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Review Haylou Solar | Uma pulseira inteligente com formato de relógio

Por| Editado por Léo Müller | 07 de Julho de 2021 às 12h00

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Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech

O Haylou Solar é o segundo relógio inteligente da pouco conhecida Haylou (pronuncia-se “Hello”), marca chinesa cuja uma das principais investidoras é a Xiaomi. Com foco em aliar monitoramento de atividades físicas e preço acessível, o gadget estreou no mercado chinês em abril de 2020 como um dos mais completos na época, e desembarca no Brasil com o objetivo de ser o seu companheiro de treino.

Para isso, o Solar aposta em formato tradicional de relógio, certificação IP68 para proteção contra água e poeira, mais de dez tipos de exercícios físicos, monitoramento de batimentos cardíacos e alerta de sedentarismo. Será que o smartwatch tem um conjunto suficiente para concorrer com as principais smart bands do mercado nacional?

Tive a oportunidade de passar alguns dias com o Haylou Solar e trago, nos próximos parágrafos, todos os pontos positivos e negativos do relógio. Caso você se interesse por ele ao final desta análise, deixaremos uma oferta confiável.

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Prós

  • Design de relógio tradicional;
  • Interface simples e fluida;
  • Bateria de longa duração;
  • Preço muito interessante.

Contras

  • Monitor de frequência cardíaca é impreciso;
  • Tela TFT oferece cores lavadas;
  • Aplicativo é bom, mas parece mal-acabado.
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Confira o preço atual do Haylou Solar

Haylou Solar em vídeo

Construção e design

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Comecemos pelo design: o Haylou Solar foge de muitos smartwaches que tentam se parecer com o Apple Watch e aposta em uma caixa metálica de formato circular. O modelo que testamos tem 45 mm de diâmetro, sendo bastante discreto mesmo em pulsos mais finos. Além disso, o corpo metálico de cor cinza o deixa muito elegante, algo que não se vê muito em produtos mais básicos.

Outro detalhe que me agradou no Solar foi sua pulseira ergonômica. Ela é construída em silicone e traz uma tecnologia que a empresa chama de Nano Lightwave, que promete facilitar o respiro da pele, evitando suor excessivo na região do pulso — durante os testes, o pulseira não me incomodou mesmo após horas de exercícios.

Vale mencionar, também, que o relógio da Haylou tem certificação IP68 para proteção contra água e poeira, um ponto bastante positivo se considerarmos a sua proposta mais simples. No entanto, a fabricante não recomenda utilizar o Solar em atividades que exigem muito contato com a água, como mergulho e sauna. Ainda assim, sua resistência deve ser o suficiente para um bom banho de chuva.

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Na lateral direita do produto fica seu único botão, que serve para retornar uma ação e ligar a tela do relógio. A peça é da mesma cor da caixa, deixando-a bem discreta.

O Haylou Solar chama atenção por ser um relógio inteligente acessível com construção e design interessantes.

Tela

Já que estamos falando de um produto básico, cortes de custos precisaram ser feitos — e um deles foi na tela. Por aqui, temos um painel colorido do tipo TFT de 1,28 polegada e resolução de 240 x 240 pixels. O display tem bom aproveitamento da face frontal e resolução agradável, permitindo ver mais informações da interface, mas os elogios param por aqui.

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A qualidade da tela é o que se espera de um painel TFT: o brilho máximo é ok para a categoria, mas os tons escuros são acinzentados, o contraste não é alto, e as cores são mais lavadas, resultando em imagens muito desinteressantes. Além disso, também não há alguns recursos que geralmente vemos em modelos mais caros, como um modo de tela sempre ligada.

No entanto, é possível acender a tela do Haylou Solar apenas erguendo o pulso. Durante os testes, a detecção do movimento foi boa enquanto eu estava em pé ou sentado, mas pude perceber que a sensibilidade era muito alta enquanto eu estava deitado, fazendo com que a tela acendesse várias vezes durante a noite.

No aplicativo Haylou Fit — o qual falarei mais a frente —, também é possível definir o tempo de ativação da tela, que pode ser configurado para cinco, 10 ou 15 segundos.

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Configuração e desempenho

Quando o assunto é desempenho, o Haylou Solar também se mostra bastante básico, embora não decepcione. A interface proprietária da chinesa é simples e amigável, exibindo todas as funcionalidades em formato de lista.

Deslizando o dedo de baixo para cima exibe a lista de recursos, enquanto o inverso acessa uma espécie de central. A janela permite visualizar a porcentagem da bateria, acessar as configurações do relógio e algumas funções, como a de localizar o smartphone.

A navegação do sistema é bem ok para a categoria. Os comandos são feitos com certa rapidez e não percebi lentidão ao transitar entre as telas, algo que critiquei no Realme Watch S. O único ponto negativo que devo mencionar é a falta do idioma português na interface do relógio, o que pode afastar os usuários que não saibam o básico da língua inglesa.

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Para um smartwatch barato, o Haylou Solar oferece um interface bastante fluida e completa, embora não esteja disponível no idioma português.

No mais, temos uma limitação já esperada em relação às coisas que o Haylou Solar consegue fazer sem estar pareado a um celular. Por exemplo, ele inicia somente o cronômetro e o temporizador, e não cria alarmes, algo relativamente simples entre os relógios e smart bands mais básicos. Também é possível mudar o mostrador diretamente pelo smartwatch, já que há poucas opções disponíveis.

Acompanhamento físico

O Haylou Solar tem um total de 12 modos de exercícios. São eles: ciclismo, corrida, caminhada, spinning, ioga, musculação, treinamento funcional, basquete, futebol, canoagem e jogging, uma atividade mais rápida que caminhar e mais lenta que correr. O relógio não traz GPS integrado, portanto os cálculos de distância e localização são feitos pelo próprio smartphone.

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Bom, vamos lá: em um dos testes, saí para caminhar com Haylou Solar no pulso e não percebi muitos problemas no geral, embora ele não seja perfeito; tanto o contador de passos quanto a localização conectada ao celular funcionaram muito bem. O monitor de frequência cardíaca, no entanto, não foi muito preciso, tendendo a elevar um pouco os resultados mesmo em momentos de repouso.

Além disso, o relógio é capaz de monitorar o sono, mas a função também é imprecisa e nem sempre consegue registrar corretamente os períodos de sono pesado e sono leve corretamente.

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Conectividade

Como eu comentei mais acima, só é possível acompanhar dados do sono, histórico de frequência cardíaca, relatórios de exercícios e outras configurações através do aplicativo Haylou Fit, disponível para celulares Android e iPhone (iOS). É imprescindível a instalação no aparelho, caso contrário o relógio nem inicia.

Felizmente, o software da Haylou não representa um desafio para criar conta, diferente do app da Realme, com o qual tive uma experiência bem negativa. Uma vez conectado, temos uma interface relativamente simples com todas as configurações do relógio, além de diversas opções de permissões disponíveis.

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A principal crítica que faço ao aplicativo é o seu acabamento. Diversos elementos do software parecem feitos às pressas: as fontes são irregulares, fazendo com que as palavras fiquem cortadas ou com espaçamentos diferentes. Além disso, a tradução para o português não é muito precisa.

Bateria e carregamento

Quando o assunto é duração de bateria, temos uma surpresa e tanto por aqui. São 340 mAh que, segundo a empresa, garantem até 30 dias de uso no modo apenas relógio — ou seja, sem as funções de monitoramento ligadas —, caindo para 15 dias se o sensor estiver funcionando continuamente.

Durante uma semana de testes, com o relógio conectado ao celular, brilho de tela em 50% e monitorando meus batimentos cardíacos direto, sua bateria caiu de 100% para 75%, uma autonomia excelente. Obviamente, esses valores devem mudar se você fizer bastante exercício ao ar livre e usar a luminosidade no máximo.

Com relação ao carregamento, Haylou Solar possui um carregador magnético com dois pinos que se acoplam na parte de baixo do relógio, solução semelhante a do Realme Watch S. Além disso, a ponta do cabo é USB-A, podendo ser conectada a um computador, notebook e adaptadores de energia compatíveis. A velocidade de recarga se destaca, levando, aproximadamente, 1h30 para sair de 50% para 100%.

Concorrentes diretos

Entre as opções da mesma faixa de preço, o Haylou Solar compete diretamente com as quinta e sexta gerações da Mi Band, sem contar com a Amazfit Band 5, todas da Xiaomi. Todos os modelos citados não possuem design de relógio, mas são fitness trackers melhores em relação ao modelo da Haylou, pois trazem tela de melhor qualidade, oxímetro e mais tipos de exercícios para rastreamento.

Conclusão

Assim como muitos relógios inteligentes mais básicos, o Haylou Solar está mais próximo de uma smart band do que de um smartwatch. Ele é bastante limitado no que consegue fazer sem estar conectado a um celular e possui apenas sensores de batimentos cardíacos para te acompanhar durante os exercícios.

Ainda assim, não dá para deixar de mencionar que o Haylou Solar é um produto bem elegante para o que se propõe. Ele tem formato de relógio tradicional, é bastante resistente e também pode ser usado em ocasiões casuais, sendo bastante discreto. Além disso, a bateria garante mais de 15 dias de utilização dependendo do uso.

Se você procura de um monitor de atividades físicas que foge do visual das smart bands tradicionais, o Haylou Solar é uma opção das melhores opções abaixo de R$ 300. Acima disso, outros modelos, como o Amazfit Bip U e o recente Huawei Band 6, são alternativas mais interessantes.

E aí, gostou do Haylou Solar? Confira uma oferta especial que preparamos para você no link abaixo: