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Startups focam no atendimento preventivo para modernizar setor de saúde

Por| Editado por Claudio Yuge | 20 de Outubro de 2021 às 18h20

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National Cancer Institute/ Unsplash
National Cancer Institute/ Unsplash

Planos de saúde ainda são muito caros no Brasil, mas um certo nicho de empresas de tecnologia têm surgido no Brasil a partir de outra abordagem: em vez de prestar o serviço após o surgimento de uma situação médica, elas apostam no atendimento preventivo dos pacientes, para se antecipar aos problemas. 

Startups como Qsaúde, Alice e Sami foram tema de reportagem da Folha de S. Paulo e falaram mais sobre seus novos modelos para o setor, normalmente com muito atendimento remoto e análise de dados para realizar previsões de cenários. 

Na QSaúde, por exemplo, a maior parte dos agendamentos para beneficiários é feita pelo médico que acompanha o paciente. A ideia é oferecer mais efetividade e qualidade nos atendimentos. "Nós nos dedicamos bastante a explicar esse modelo. As pessoas vêm de um sistema em que elas cuidavam da própria saúde, muitas vezes de forma ineficaz", disse à reportagem Vanessa Gordilho, diretora geral da empresa.

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A healthech foi criada por José Seripieri Júnior, fundador e ex-controlador da operadora de saúde Qualicorp, com um investimento de mais de R$ 120 milhões. Hoje, conta com mais de 6.000 clientes. Seu publico alvo eram os de maior renda, mas hoje há planos a partir de R$ 245 para jovens de até 18 anos.

Já André Florence, ex-diretor financeiro da 99, fundou e preside a Alice, onde o paciente cria com o médico e a equipe de atendimento metas para melhorar sua saúde. O acompanhamento é feito a partir do app da empresa e o cliente recebe recomendações baseadas em seu comportamento diário para atingir seus objetivos.

Com isso, a empresa economiza ao evitar procedimentos mais caros. "Mais de 85% das queixas atendidas digitalmente são resolvidas sem a pessoa sair de casa", disse Florence à Folha. O plano para pessoas com 30 anos começa em R$ 579.

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A startup Sami, por sua vez, priorizou o atendimento a 2.000 pequenas empresas e microempreendedores individuais. Recebeu um aporte de R$ 86 milhões no final de 2020, com participação de grandes fundos como Monashees, Canary e Redpoint Eventures. O plano de saúde individual vai a partir de R$ 170 e, na média, fica em R$ 300.

Uma mudança de processos criada pela Sami é como paga os hospitais após estes atenderem pacientes. Em vez de o plano remunerar a rede parceira, o pagamento passa a ser feito a partir de uma metodologia que considera o valor entregue ao paciente, e o hospital arca com custos adicionais não previstos. A empresa acredita que o modelo anterior incentivava um maior volume de exames e prolongamento de internações.

Fonte: Folha de S. Paulo