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Microsoft Store deve ser revitalizada e ganhar nova política de aplicativos

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 20 de Abril de 2021 às 16h15

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Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech
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A Microsoft pode estar planejando reformular completamente a sua loja de aplicativos para o Windows 10. O objetivo é entregar uma interface mais moderna, fluida e com novos recursos para tornar a navegação facilitada. Segundo o site Windows Central, a gigante do software também mudaria as políticas de aceitação de apps para os desenvolvedores, o que poderia trazer uma vitrine revitalizada e mais acessível para estes profissionais.

Apesar de bastante útil, a Microsoft Store parece meio abandonada pela empresa. O aplicativo é lento, feio e bem menos usado pelos usuários do que deveria. Muita gente baixa programas de fonte externas sem sequer lembrar que a loja virtual oferece uma versão própria, 100% funcional e compatível com o sistema operacional.

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Porém, esse cenário pode mudar com o redesenho do software. O design da nova loja deve seguir os traços do novo Windows Sun Valley, que tem previsão de lançamento para o final de 2021. Muitos aplicativos embarcados no Windows 10 devem passar por um banho de loja na aparência, ícones e funcionalidades, o que inclui, obviamente, a Store.

A expectativa é que a loja permaneça como um aplicativo UWP (Plataforma Universal do Windows, em português), o qual permite disponibilizar apps para qualquer dispositivo Windows — computadores, Xbox One, HoloLens e muito mais. Mas ela passará a ser atualizada com mais frequência com a adição de novos recursos e melhorias ao longo do tempo.

Uma das principais falhas hoje é a lentidão e isso pode ser corrigido. A Microsoft Store demora para carregar informações sobre os programas e jogos e isso desestimula a busca. Os downloads e a instalação serão mais amigáveis e rápidos, especialmente quando se trata de arquivos grandes, uma das pedras no sapato do defasado modelo atual.

Mudanças para beneficiar criadores

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Com a flexibilização das regras da loja, a esperança da empresa é que mais desenvolvedores adaptem suas criações para o Windows 10. Com isso, a loja ficaria mais recheada e próxima da experiência ofertada pela App Store, da Apple, e da Play Store, do Google.

Segundo o Windows Central, seriam três as mudanças que beneficiariam os criadores de software:

  • Permitir o envio de aplicativos Win32 não empacotados
  • Autorizar a hospedagem de aplicativos e atualizações em sua própria rede de distribuição de conteúdo (CDN)
  • Liberar o uso de plataformas de comércio de terceiros em aplicativos

Essas alterações permitirão o desembarque de aplicativos Win32 para Store sem qualquer alteração no código existente.Será possível, por exemplo, remeter arquivos com extensão .EXE ou .MSI brutos. No passado, os desenvolvedores eram obrigados a empacotar seus aplicativos como um MSIX e forçados a usar as plataformas de atualização e comércio da loja da Microsoft.

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Os desenvolvedores com aplicativos que possuem recurso de atualização automática integrado, como Firefox ou Zoom, serão beneficiados pela novidade, já que as empresas não precisarão atualizar seus softwares pela loja — elas poderão apenas enviar a atualização pelo próprio app.

Por fim, a possibilidade de usar meios de pagamento externos deve ajudar a engordar o caixa dos criadores de apps, em especial daqueles menores. Ao usar a plataforma de comércio da Microsoft, eles são obrigados a arcar com taxas e descontos, o que, em muitos casos, praticamente elimina a margem de lucro deles.

Mais amigável e democrática

Este passo da Microsoft revela como a empresa mudou o seu paradigma em relação aos aplicativos para se tornar mais liberal — provavelmente reflexo das séries de críticas que a Apple tem sofrido em relação às suas práticas. Programas que haviam sido rejeitados no passado agora devem começar a ser distribuídos na loja oficial da empresa, o que gera benefícios para ambos os lados.

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A flexibilização na política deve favorecer incusive os próprios apps da Microsoft, que poderá atualizar suas criações de forma mais simplificada e disponibilizá-la na loja. É o caso do Teams, do pacote Office, do Microsoft Edge e até mesmo do Visual Studio, todos programas que são baixados de forma externa no modelo atual. O Paint, por exemplo, já está liberado na loja e agora pode ser atualizado com mais frequência, sem depender dos updates do Windows.

A expectativa é que a “nova” loja seja liberada ao público somente na atualização do Windows 10. Mas possivelmente a empresa deve trabalhar em uma renovação também para quem usa sistemas operacionais mais antigos, como o Windows 7.

Por enquanto, tudo isso não passa de mera especulação. Informações oficiais mesmo só devem ser anunciadas na conferência Build 2021, programada para ocorrer entre os dias 25 e 27 de maio de 2021.

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Fonte: Windows Central