Imagens de satélite mostram antes e depois de enchente no RS
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
As chuvas torrenciais e as enchentes provocaram uma das maiores tragédias ambientais no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Até o momento, as autoridades já confirmaram 83 mortes relacionadas com o episódio. Para dimensionar o impacto dos alagamentos, imagens de satélite mostram o antes e o depois das precipitações.
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A imagem do antes e depois das enchentes no Rio Grande do Sul foi feita a partir de registros históricos do satélite Sentinel-2, que é parte do Programa Copernicus da Agência Espacial Europeia (ESA).
Diante da situação do Rio Grande do Sul, que teve até casos de microexplosões atmosféricas, o governo federal reconheceu estado de calamidade em mais de 300 cidades gaúchas.
Antes de depois das chuvas
Na primeira imagem de satélite, é possível ver como estava a região metropolitana da cidade de Porto Alegre, antes das enchentes. As imagens são majoritariamente verdes, sem nenhum indício de enchente.
Após as chuvas torrenciais e a enchente histórica que acometeu a região metropolitana, é possível ver que as áreas próximas aos rios foram invadidas, cobrindo a maior parte de terra firme.
É como se a região entre Guaíba e Porto Alegre estivesse praticamente submersa pelas águas. De fato, impressiona o avanço do Lago Guaíba.
Imagens de satélite no Rio Grande do Sul
Na sexta-feira (3), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou as primeiras imagens de satélite que mostravam a extensão da enchente no Rio Grande do Sul. Mais especificamente, as imagens apontavam para a região do Vale do Taquari — localizada a quase 100 km da capital, Porto Alegre.
Através da sobreposição das áreas, é possível ver a área inundada pelo rio Taquari, em decorrência das fortes chuvas, em um trecho entre os municípios de Bom Retiro e Taquari.
Neste caso, o processamento das imagens de satélite foi feito por técnicos da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática do Inpe, a partir de imagens capturadas pelo satélite brasileiro CBERS4A e pelo canadense RCM.
Para entender a composição da imagem, no fundo, está uma imagem obtida com uma câmera óptica em janeiro deste ano. Sobre ela, está a mancha cor de "barro", captada pelo satélite canadense na última quarta-feira (1), o que revela a extensão da inundação. Como a situação piorou no decorrer do final de semana, é provável que a região afetada tenha sido ainda maior.
Fonte: Com informações: MCTI