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IA será o novo "motor de crescimento" do mercado de celulares, avalia Samsung

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Léo Müller/Canlatech
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O mercado de celulares pode ter encontrado seu novo motor de crescimento com a inteligência artificial (IA). Essa é a visão de Gustavo Assunção, vice-presidente da Samsung no Brasil, que falou sobre o tema em uma entrevista para o portal O Globo. 

De acordo com Assunção, o crescimento com IA é mais evidente no segmento de aparelhos avançados. Recentemente, a Samsung atualizou a sua linha de celulares dobráveis com o conjunto de recursos Galaxy AI, que incorporam a IA em tarefas como a geração automática de textos e edição avançada de fotos. 

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“Acredito que o mercado cresce um dígito alto, mais próximo de 10%. A Samsung teve um aumento no primeiro semestre e queremos manter esse ritmo no segundo.“

A visão do executivo é semelhante ao que foi apontado recentemente pela IDC, agência que analisa tendências de mercado. Afinal, um relatório recente indicou que as remessas globais de smartphones cresceram em 6,5% durante o segundo trimestre de 2024, em comparação com o mesmo recorte do ano anterior. 

Segundo a analista do IDC Nabila Popal, as soluções de IA tendem a trazer um crescimento mais rápido que qualquer outro tipo de inovação em celulares. Portanto, elas passam a estar entre os principais atrativos na hora de comprar um novo modelo, papel que já foi atribuído ao 5G e a telas dobráveis em um passado recente. 

Já para os modelos de preços mais baixos, a iniciativa da empresa é a de ter uma “postura democrática”, ao trazer também o Galaxy AI em aparelhos de gerações anteriores. 

No entanto, a lista de celulares que receberão a IA ainda é limitada aos topos de linha, principalmente nas linhas Galaxy S e Galaxy Z. Modelos intermediários ficam de fora, já que a parte de hardware não é capaz de oferecer a performance esperada pela marca no Galaxy AI. 

Além disso, é possível que a Samsung passe a cobrar um valor periódico para uso da IA, como já foi sugerido em diversas notas de rodapé durante os últimos meses. 

Categorias de entrada e o mercado paralelo

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Outro ponto destacado por Assunção é a presença do mercado paralelo de smartphones, com modelos que são importados e vendidos sem a devida regularização da Anatel. O executivo associa o fato ao “arrefecimento de vendas nas categorias de entrada”.

No entanto, ele também destacou a recente atuação em conjunto com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que passou a adotar medidas mais duras contra a prática:

“Foi um trabalho a quatro mãos. Como o varejo oficial sofre com o mercado ilegal, percebemos que era o momento de juntar forças e fazer um trabalho para estancar essa sangria.”
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Relatórios recentes da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) indicam que a proporção de celulares ilegais vendidos no Brasil chega a 25%, com um salto em relação a anos anteriores. 

Por isso, a Anatel passou a implementar regras contra a veiculação de anúncios com celulares irregulares. Caso não sejam cumpridas pelos marketplaces, podem ser aplicadas multas diárias de valores milionários, ou até mesmo medidas para tirar as plataformas do ar. 

Amazon e Mercado Livre já entraram com pedidos contra a razoabilidade da decisão da Anatel, com diferentes níveis de sucesso — enquanto no primeiro caso os argumentos foram aceitos pela Justiça, no segundo não foram. 

Assunção comentou sobre as liminares das empresas, apontando que todas “devem atuar conforme a lei”. De acordo com um relatório recente da Anatel, o Magalu atingiu 100% de conformidade contra a venda de celulares irregulares. 

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Fonte: O Globo