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União Europeia planeja lei para aumentar o ciclo de vida dos celulares

Por| Editado por Wallace Moté | 02 de Setembro de 2022 às 17h45

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Unsplash/Rodion Kutsaev
Unsplash/Rodion Kutsaev

A União Europeia estuda criar uma lei que aumentará o ciclo de vida de celulares e tablets em países que fazem parte do bloco econômico. A proposta faz parte dos esforços para criar uma economia circular na região até 2050, mas deve beneficiar outros mercados além da Europa.

Um recente projeto de lei da União Europeia quer obrigar as marcas a fornecerem peças essenciais para reparo por até cinco anos após o lançamento dos dispositivos móveis. Então, as assistências técnicas teriam acesso a componentes de troca, como baterias, sensores de câmera, portas de carregamento e outros “itens vitais para o funcionamento”.

Para mais, a medida visa impedir a obsolência programada dos aparelhos. Dessa maneira, as fabricantes serão proibidas de lançar atualizações que possam interferir na vida útil da bateria ou qualquer outro componente ao longo dos cinco anos.

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Estímulo à economia circular

Inspirado em ecossistemas naturais, o conceito de economia circular tem grande foco na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de recursos. Como dito, a União Europeia pretende adotar essas regras em diversos setores até o ano de 2050.

Há vários anos, o Parlamento Europeu tem criado leis que facilitam o direito ao reparo para usuários comuns. Com isso, as pessoas conseguem atualizar os dispositivos mais antigos, estendendo a vida do aparelho e reduzindo a produção de lixo eletrônico.

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Em outras palavras, o consumidor menos apegado à tecnologia não precisa descartar um celular por conta de alguns componentes com defeito. A troca de peças possibilita que o usuário continue usando o telefone por mais alguns anos em vez de ter que investir em um modelo novo.

Com isso, a nova proposta de lei da União Europeia tem o objetivo de reforçar o conceito de economia circular e beneficiar diretamente os consumidores europeus. Além de trazer mais economia para os usuários, essas ações colaboram com o meio ambiente ao diminuir a produção de lixo eletrônico.

Como a lei europeia pode beneficiar o resto do mundo?

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Atualmente, a Europa representa um sexto da economia mundial. Então, pelo ponto de vista mercadológico, não compensaria para as fabricantes produzir uma remessa de dispositivos para atender determinadas regras técnicas de somente uma região.

Um exemplo disso é a própria Apple, que deve substituir os conectores Lightning pelas portas USB-C nos produtos que serão lançados a partir de 2024. Essa é uma ação que obedece justamente às exigências da União Europeia.

Para mais, a Maçã e a Samsung estão ampliando o suporte ao serviço de autorreparo dos dispositivos móveis nos EUA. Por exemplo, usuários norte-americanos podem adquirir kits com peças originais de substituição para aparelhos recentes, como iPhone 12, iPhone 13, Galaxy S20 e Galaxy S21.

Se a proposta de lei da União Europeia se tornar uma realidade, é possível que mais marcas passem a estender o período de vida útil dos produtos e garantir maior suporte ao direito de reparo. Bem como, essa estratégia não deve ficar restrita apenas a Europa e se estender a outros mercados.

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Fonte: TechRadar