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Linha Galaxy Note está morta? Samsung responde

Por| 18 de Fevereiro de 2022 às 17h45

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Wallace Moté/Canaltech
Wallace Moté/Canaltech
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A Samsung apresentou a linha Galaxy S22 no Brasil com destaque para o Galaxy S22 Ultra, que praticamente confirma o fim da série Galaxy Note ao herdar muitos elementos vistos no Galaxy Note 20 Ultra. Mas será que a icônica linha Note realmente morreu? Quais os próximos passos da Samsung? Para responder essas e outras perguntas conversamos com Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung.

Galaxy Note morreu ou não?

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A grande pergunta que todos se fazem desde o ano passado é: a linha Galaxy Note morreu mesmo? Para responder a isso, Renato Citrini voltou um pouco no tempo, falando sobre como a Samsung já vinha trabalhando para levar diferenciais antes exclusivos da linha para outros produtos, não apenas celulares como também tablets e até notebooks.

A tão comentada S Pen não é exclusividade dos celulares da série Galaxy Note há muitos anos, estando presente em tablets da extinta família Galaxy Note, nos Galaxy Tab S e mesmo na linha mais básica Galaxy Tab A, além de ter estreado também em outros smartphones em 2021 com o Galaxy S21 Ultra e o Galaxy Z Fold 3.

Por mais que os celulares acima não trouxessem um slot dedicado para a caneta, ambos já contavam com muitas das funções presentes no Galaxy Note 20 Ultra, especialmente quando usados em conjunto com a S Pen Pro, versão do acessório com conexão Bluetooth e especificações mais robustas para criadores. Com isso, nada mais natural que terminar a transição e enxugar o portfólio, tornando um dos membros da série S um "sucessor espiritual" para o Note.

Isso é reforçado quando se comparam as características do Galaxy Note 20 Ultra com as do Galaxy S22 Ultra, sendo nítido que um possível "Galaxy Note 22 Ultra" não fugiria muito do que foi entregue com o modelo da série S, seja em termos de especificações técnicas, visual ou mesmo funcionalidades.

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Para Citrini, porém, ainda é cedo para cravar o fim dos Galaxy Note, já que o mercado de tecnologia está sempre em constante mudança e nunca se sabe o dia de amanhã.

Sai o "glasstic", volta o vidro

Um dos pontos mais criticados do Galaxy S21 foi a adoção de um painel traseiro de policarbonato — chamado pela Samsung de glasstic por contar com um acabamento especial que imita o reflexo do vidro. Aparentemente as críticas surtiram efeito, pois com o Galaxy S22 a marca volta a adotar o mesmo painel de vidro dos irmãos mais caros na variante base.

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Segundo Renato Citrini, a decisão de voltar a usar um material mais sofisticado no modelo menor da série S se deu não apenas pelo feedback dos consumidores, mas também pelo amadurecimento da família FE. Ela é que ficará responsável por entregar a experiência dos modelos mais caros ao mesmo tempo em que abre mão de algumas características — como o acabamento — para entregar um custo mais baixo.

Isso não apenas indica que podemos esperar por um Galaxy S22 FE com traseira em plástico no futuro, como também que o modelo deve ter ainda mais pontos em comum com Galaxy S22 e Galaxy S22+, usando a diferença no acabamento para entregar cores mais vibrantes e uma resistência maior a impactos, pontos importantes para parte do público.

Ainda sobre o suposto Galaxy S22 FE, quando perguntado se o próximo modelo para fãs da linha também chegaria com Snapdragon 8 Gen 1 ao Brasil, Renato Citrini disse que tudo seria avaliado pela liderança global quando chegasse a hora de falar sobre esse produto "que nem existe ainda", e os mesmos critérios usados para definir o processador dos demais Galaxy S22 seriam aplicados.

Pandemia ajudou a matar o Galaxy Note?

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Os rumores sobre o fim da série Note não começaram em 2021, tendo sido cada vez mais frequentes nos últimos anos conforme a série S ganhava modelos cada vez maiores e mais robustos, deixando o Galaxy Note responsável apenas por incluir a S Pen e fazer alguns refinamentos no projeto apresentado no início do ano. Isso ficou muito evidente em 2020, quando Galaxy S20 Ultra e Galaxy Note 20 Ultra compartilharam do mesmo tamanho de tela.

Com a pandemia de covid-19 estourando em meados de 2020, o que se viu foi um crescimento exponencial na busca dos consumidores por formas de melhorar suas condições de trabalho, estudos e entretenimento dentro de casa, e o celular assumiu muitas dessas tarefas, junto de modelos de telas maiores como tablets e notebooks.

Segundo Citrini, a Samsung viu uma oportunidade nessa busca por meios cada vez mais avançados de aumentar a produtividade, e focou seus esforços em entregar os diferenciais vistos no Galaxy S21 Ultra, lançado no início de 2021. O modelo, porém, contou com críticas principalmente pelo fato de não possuir um slot dedicado para a S Pen, o que pode ter sido a deixa para fazer a fusão definitiva das linhas.

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Ele não confirma, porém, se a crise de semicondutores que assolou o mercado nos últimos dois anos também teve participação no não lançamento de um "Galaxy Note 21", permitindo que a Samsung focasse seus esforços no Galaxy S do ano seguinte que serviria para enfim dar sequência ao projeto visto no Galaxy Note 20 Ultra.

Galaxy S22 com tela de 10 ou 48 Hz?

Uma polêmica que tomou conta do noticiário nos últimos dias foi a mudança na ficha técnica oficial dos Galaxy S22 e S22 Plus, que foram anunciados com tela com taxa de atualização variável entre 10 e 120 Hz, mas depois tiveram a informação atualizada para uma taxa mínima de 48 Hz.

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Segundo Renato Citrini, a alteração foi feita pois os dispositivos são capazes de entregar essa taxa mínima de 10 Hz, porém os painéis usados trabalham com uma atualização mínima de 48 Hz, e, por isso, esse é o valor entregue ao usuário. Não foram dados detalhes sobre quais as fabricantes dos painéis ou o motivo para uso de um display que não aproveita tudo o que os aparelhos conseguiriam oferecer, mas ao menos o Galaxy S22 Ultra foi confirmado com taxa adaptativa de 1 a 120 Hz.

Android mais atualizado que linha Pixel

Com todos os vazamentos e rumores é difícil as empresas conseguirem surpreender em seu evento de lançamento, em especial quando se tratam dos principais anúncios de grandes marcas como a Samsung. Mas, com a série Galaxy S22, a sul-coreana conseguiu deixar até os mais céticos boquiabertos ao prometer entregar quatro updates geracionais do Android e cinco anos de pacotes de segurança para seus novos modelos e alguns produtos de geração passada.

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Segundo Renato Citrini, esse é o resultado de algo que vem sendo buscado pela Samsung há muito tempo, sendo ela já há uns anos a fabricante Android mais comprometida com update de software em seus produtos — com exceção ao Google com sua linha Pixel, até agora. Ao conseguir ampliar ainda mais o já interessante suporte de 3 gerações do Android que oferecia até então, a empresa estende a vida útil de seus produtos, quer estejam eles nas mãos dos donos originais ou não.

Com isso, um Galaxy S22 vendido em 2022 pode ser revendido em algum momento dos próximos anos sem que o próximo comprador se preocupe em pegar um celular "abandonado", o que além de aumentar o valor de revenda ainda garante uma experiência de uso melhor para quem compra, e permite que o produto demore mais tempo para ser finalmente descartado de maneira definitiva.

Temos produtos muito poderosos atualmente, que podem facilmente encarar esse tempo maior de uso sem comprometer a experiência. O que acontece muitas vezes é que aplicativos ou serviços deixam de dar suporte a versões antigas do Android, então modelos que poderiam ainda ter uma sobrevida acabam descartados porque de nada adianta ele ainda funcionar se o que o usuário quer acessar não está disponível. Com a nossa nova política conseguimos amenizar isso, e permitir que o produto seja usado de forma segura e funcional por mais tempo.— Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung