5.5G | Huawei diz que Brasil deve se preparar para nova rede móvel
Por Renan da Silva Dores • Editado por Wallace Moté | •
Na Futurecom 2023, feira focada em conectividade, o vice-presidente de Relações Públicas da Huawei na América Latina, Atilio Rulli, disse que o Brasil já precisa iniciar os preparativos para a implantação do 5.5G, a evolução das redes 5G tradicionais esperada para dar uma amostra das capacidades do 6G. O executivo elogiou ainda a rápida implantação da conexão de quinta geração no país, e citou esse aspecto como argumento para os aprimoramentos, prevendo disponibilidade para 2026.
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Uma das principais empresas envolvidas com o desenvolvimento do 5G, a Huawei anunciou neste ano que já está trabalhando na evolução da rede móvel de quinta geração com o conceito do 5.5G, também conhecido como 5G Advanced. A novidade promete turbinar ainda mais as velocidades de download, devendo atingir a antiga promessa de taxas médias de 10 Gbps (equivalente a 1 GB/s), ao mesmo tempo em que deve integrar fortemente a Inteligência Artificial.
Outro grande benefício do 5.5G seria o aumento na capacidade de dispositivos conectados simultaneamente a uma mesma fonte de sinal, saindo do atual um milhão de aparelhos por km² para impressionantes 10 milhões por km² — mudança que seria essencial não apenas na expansão da Internet das Coisas (IoT), como também na preparação do terreno para a chegada de veículos inteligentes e, principalmente, para ambientes empresariais.
Atilio acredita que o 5.5G ofereça um vislumbre do mais avançado 6G, e aponta para a disponibilização da tecnologia de maior velocidade já a partir de 2026. No entanto, o executivo enxerga que os consumidores comuns só devam sentir os benefícios em 2030, com a chegada da rede de sexta geração, que deve estrear por aqui em um prazo próximo ao restante do mundo se tomarmos como exemplo a implantação do 5G.
"O 5G no Brasil está na frente do cronograma previsto. O número de cidades com frequências liberadas é bem maior e as estações rádio-base também estão em número superior ao esperado", apontou o vice-presidente da Huawei, usando esse cenário como argumento para defender que o Brasil já comece a se planejar para o 5.5G e, consequentemente, para o 6G. Ainda assim, Atilio entende que os usuários não têm total percepção dos avanços oferecidos pelo 5G.
"O 5G tem grandes vantagens de velocidade e baixa latência. Porém, quando usamos o celular, só percebemos basicamente a mudança de velocidade, se os downloads são executados rápidos, se filmes on demand não travam, por exemplo (...) usamos menos do que o 5G é capaz de nos proporcionar", concluiu o vice-presidente.
Segundo os dados divulgados pela própria Huawei em evento que comemorou os 25 anos de atuação no Brasil, a gigante chinesa está presente nos serviços de telecomunicações oferecidos a cerca de 95% da população brasileira — a infraestrutura nacional tem ampla utilização das tecnologias da empresa. Diante disso, é de se esperar que a marca tenha forte influência no desenvolvimento nacional do 5.5G e além.
Fonte: Correio do Povo