Após polêmicas, governo brasileiro e Huawei se unem em proposta de 5G e IA

O desenvolvimento de 5G e inteligência artificial no Brasil estão nos planos da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex). O projeto tem apoio do governo brasileiro e da fabricante chinesa de infraestrutura Huawei. Em encontro no Mobile World Congress (MWC 2022) Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia, e Sun Baocheng, presidente executivo da Huawei no Brasil, deixaram claro que a polêmica em torno do 5G já foi superada.

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Pontes exalta a presença da Huawei no Brasil há 24 anos. "No meu ponto de vista, esse negócio [polêmica com 5G] ficou para trás", diz. Ele afirma, porém, que não sabe o que o Ministério das Comunicações, que comandou o Leilão do 5G, tem a dizer sobre o tema. "Quando eu era ministro de Comunicações [até 2020], minha opinião sempre foi analisar o mercado pensando em reforço de segurança cibernética."

Durante a definição dos detalhes do Leilão do 5G, houve dúvidas sobre a relação com a Huawei, já que os EUA pressionaram o Brasil para impedir a entrada de empresas da China na infraestrutura da nova geração de internet no país. O governo americano acusa essas companhias de espionagem. O leilão realizado no Brasil, entretanto, era apenas com operadoras de telefonia, mas não havia regras que impedissem o uso de tecnologia chinesa.

Baocheng informa que a Huawei já fornece equipamentos para as três maiores operadoras do Brasil (Claro, TIM e Vivo), que têm os direitos para distribuir 5G em todo o país pelos próximos anos. "A Huawei espera criar novas oportunidades de colaboração com o governo brasileiro, instituições acadêmicas e indústrias", destaca ele.

Os documentos da Softex reúnem sugestões definidas em parceria com pesquisadores de instituições públicas do Brasil e com a Huawei. Eles abordam aspectos como a formação de profissionais especialistas em 5G no país e a ampliação de investimentos públicos e privados em inteligência artificial, com dicas de cuidados a serem tomados e áreas mais estratégicas.

Fonte: Tilt