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Aeronave não-tripulada, helicóptero e mais: os veículos que salvam vidas no RS

Por| Editado por Jones Oliveira | 08 de Maio de 2024 às 05h00

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Gustavo Mansur/Divulgação,Secom
Gustavo Mansur/Divulgação,Secom

O Brasil inteiro está mobilizado na ajuda às vítimas das enchentes causadas pelas chuvas torrenciais no Rio Grande do Sul, que já mataram quase uma centena de pessoas e deixaram milhares de desabrigados.

As dificuldades de acesso aos lugares mais críticos tornaram comuns ver as vias que, antes, eram cheias de carros circulando, tomadas por barcos, botes salva-vidas, jet skis e outros tipos de veículos que costumeiramente não transitam por ali.

A ajuda chega pela água, pelo ar e, quando é possível, também por terra, com veículos especialmente preparados para encarar enchentes, alagamentos e outros tipos de tragédias ambientais como a que atinge o estado do Sul do Brasil.

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Cidadãos comuns e até celebridades do mundo do esporte, como o surfista Pedro Scooby e o atacante gremista Diego Souza, utilizam veículos próprios para auxiliar no resgate do maior número de pessoas possível. Além disso, Exército, Marinha e Aeronáutica uniram forças em prol de um objetivo comum: salvar vidas.

Ajuda pela água

O atacante gremista Diego Costa se transformou em herói ao utilizar o próprio jet ski e convidar mais quatro amigos donos de motos aquáticas para auxiliar no resgate às pessoas atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

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Segundo relatos da população local, além de Diego Costa, os surfistas Pedro Scooby e Lucas Chumbo viajaram de carro para o Rio Grande do Sul e também utilizaram seus jet skis para colaborar com os resgates.

Os cidadãos comuns também foram liberados para ajudar no resgate utilizando embarcações próprias. Segundo o governo do Rio Grande do Sul, não é preciso habilitação para esse tipo de veículo e a única exigência é que ele possa navegar em trechos com no mínimo 1,5 metros de altura de água.

“[Essa estratégia] ajuda a salvar mais vidas e mitigar o impacto da situação de extrema emergência enfrentada por diversos municípios gaúchos”, diz a nota da Defesa Civil distribuída à imprensa.
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O Exército brasileiro também informou, por meio de nota oficial, que há aproximadamente 240 embarcações militares disponibilizadas exclusivamente para o auxílio às vítimas, tanto para resgate quanto para envio de remédios, roupas e água potável.

Ajuda pelo ar

A ajuda às vítimas das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul também está sendo feita pelo ar, e de várias maneiras distintas. A Força Aérea Brasileira (FAB), por exemplo, disponibilizou um total de 42 aeronaves, entre elas 9 helicópteros para missões de resgate no estado.

A chamada Operação Taquari 2 consiste também no transporte de alimentos, água e medicamentos às pessoas afetadas, boa parte delas feita por helicópteros dos modelos Pantera k2, Fennec AvEx, Cougar e Jaguar.

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Como são os helicópteros usados no RS?

Os principais helicópteros que fazem parte da Operação Taquari são o Pantera k2, o Fennec AvEx, o Cougar e o Jaguar. Conheça a seguir um pouco mais sobre eles.

Pantera k2

O Pantera k2 teve suas primeiras unidades entregues às Forças Aéreas em 2014, mas elas foram se modernizando ao longo do tempo, tanto em design quanto nas especificações.

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O Pantera K2 tem capacidade para carregar 1 ou 2 pilotos, além de mais 10 combatentes, peso máximo de decolagem de 4.300 kg e velocidade máxima de 278 km/h. Sua escolha, claro, foi pela capacidade de carga.

Fennec AvEx

Produzido também pela Helibras, o Fennec tem nas missões de reconhecimento sua melhor característica. Por conta disso, esse tipo de helicóptero tem sido considerado de fundamental importância para a missão de resgate dos gaúchos vítimas da tragédia.

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UH-15 Super Cougar e HM-4 Jaguar

Outro helicóptero que está sendo usado pelas Forças Armadas brasileiras para auxiliar no resgate é o UH-15 Super Cougar. A capacidade de carga permite a ele transportar até 200 cestas básicas, ou 3,5 toneladas por vez.

O HM-4 Jaguar é outro tipo de helicóptero fabricado pela Helibras e considerado apropriado para o tipo de missão que os pilotos têm tido pela frente no Sul do país. A capacidade de carga pode chegar a impressionantes 4.750 kg.

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Todos os helicópteros utilizados pelas Forças Armadas do Brasil têm como ponto comum a capacidade das asas rotatitvas. Além disso, as cabines também contam com especificações diferenciadas e podem ser configuradas para acomodar até 28 passageiros ou, então, 11 macas e 4 componentes de uma equipe médica.

Neymar oferece mais ajuda pelo ar

Além dos helicópteros, as Forças Armadas também estão utilizando uma aeronave chamada RQ-900 (Hermes). Trata-se de uma ARP, Aeronave Remotamente Pilotada.

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Ela tem capacidade para voar até 24 horas sem precisar recarregar e, por possuir câmeras e sensores de alta definição, consegue enviar imagens e informações precisas sobre pessoas a serem resgatadas.

Foi por conta da precisão das informações captadas pelos radares e sensores do RQ-900 que os tripulantes do Esquadrão Pantera, a bordo de um helicóptero H-60L Black Hawk, conseguiram localizar e resgatar um total de 36 pessoas.

Os "heróis invisíveis", no caso os responsãvveis por operar o RQ-900, eram membros do Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV) - Esquadrão Hórus, sediado na Base Aérea de Santa Maria (BASM),

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Também pelo ar estão chegando diversos tipos de jatos executivos, como o do atacante Neymar. O camisa 10 da Seleção Brasileira confirmou, via Instagram, que lotou seu avião com suprimentos e autorizou seus funcionários a realizarem a entrega às vítimas da tragédia.

“Não gosto e não curto postar tudo que faço ou ajudo, porque quem faz .. faz pelo coração e não por engajamento. Então, este post é pra incentivar ainda mais as pessoas a ajudarem”, avisou o craque.

O avião cedido por Neymar é um Cessna 680 Citation Sovereign, fabricado em 2008 e adquirido na época em que ele ainda atuava pelo Paris Saint-Germain, da França. O jatinho particular do camisa 10 custa cerca de US$ 80 milhões e tem porte médio. Ele mede 19,3m de comprimento por 22m de envergadura, além da capacidade para transportar de oito a 12 passageiros.

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Ajuda em números

De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, o efetivo das forças de segurança que está atuando no estado para ajudar as vítimas da tragédia conta, até o momento, com 2.070 veículos na frota de resgate, divididos da seguinte maneira:

Aeronaves – 22

  • Rio Grande do Sul – 4
  • Exército – 17
  • Uruguai – 1

Viaturas – 1.791

  • Rio Grande do Sul – 1.365
  • Exército – 385
  • Outros estados – 41

Embarcações – 257

  • Rio Grande do Sul – 143
  • Exército – 84
  • Outros estados – 30