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Red Hat e Samsung criam parceria para entregar solução open source em redes 5G

Por| 30 de Setembro de 2020 às 17h00

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A Red Hat e a Samsung anunciaram nesta quarta-feira (30) uma parceria para entregar uma solução de redes open source construída com base no Red Hat OpenShift, plataforma de código aberto que automatiza as operações dos containers Linux - também conhecidos como Kubernetes. A solução será integrada com as principais aplicações de rede da Samsung e vai ajudar provedores de serviço a transformar o 5G em uma realidade para diversos casos de uso, incluindo 5G core, edge computing, Internet das Coisas (IoT) e machine learning.

A solução de redes 5G criada a partir desta colaboração é construída com base no portfólio de nuvem híbrida da Red Hat. Além do OpenShift, elas incluem o Red Hat OpenStack Platform, o Red Hat Enterprise Linux, o Red Hat Ansible Automation Platform e o Red Hat OpenShift Container Storage. Além disso, ela também incluirá os serviços de aplicação da Samsung, como 5G vRAN, vCore, MEC, gestão e análise para ajudar provedores de serviço a estender casos de uso baseados em 5G, como edge computing. Segundo as empresas, a solução gerada a partir desta parceria que pode impactar positivamente a experiência do consumidor no uso das redes móveis de quinta geração.

De acordo com Chris Wright, vice-presidente sênior e CTO da Red Hat, à medida que provedores de serviço constroem redes 5G, eles formam a base para a próxima onda de inovação intersetorial. "Desde ajudar empresas em suas soluções de edge computing até garantir que possam implementar com sucesso suas aplicações de inteligência artificial e machine learning, nós esperamos que esses serviços sejam construídos em uma infraestrutura nativa em cloud", afirmou o executivo. "Estamos muito animados em trabalhar com a Samsung para trazer essa solução orientada para Kubernetes para ajudar provedores de serviço e seus clientes a focar em casos de uso complexos e competitivos ".

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Custos menores em plataformas horizontais

No mercado atual, provedores de serviço de telecomunicação vêm adotando uma plataforma horizontal, nativa em cloud, que deve ser consistente e reforçada para seus ambientes. Segundo Wright, a nuvem permite que as telecoms aproveitem a mesma infraestrutura para múltiplos casos de uso. Isso gera redução de despesas gerenciais e operacionais.

De acordo com relatório da ACG Research, patrocinado pela Red Hat, plataformas horizontais abertas podem diminuir o custo total de propriedade (TCO) em até 30%, em relação a implantações verticalmente integradas em silos de redes de acesso por rádio virtualizadas (vRANs). Ao adotar essa abordagem horizontal, os clientes têm acesso a mais opções e melhores serviços.

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Para Won Il Roh, vice-presidente sênior e chefe de Estratégia de Produtos da unidade de redes da Samsung Electronics, a colaboração com a Red Hat pode ajudar provedores de serviço a continuar competitivos no mercado global de 5G, que está cada vez mais exigente, especialmente na frente nativa em cloud. "Por meio dessa parceria, as soluções 5G da Samsung vão fornecer uma experiência de redes altamente eficiente e confiável para nossos clientes, integrando-se à solução nativa em cloud da Red Hat", explica.

Certificação das aplicações 5G

Funções de rede containerizadas (CFNs) e funções de rede virtualizadas (VNFs) oferecem um caminho mais eficiente de transformação para empresas de telecomunicação. Isso porque elas conseguem gerar maior flexibilidade de serviço e um mecanismo de entrega mais rápido para novas ofertas de aplicações.

Mas para usar essas tecnologias, são necessárias certificações específicas de validação. Por isso, a Samsung obteve a Certificação VNF, que é validada para fornecedores da Red Hat e planeja ter uma Certificação CFN completa em breve. Esse é o padrão mais alto para funções de rede de missão crítica no Red Hat OpenShift e comprova que fornecedores de CFN com cargas de trabalho críticas hoje podem efetivamente preparar suas aplicações para um futuro nativo em cloud, operando em produção no Red Hat OpenShift.

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Virtualização em RANs 5G

Com a nova solução criada a partir da parceria entre Red Hat e Samsung, provedores de serviço serão capazes de capitalizar sobre os benefícios do edge computing e do vRAN. Ainda segundo o relatório da ACG, usar uma infraestrutura horizontal, comum, tanto no core 5G, quanto na edge computing, pode permitir que operadoras estendam benefícios com TCO obtidos em designs horizontais no núcleo por toda a sua infraestrutura.

Além disso, implementar clouds horizontais em locais de vRAN permite que as operadoras ofereçam suporte a novas aplicações e serviços com base no reconhecimento de localização, latência reduzida e escalabilidade alcançável na cloud distribuída. Em outras palavras, redes 5G com mais eficiência em estabilidade.

Samsung quer expandir seu mercado de infraestrutura

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A parceria com a Red Hat para criação de redes 5G mais estáveis também pode ajudar a empresa sul-coreana a expandir seus negócios no setor e infraestrutura, atualmente dominado pelos chineses - com destaque para Huawei e ZTE - e os europeus da Nokia e Ericsson.

Atualmente, a China vem enfrentando uma disputa comercial e tecnológica com os EUA, sendo o 5G um dos principais palcos. Isso porque o governo de Donald Trump vem acusando empresas chinesas como a Huawei e a ZTE de usar seus equipamentos que alimentam as infraestruturas 4G e 5G para enviar dados dos cidadãos americanos para o governo chinês. Algo que o mandatário norte-americano nunca provou e que as companhias, claro, negam.

Com isso, além de banir a Huawei de sua infraestrutura 5G, os EUA vêm pressionando seus aliados a fazerem o mesmo. A estratégia vem tendo sucesso em alguns mercados-chave para a empresa chinesa, como no Reino Unido, Portugal e outros países europeus, além da Austrália.

De olho nessa disputa, a Samsung quer aproveitar para vender os seus serviços nos países que vêm boicotando a Huawei. Dentro do próprio EUA, a empresa fechou um acorde de bilhões de dólares com a operadora Verizon. Agora, o desafio é disputar com Nokia e Ericsson dentro do continente europeu, onde, tradicionalmente, as companhias finlandesa e sueca levam vantagem.