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Principal fabricante do iPhone, Foxconn retoma produção após lockdown na China

Por| Editado por Wallace Moté | 16 de Março de 2022 às 15h51

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Após novo lockdown instaurado pelo governo chinês diante de um aumento nos casos de covid-19, a Foxconn, uma das maiores fabricantes do mundo e principal responsável pela produção dos iPhones, retomou nesta quarta-feira (16) parte das atividades em seu campus na cidade de Shenzhen. Falando à Reuters, a empresa explica ter adotado um "protocolo sanitário rígido", similar ao utilizado durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, realizados em fevereiro deste ano.

A Foxconn explicou ter recebido permissão para retomar uma parcela da fabricação após ter atendido a requisitos do governo chinês, que estabelecem que os funcionários devem viver e trabalhar em "arranjos de bolhas", em um sistema de "gerenciamento de loop fechado". A fabricante também revela que a prática só pode ser realizada em campi nos quais estão instaladas áreas de moradia para os trabalhadores.

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Adotado com sucesso durante a Olimpíada de Inverno de Pequim, o método mantém os funcionários do campus estritamente isolados, e constantemente submetidos a testes para detectar eventuais infecções por covid-19. A medida foi tomada como maneira de evitar impactos maiores na economia local e nas entregas de componentes e produtos, apesar de problemas de curto-prazo na cadeia de suprimentos ainda serem esperados.

Situação deve impactar iPhone e outros produtos

Quando o lockdown foi anunciado nesta segunda-feira (14), preocupações quanto ao suprimento de componentes e dispositivos foram levantadas, com destaque para a Foxconn, principal fabricante dos iPhones. Não se sabe exatamente quais produtos são produzidos na unidade fabril de Shenzhen, mas de toda forma foi estimado que o envio dos celulares da Apple seria afetado pelas próximas semanas.

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Mesmo com a retomada das atividades no local e com uma melhora no número de contaminações por covid-19, a Foxconn ainda espera que o restante do ano seja "desafiador" para a cadeia de suprimentos. A gigante previu uma queda de 3% na receita em 2022, pela primeira vez em 6 anos, diante da junção da persistência da pandemia e da escassez de chips, que segue afetando os componentes mais simples, especialmente frente às instabilidades políticas na Europa.

No último trimestre de 2021, a Apple revelou que a escassez de semicondutores custou US$ 6 bilhões (~R$ 31 bilhões) aos cofres de empresa, mas manteve projeções otimistas para o 2022. Resta saber se o lockdown desta semana e um possível agravamento na crise dos chips afetarão ou não as previsões da gigante de Cupertino.

Fonte: Reuters, MacRumors