Motorola assume lugar da LG e é terceira marca que mais vende celulares nos EUA

O encerramento das atividades da divisão mobile da LG abriu um espaço no mercado de smartphones pelo planeta, já que a empresa tinha grande relevância no recorte dos dispositivos de entrada e intermediários básicos em vários países. Novos relatórios divulgados pela agência Counterpoint Research mostram que a Motorola conseguiu ocupar esta fatia nos Estados Unidos, e por isso alcançou o terceiro lugar entre as marcas que mais vendem celulares por lá.

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Segundo os números revelados, a saída da LG contribuiu para um aumento de 131% da Motorola entre 2021 e o ano anterior, fazendo com que a empresa americano fosse responsável por 10% de todos os smartphones comercializados no país. A marca não tinha resultados tão positivos há algumas décadas, quando os celulares mais básicos (hoje chamados de feature phones) eram os mais populares.

Mesmo com os bons números, a Motorola ainda está longe de incomodar as duas marcas dominantes no segmento de smartphones nos Estados Unidos. Apple e Samsung permanecem nas primeiras colocações da lista, com 58% e 22% respectivamente. Enquanto a marca da Maçã tem uma tendência de crescimento nos últimos cinco anos, a empresa sul-coreana permanece em certa estabilidade.

De acordo com o diretor de pesquisas da Counterpoint Research Jeff Fieldhack, o sucesso da Motorola está relacionado com o seu grande portfólio entre os celulares mais acessíveis, que custam menos de 300 dólares (cerca de R$ 1.432 em conversão direta). Já o analista sênior Varun Mishra indicou que a marca ganhou relevância no mercado de planos pré-pagos de telefonia, por meio de parcerias com operadoras como a Verizon, T-Mobile, Cricket e Boost.

Com uma base consolidada entre os dispositivos mais baratos, a Motorola agora almeja objetivos mais altos, como a popularização de seus celulares topos de linha. A marca passou a investir mais neste segmento recentemente, em que modelos como o Edge 30 Pro trazem vários componentes comparáveis a concorrentes das linhas Galaxy S22 e iPhone 13, porém ainda tem um longo caminho a percorrer caso queira de fato se aproximar de Samsung e Apple.

Fonte: Counterpoint Research