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Destaque da NASA: mudanças no Cometa do Diabo na foto astronômica do dia

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Abril de 2024 às 18h58

Shengyu Li & Shaining
Shengyu Li & Shaining
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A cauda do cometa 12P/Pons–Brooks (ou apenas 12P) já sofreu várias mudanças, e você pode vê-las na foto destacada pela NASA nesta segunda-feira (8). A imagem é uma combinação de fotos do cometa tiradas entre os dias 6 e 14 de março, revelando alguns dos processos pelos quais o 12P passou. 

A imagem mostra que, alguns dias, a cauda do 12P estava relativamente grande e complexa; em outros, ela apareceu mais difusa. Estas variações têm relação com fatores diversos, como o ritmo em que o núcleo cometário perde material.  

Outro fator é a taxa de rotação do cometa. Ainda, é preciso levar em conta a força e complexidade do vento solar, formado por partículas eletricamente carregadas vindas do Sol. 

Se você observar bem, vai perceber que a sequência de fotos revela também as mudanças na posição do cometa em relação à nossa perspectiva de observação na Terra.  

Mudanças na cauda do cometa 12P (Imagem: Reprodução/Shengyu Li & Shaining)
Mudanças na cauda do cometa 12P (Imagem: Reprodução/Shengyu Li & Shaining)

Também chamado de Cometa do Diabo, o 12P pode ficar visível para observadores nas regiões norte e nordeste do Brasil. Aliás, era possível que o 12P completasse o espetáculo do eclipse solar de hoje, visto na América do Norte e Central.

O que é um cometa?

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O 12P e outros cometas são grandes objetos de gelo e poeira — e, por isso, eles também são conhecidos popularmente como “bolas de gelo sujas”. Eles são remanescentes da formação do Sistema Solar. 

Uma das características mais conhecidas deles são suas caudas, feitas de duas estruturas; uma é de poeira, e a outra, de íons. Elas se formam conforme o vento solar empurra os gases e poeira do núcleo do cometa, formando caudas que podem se estender por milhões de quilômetros.  

A maioria dos cometas é encontrada nas regiões mais afastadas do Sistema Solar. Parte deles fica no Cinturão de Kuiper e leva menos de 200 anos para orbitar o Sol; outros ficam na Nuvem de Oort, uma esfera de objetos gelados 50 vezes mais longe do Sol do que o Cinturão de Kuiper. 

Fonte: APOD