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Review Amazfit GTS 2 | É esperto, mas não é um smartwatch

Por| Editado por Léo Müller | 01 de Setembro de 2021 às 17h30

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Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech

Mais inteligente que uma Xiaomi Mi Band 6 e visual semelhante a de um Apple Watch. Essas são algumas das principais características do Amazfit GTS 2, lançado pela Xiaomi no começo de 2021 para quem procura um relógio mais básico com recursos de monitoramento de saúde e atividade físicas.

O “quase smartwatch” da marca chinesa continua sem sistema operacional próprio, mas suporta a assistente virtual Alexa, faz chamadas de voz, tem armazenamento interno para guardar músicas e registra sua saúde 24 horas — tudo isso num design popularizado pelos relógios da Apple.

Mas, afinal, os recursos mais inteligentes fazem do Amazfit GTS 2 uma opção interessante àqueles que não querem gastar muito num smartwatch? Testei o relógio da Xiaomi por alguns dias e compartilho todas as minhas impressões sobre ele nos próximos parágrafos.

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Antes de começarmos, aviso sempre que, caso você se interesse pelo Amazfit GTS 2 ao final desta análise, deixaremos links de compra confiáveis para você adquiri-lo. Vamos nessa?

Prós

  • Visual inspirado no Apple Watch;
  • Tela AMOLED de qualidade;
  • Suporta muitos mostradores;
  • Interface agradável;
  • Aplicativo Zeep é um diferencial.

Contras

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  • Autonomia de bateria não se destaca;
  • Monitoramento impreciso em ambientes fechados.

Confira o preço atual do Amazfit GTS 2

Construção e design

Com design inspirado no Apple Watch, o Amazfit GTS 2 é um relógio muito elegante e que não passa a impressão de ser barato. O corpo retangular é predominantemente construído em liga de alumínio, enquanto a região da tela aposta num revestimento de carbono semelhante ao diamante, segundo a Xiaomi, conferindo-lhe uma construção robusta e, ao mesmo tempo, leve.

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Apesar de ter um visual menos esportivo, o GTS 2 é resistente a mergulhos até 50 metros (5ATM), assim como a certificação presente no Amazfit T-Rex. Na prática, isso significa que você pode pegar chuvas mais intensas e praticar atividades físicas em piscinas.

Na lateral direita fica o único botão físico do relógio inteligente, enquanto na esquerda há um alto-falante. Na região interna da caixa, por sua vez, temos os sensores de saúde, os pinos magnéticos para carregamento e um microfone.

Com relação à pulseira, não há muito o que destacar: temos uma correia de TPU simples muito confortável no pulso e que não irritou minha pele durante o período de teste. O modelo que testamos veio na cor preta (Midnight Black), mas o GTS 2 também pode ser encontrado nas opções Desert Gold (dourado) e Urban Grey (cinza).

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O Amazfit GTS 2 é um relógio visualmente parecido com a linha Apple Watch. O corpo é de liga de alumínio, enquanto a tela tem revestimento de carbono semelhante ao diamante, conferindo-lhe um design bem elegante e robusto.

Tela

A tela do Amazfit GTS 2 é o que se espera de um bom painel AMOLED — inclusive, ele não fica muito atrás de smartwatches muito famosos do ano passado, como Apple Watch Series 5 e Galaxy Watch 3. Ele tem um display de 1,65 polegada com resolução de 348 x 442 pixels e 341 ppi (densidade de pixels), oferecendo ótima definição, cores extremamente vivas e ótima fidelidade de tons escuros.

O brilho máximo do relógio também é muito alto, sendo possível enxergar todas as informações mesmo sob luz do Sol. Também temos um sensor de luminosidade que oferece um ajuste automático de luminosidade conforme o ambiente — nos meus testes, o sensor se mostrou muito preciso durante a noite, algo excelente para não atrapalhar as noites de sono.

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O aproveitamento frontal do GTS 2 não é dos melhores disponíveis no mercado, mas os cantos mais escuros, aliados ao painel AMOLED, dão a impressão de que o relógio seja completamente sem bordas.

Outro benefício do display AMOLED é a presença do recurso Always on Display, no qual exibe algumas informações básicas do relógio, como data e hora, com a tela “desligada”. O mais interessante por aqui é a quantidade de mostradores suportados, pois combinam com os watchfaces disponíveis na loja do aplicativo Zeep.

A tela do Amazfit GTS 2 é um dos destaques, pois oferece ótima definição, cores extremamente vivas e ótima fidelidade de tons escuros. O recurso Always on Display também está presente por aqui, inclusive com presença de diversos mostradores.
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Configurações e desempenho

Como comentei na introdução dessa análise, o Amazfit GTS 2 não chega a ser um smartwatch devido à falta de um sistema operacional próprio, o qual possibilitaria instalar aplicativos como Spotify e Uber. Entretanto, ele leva vantagem sobre algumas fitness trackers do mercado por oferecer alguns recursos mais inteligentes.

Um desses diferenciais é o suporte à assistente virtual Alexa, da Amazon. Utilizando o microfone integrado do relógio, é possível realizar pesquisas, acionar algumas funções internas e controlar outros dispositivos compatíveis na sua casa com a voz.

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Infelizmente, não consegui controlar outros produtos com o Amazfit GTS 2 porque não possuo um ecossistema integrado da Amazon em casa, mas fiz diversas perguntas sobre conhecimentos gerais e obtive retornos muito precisos e rápidos. Vale mencionar que os comandos podem ser feitos em português, o que é excelente.

Outra função teoricamente muito interessante é a possibilidade de realizar chamadas utilizando tanto o microfone quanto o alto-falante integrados. Eu disse “teoricamente” porque, na prática, não vi utilidade principalmente porque não suporta ligações através do WhatsApp.

A Xiaomi não detalha todas as configurações internas do Amazfit GTS 2, apenas seus 3 GB de memória interna para armazenar músicas diretamente do relógio. Segundo a empresa, é possível baixar entre 500 e 600 canções para ouvir através de um Amazfit PowerBuds ou pelo seu alto-falante embutido, mesmo. É um recurso interessante, mas preferi usar o próprio Bluetooth para controlar a reprodução no smartphone.

No mais, temos o básico de um relógio mais simples: a interface é semelhante a de outros produtos da Amazfit e traz a lista de recursos agrupada em formato de lista clicando no botão lateral. Deslizando o dedo de cima para baixo acessa uma central de funções rápidas, onde se pode ligar a lanterna, visualizar as configurações de tela e áudio, e ver informações básicas do relógio.

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De baixo para cima, por sua vez, leva até a central de notificações. As mensagens podem ser exibidas, mas não é possível respondê-las, uma limitação dos relógios mais básicos.

Nos meus testes, não tive problemas de travamentos ou lentidão ao navegar pela interface do Amazfit GTS 2 — a sensação que dá, inclusive, é de que a tela tem uma taxa de atualização mais alta de tão fluida que é.

Acompanhamento físico

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No total, o Amazfit GTS 2 suporta 90 modos de treino. Pode parecer muito — e, de fato, é —, mas a interface agrupa todas as atividades por categoria na aba Exercícios, o que facilita muito para encontrar o ideal para você no momento. Além disso, o relógio conta com um algoritmo que reconhece automaticamente se você estiver praticando corrida ao ar livre, esteira, caminhada, natação, entre outros.

Eu não tive como testar todos os modos de treino suportados pelo Amazfit GTS 2, mas o reconhecimento inteligente de atividade funcionou quando comecei uma corrida ao ar livre, embora tenha sido um pouco demorado para iniciar — talvez o registro manual seja mais rápido.

Assim como percebi no Amazfit T-Rex, o GTS 2 não performa muito bem em exercícios em ambientes internos, como esteira e musculação. O monitor de frequência cardíaca muitas vezes diminuiu meus batimentos cardíacos mesmo quando eu estava agitado — em uma situação, na qual eu estava visivelmente ofegante, o relógio registrou entre 100 batimentos cardíacos (bpm) e 115 bpm.

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Com relação aos exercícios em cenários abertos, no entanto, temos um bom desempenho: tanto o sensor de batimentos cardíacos quanto o GPS integrado funcionou muito bem.

O Amazfit GTS 2 também consegue monitorar os níveis de oxigenação no sangue (SpO2) devido à presença do oxímetro. Infelizmente, não posso dizer se os resultados são fiéis porque não consegui compará-lo com um oxímetro de dedo, mas notei resultados semelhantes aos da Mi Band 6 — ainda assim, no caso de o registro ficar muito abaixo do normal, procure um médico.

Outras funções disponíveis no Amazon GTS 2 incluem o monitoramento de estresse e sono. O primeiro é interessante e mostrou com exatidão os momentos em que eu estava mais tranquilo, enquanto o segundo registrou com eficiência a quantidade de horas dormidas, além da duração de sono leve, profundo e REM — no final, você recebe, inclusive, uma pontuação da qualidade do sono.

Assim como em outros produtos de Xiaomi e Amazfit, o GTS 2 faz um ótimo acompanhamento de saúde e treino, mas somente em ambientes ao ar livre. O GPS integrado também funcionou com precisão.

Conectividade

Assim como acontece em outros wearables da Amazfit/Xiaomi, é necessária a instalação do aplicativo Zeep, disponível para celulares Android e iPhones. O software tem uma interface parecida com a do Mi Fit, dividindo todas as informações sobre exercícios, saúde e comunidade em três abas.

Acessar o histórico de treino é muito simples, assim como as configurações do relógio a loja de mostradores disponíveis — no momento da publicação deste review, haviam 85 opções.

Quanto ao Bluetooth, nada a reclamar: conectei o Amazfit GTS 2 a um Galaxy S20 e não tive nenhum problema de conexão durante os testes. Assim como no T-Rex, o controle de reprodução de músicas e a visualização de mensagens são bem instantâneos, o que é excelente.

Bateria e carregamento

Com relação à autonomia de bateria, o GTS 2 promete sete dias de uso normal com apenas uma carga ou 20 dias de utilização mais básica. Nos meus testes — com brilho automático, análise de batimentos cardíacos a cada um minuto, registro de atividades físicas diariamente com GPS e notificações ativadas —, consegui esgotar os 246 mAh do relógio em seis dias, o que é ótimo e similar ao alcançado pelo Amazfit T-Rex.

Se você não for um usuário muito exigente — que não usa o GPS frequentemente ou monitora seus batimentos cardíacos a cada minuto —, provavelmente o GTS 2 consegue durar mais de uma semana com apenas uma carga sem problemas.

No carregamento, temos o tradicional sistema magnético de outros smartwatches e pulseiras inteligentes da Xiaomi. A velocidade de recarga não é das mais rápidas — conectado à porta USB do computador, levei cerca de duas horas para carregá-lo completamente.

Concorrentes diretos

O Amazfit GTS 2 não chega a ser um smartwatch completo por não contar com sistema operacional próprio. Entretanto, seu preço praticado no Brasil faz com que ele compita com alguns relógios inteligentes mais antigos — o que levanta a dúvida se compensa levá-lo para casa.

Seu principal concorrente é o Galaxy Watch Active2, da Samsung. Ele pode ser encontrado no mercado nacional por cerca de R$ 1.000, um preço bem interessante considerando os recursos que entrega, como a possibilidade de instalar aplicativos de terceiros. Além disso, sua precisão nos monitoramentos de saúde e atividade física é muito melhor.

Caso você não curta o estilo Apple Watch do GTS 2, O Amazfit GTR 2 é uma opção mais tradicional, com caixa redonda. No mais, trata-se de basicamente o mesmo produto, inclusive com preços semelhantes.

Conclusão

O Amazfit GTS 2 é um dos relógios básicos mais interessantes de 2021. Ele oferece todos os principais recursos de monitoramento de atividades físicas e saúde de outros modelos, e se sobressai por trazer memória interna para armazenar músicas localmente e realizar ligações, algo incomum em fitness trackers.

Entretanto, acredito que não valha a pena pagar cerca de R$ 1.000 por ele. O Samsung Galaxy Watch Active2 é um smartwatch mais completo e pode ser encontrado por valores, inclusive, mais em conta. Agora, caso você encontre o GTS 2 na faixa de R$ 500 e R$ 600, não exite em considerá-lo.

E aí, curtiu o Amazfit GTS 2? Confira no link abaixo uma oferta especial que preparamos para você!