala Corraini.

Um destes era o Grupo Votorantin, cuja produção do podcast interno só teve sucesso porque um dos envolvidos no time de publicidade conhecia e gostava muito da mídia. “Aos poucos, a gente vai vendo mais e mais gente entrando nessa”, acredita.

O divisor de águas

A expressão “ano do podcast no Brasil” é uma piada recorrente dentro da mídia. Isso porque, anualmente, ondas de audiência lá fora se convertem em pequenas marolas no mercado brasileiro. Portanto, o que há de diferente neste ano para se acreditar que realmente chegou a hora da mídia por aqui?

Uma das principais mudanças é a entrada do Spotify na jogada. Claro que a empresa não é a primeira grande a investir no setor, mas é a que faz um grande investimento para isso.

Em fevereiro, a gigante do streaming comprou duas peças-chaves do setor. A primeira é o Anchor, principal plataforma em que criadores podiam publicar seus conteúdos de forma barata, com acesso a estatísticas e ferramentas de produção. No total, foram investidos US$ 140 milhões para que o Spotify pudesse não só adquirir expertise, mas também as 15 bilhões de horas de podcast registradas nos arquivos do Anchor.

Junto dele, a companhia também comprou a Gimlet, estúdio de produção com foco em podcast. Aqui, o Spotify investiu US$ 200 milhões para conseguir conteúdo exclusivo para seu catálogo.

A Gimlet é responsável por outro ponto de inflexão no setor. Em 2016, o estúdio lançou um podcast chamado Homecoming. Trata-se de uma ficção envolvendo crimes e descobertas que tem como elenco vozes de Catherine Keener, Oscar Isaac, David Schwimmer, Amy Sedaris e David Cross.

Só a entrada destes grandes nomes mostra o investimento da Gimlet, mas outra característica jogou o podcast ainda mais aos holofotes. Em novembro do ano passado, Homecoming virou série da Amazon Prime Video, se tornando o primeiro do gênero a ser adaptado no formato de vídeo. É nesse sucesso que o Spotify estava de olho quando comprou a Gimlet.

“Eu já vi muita empresa entrando neste mercado e até tinha uma desconfiança com o Spotify. A diferença é como eles realmente investiram pesado em podcast”, revela Corraini.

Aqui no Brasil, a empresa fez campanhas em outdoors e outras mídias destacando a oferta de programas em seu app, além de divulgar os mais populares como o Nerdcast, Mamilos e Papo Torto.

Todo investimento tem dado certo. “Hoje, um usuário que entra no Spotify consome duas vezes e meia mais música, em média”, aponta Patrício.

O sucesso da plataforma também se converte em audiência para quem publica lá dentro. O app é responsável por metade do público dos programas da Half Deaf.

“Eu brinco: o Spotify tem 50% da minha audiência e eu quero que pare por aí. Porque, claro, não é bom para o mercado que você tenha um player ou outro dominando. O Spotify é incrível, um super parceiro nosso, mas é importante que a concorrência exista e eles estão conscientes disso”, conta Patrício.

Apesar do sucesso do Spotify, ele ainda não é o principal mecanismo pelo qual os usuários consomem programas no Brasil. Segundo pesquisa do Ibope divulgada em maio deste ano, o YouTube é por onde 42% dos usuários ouvem podcast, seguido do Spotify, com 32%.

Os números mostram ainda que 75% do público acompanha pelo smartphone, sendo que 40% usa o computador para isso. Os dados não somam 100%, pois era permitido escolher mais de uma opção.

Apesar disso, o mercado de podcast no Brasil ainda tem muito a crescer. O levantamento do Ibope ainda mostra que 40% dos entrevistados já ouviram podcast. Contudo, 32% não sabem o que é a mídia e 28% disseram nunca ter escutado um programa. Ou seja, ainda existe muito espaço para crescimento por aqui.

Investimentos

A história do desenvolvimento de podcasts em todo o mundo mostra que parte do crescimento da mídia está em investimentos públicos. Uma das maiores produtora dos Estados Unidos é a National Public Radio (NPR), responsável por sucessos como Invisibilia.

As gigantes de produção de podcast como o NPR e a Chicago Public Media recebem investimentos do governo para suas produções, o que permitiu que a companhia contasse com altos investimentos para criar seus programas e expandir a mídia.

Contudo, aqui no Brasil, ainda não há uma previsão de investimentos de editais diretamente voltados para podcasts, o que já acontece em outras produções audiovisuais e até em games.

E os investimentos são altos? Para uma pessoa que queira montar seu podcast em casa, tanto Corraini quanto Patrício concordam que não é preciso tanto equipamento. Atualmente, smartphones contam com bons microfones que dão conta do recado em espaços silenciosos. Ainda, aparelhos de áudio com boa qualidade estão cada vez mais baratos.

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Estúdio da Half Deaf foi atualizado com aparelhos mais modernos para podcast (Foto: Divulgação/ Half Deaf)

Já para quem quer se profissionalizar no meio, a régua é outra. “Aí, não dá para ter baixa qualidade. Com entrada de grandes nomes, o público se acostumou a bons microfones e uma edição bem feita. A qualidade, para quem produz profissionalmente, agora é lá em cima”, aponta Corraini.

É aí que Patrício lembra que o mercado ainda está em fase de investimentos. A produção de um podcast, segundo ele, tem investimentos em fases iniciais tanto quanto qualquer outra mídia.

“O investimento de empresas para essas produções ainda não é tão grande como acontece no audiovisual, mas o custo de produção é muito parecido. Quando você vai contratar um produtor para um vídeo, ele vai cobrar basicamente a mesma coisa para produzir para um podcast. O trabalho é o mesmo para roteirizar e produzir um podcast ou um vídeo. O que muda mesmo é na fase de gravação. Aí, os custos são bem diferentes. Mas um bom roteirista não cobra obrigatoriamente menos porque é para um podcast”, lembra Patrício.

Convencer pessoas do meio de produção como roteiristas, editores, operadores de áudio a seguirem no mercado de podcast também faz parte deste novo cenário. Está aqui um nicho em crescimento nos próximos anos e que pode abrir novos empregos. “É por isso que a gente vai passando a palavra do podcast sempre”, finaliza Patrício.

A antiga marola do podcast está virando onda em 2019, mas deve ser só em 2020 ou 2021 que a mídia vai virar o maremoto para outros produtores, como acontece para Corraini. Assim, o ano do podcast no Brasil ainda deve ser uma expressão do futuro.