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Poluição eletromagnética: saiba o que é e o que ela pode causar

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 13 de Junho de 2021 às 10h00

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twenty20photos/Envato
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Quem já tentou sintonizar o rádio nas proximidades de um local como a Avenida Paulista, em São Paulo, sabe que essa é uma tarefa quase impossível. O excesso de ondas eletromagnéticas causa uma confusão generalizada no dial, impedindo que se consiga ouvir alguma coisa com o mínimo de nitidez.

Esses e outros tipos de ondas eletromagnéticas emitidas por equipamentos eletrônicos em grandes quantidades produzem o que os cientistas chamam de “poluição eletromagnética”, imperceptível a olho nu, mas que está presente por toda parte, principalmente nos grandes centros urbanos espalhados pelo mundo.

A poluição eletromagnética nada mais é do que uma designação popular do adensamento de utilização do espectro eletromagnético de radiofrequência (RF), que é a faixa de frequências no intervalo que vai de 3 quilohertz (kHz) até 300 gigahertz (GHz).

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Segundo os especialistas, esse adensamento não compromete a qualidade de funcionamento dos equipamentos eletrônicos, mas pode fazer com que os usuários tenham problemas para acessar um determinado serviço.

“Cada país tem seu órgão regulador oficial que determina a utilização das várias faixas de frequência. Na imensa banda de RF há faixas que atendem os produtos eletrônicos de nosso dia a dia. O adensamento é como uma rua ou avenida, que pode ter tráfego leve ou mais intenso, e essa demanda maior do uso do espectro provoca limitações”, explica o professor Eduardo Pouzada, engenheiro eletrônico do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

Faz mal à saúde?

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Os equipamentos emissores de radiação eletromagnética são subprodutos dos avanços tecnológicos das últimas décadas. Redes de transmissão de energia elétrica, telefones celulares, computadores, antenas de rádio e televisão e fornos de micro-ondas são apenas alguns exemplos entre os potenciais causadores da poluição eletromagnética.

Desde o começo dos anos 2000, quando era moda desfilar com aquele tijolão na cintura, a telefonia celular é alvo de pesquisas sobre a segurança dos aparelhos e das antenas de telecomunicação.

No passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) admitia que o uso indiscriminado de aparelhos celulares teria um potencial cancerígeno para os seres humanos, mas hoje a comunidade médica afirma que não há um embasamento científico consistente para associar a poluição eletromagnética a problemas sérios de saúde.

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A teoria de que a exposição à radiofrequência de celulares analógicos poderia causar câncer na região do pescoço e da cabeça já não é vista da mesma forma como antigamente por causa da evolução natural dos aparelhos, que utilizam tecnologia digital e operam em outras frequências com níveis mais baixos de energia.

Controle

As frequências de operação e a intensidade das emissões eletromagnéticas são parâmetros fixados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Teoricamente, a ocupação do espectro não é um problema se as intensidades das radiações eletromagnéticas e as frequências associadas estiverem dentro dos limites estabelecidos.

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Para os especialistas, desde que as normas técnicas sejam obedecidas e que os aparelhos estejam em boas condições de uso, não há riscos para o usuário. É preciso, porém, que as empresas adequem os projetos de fabricação dos equipamentos eletrônicos, mantendo as especificações de segurança sempre atualizadas.

“Nenhum equipamento com qualidade (certificado e homologado) para ser comercializado provocará consequências negativas ao usuário. No entanto, o uso indevido de gadgets piratas ou equipamentos adulterados pode causar problemas. Considerando os limites da tecnologia e o estilo ao qual a sociedade se acostumou, evitando as conexões com fios, acredito que esse é um caminho evolutivo sem volta”, completa o professor Pouzada.