Galaxy Z Flip 5 supera Razr 40 Ultra em teste de durabilidade ao vivo
Por Victor Carvalho • Editado por Wallace Moté |
Uma das principais preocupações em relação à compra de um smartphone dobrável é sua durabilidade. E com objetivo de sanar as dúvidas de muitos consumidores, o canal Mrkeybrd no YouTube iniciou uma transmissão ao vivo para comparar as dobradiças do Galaxy Z Flip 5 e Motorola Razr 40 Ultra até ambos os modelos quebrarem. E o aparelho da Samsung continua abrindo e fechando depois de quase cinco dias, muito diferente do seu rival da Motorola.
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O Motorola Razr 40 Ultra (conhecido com Razr Plus nos EUA) não resistiu ao intenso teste de durabilidade e, após complicações na dobradiça depois de abrir e fechar quase 44 mil vezes, sua tela foi danificada permanentemente com mais de 126 mil dobras, deixando a competição.
Já o Galaxy Z Flip 5 segue com uma marca de 280 mil dobras no momento em que esta matéria é finalizada. Apesar disso, a dobradiça do dispositivo apresentou desgaste e não mantém o aparelho completamente aberto em 180 graus, mas ainda é possível utilizar o smartphone sem maiores problemas.
Segundo a Motorola, o Razr 40 Ultra pode abrir e fechar até 400 mil vezes antes de apresentar defeitos — ou seja, mais de 3x o que foi mostrado pelo teste. Segundo a Samsung, a dobradiça do Galaxy Z Flip 5 pode ser aberta cerca de 200 mil vezes — marca já ultrapassada com folga.
Por que o Razr 40 Ultra quebrou tão rápido?
A principal teoria é que o teste realizado por humanos é muito mais exigente com a dobradiça do que os testes realizados pelas fabricantes.
Enquanto análises internas feitas por máquinas automatizadas levam aproximadamente seis segundos para abrir e fechar um smartphone dobrável, humanos podem realizar a mesma tarefa em dois segundos ou menos.
Tal estresse realizado em tão pouco tempo pode aquecer a dobradiça mais rápido e danificar o dispositivo antes do esperado, reduzindo sua durabilidade e vida útil.
Os números em perspectiva
Pesquisas estimam que as pessoas costumam desbloquear seus smartphones tradicionais de 60 a 80 vezes por dia. Considerando o esforço físico de um dispositivo dobrável, o número pode ser ainda menor.
Levando em consideração que o primeiro desgaste do Razr 40 Ultra ocorreu na marca de 44 mil dobras, consumidores poderiam utilizar o dispositivo por dois anos abrindo o smartphone 60 vezes por dia até um eventual problema.
Considerando o dano de tela irreversível após mais de 126 mil dobras, usuários poderiam abrir e fechar seu aparelho quase 70 vezes por dia durante cinco anos até o problema acontecer.
Aplicando a mesma lógica aos números do Galaxy Z Flip 5, usuários poderiam abrir e fechar o dispositivo 76 vezes por dia durante 10 anos até que o modelo atingisse a marca atual. Ainda assim, o dobrável da Samsung segue resistindo ao teste.
É importante salientar novamente que o estresse realizado no teste levou ambos os dispositivos a situações extremas que, muito provavelmente, nenhum outro usuário realizará no dia a dia. A Motorola está na quarta geração de seu celular dobrável, enquanto a Samsung está na quinta. O modelo sul-coreano ainda traz como extra a certificação IPX8 contra danos por água.