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Xiaomi deve passar Apple e virar 3ª maior empresa de celular do mundo em 2021

Por| 28 de Agosto de 2020 às 14h38

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Divulgação/Xiaomi
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As ações da fabricante chinesa Xiaomi dispararam na bolsa de valores de Hong Kong. O movimento coincidiu com a divulgação dos resultados financeiros da empresa no segundo trimestre do ano, com faturamento e lucro acima do primeiro trimestre de 2020 e, surpreendentemente, do mesmo período de 2019.

O resultado da Xiaomi no segundo trimestre não era esperado, devido à queda na venda global de celulares em decorrência da COVID-19. A empresa, no entanto, faturou no período 53,5 bilhões de iuanes (cerca de R$ 42,5 bi), com lucro operacional de RMB 5,4 bilhões (R$ 4,29 bi).

Os valores foram respectivamente 7,7% e 133% superiores ao primeiro trimestre do ano. Já na comparação com o segundo trimestre de 2019, o aumento foi de 3,1% e 131,7%, respectivamente.

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O fechamento do primeiro semestre registrou um aumento de 7,9% no faturamento e 30% no lucro operacional, comparando ambos com os seis primeiros meses de 2019.

A Xiaomi manteve o quarto lugar global no segmento de smartphones, atrás da Huawei, Samsung e Apple. No segundo trimestre, a divisão de celulares da empresa registrou um faturamento próximo ao do mesmo período de 2019, enquanto as divisões de IoT, serviços online e outros registraram crescimento.

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XIaomi vs. Apple

O resultado estável da empresa mesmo em meio à pandemia da COVID-19 animou os analistas de mercado, com um relatório do banco de investimentos CICC (China International Capital Corporation) apontando que a marca deve ultrapassar a Apple em fatia de mercado no próximo ano.

Outros bancos de investimentos publicaram avaliações otimistas para as ações da empresa, com as boas perspectivas também de produtos de IoT — como as pulseiras Mi Band e Redmi Band, TVs e aparelhos de streaming — e o crescimento da marca na Europa, ajudado pelas dificuldades enfrentadas pela Huawei.

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O otimismo do mercado se refletiu no valor dos papéis da empresa negociados na bolsa de Hong Kong, onde as ações se valorizaram mais de 38%. Apesar de menos celulares vendidos no trimestre, o aumento no valor médio dos aparelhos (ASP, na sigla em inglês), praticamente compensou a queda no volume de vendas.

A capacidade de atrair um segmento de mercado mais premium do que o tradicional público em busca de custo-benefício agradou aos investidores, que enxergam na marca um forte concorrente para o mercado cada vez maior de aparelhos 5G.

Além da Europa, onde a marca cresceu 64,9% entre 2019 e 2020, uma região com forte potencial de crescimento, segundo os analistas, é a América Latina, onde o volume de vendas de celulares Xiaomi subiu 99,4%. Nas duas regiões e na China, a empresa tem tudo para roubar público também da rival Huawei, cada vez mais encurralada pelo governo dos Estados Unidos.

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Fonte: Xiaomi, The Motley Fool, MyDrivers