Fim dos celulares dobráveis? Marcas chinesas poderiam abandonar segmento
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •

Alguns anos após o lançamento dos primeiros celulares dobráveis, o segmento teria sido colocado em dúvida entre algumas montadoras chinesas. De acordo com informações do portal Leifeng, a possibilidade abandonar o segmento, pelo menos por um tempo, já estaria no radar de pelo menos uma empresa.
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Poucas empresas estariam conseguindo obter lucros das vendas de celulares dobráveis, segundo o portal, já que esses produtos exigem muitos investimentos de desenvolvimento, que acabaram não justificando pelo volume de vendas.
Entre as empresas que conseguem lucrar estaria a Samsung, que foi a primeira marca do mundo a apresentar um celular de tela dobrável com ampla comercialização. Outro exemplo é a Huawei, que recentemente desenvolveu um novo formato de tela tripla com o Mate XT.
No entanto, empresas como OPPO e Vivo teriam atrasado o desenvolvimento de aparelhos do tipo flip, com tela mais compacta. Ambas estão sem lançar novos dobráveis há mais de um ano, superando o ciclo tradicional para a apresentação de novas gerações de celulares.
O suposto encerramento dos celulares dobráveis por parte das companhias já tinha sido especulado no início deste ano, e negado pela OPPO em nota oficial. Contudo, desde então, a companhia não apresentou nenhuma nova opção com tela flexível.
Já a Transsion, que agrega empresas como a Infinix, Tecno e Itel, teria interrompido o desenvolvimento de novos modelos por completo — mesmo que o Infinix Zero Flip tenha sido lançado há menos de dois meses.
Segundo o Leifeng, a Xiaomi tinha um objetivo de produzir 500 mil unidades do dobrável compacto Mix Flip, e efetivamente montou 460 mil aparelhos. Já o modelo Mix Fold 4, de tela mais ampla, teria tido 100 mil unidades fabricadas.
Relatórios publicados pela IDC mostram que o mercado de smartphones dobráveis na China cresceu 13,6% no terceiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado. Mesmo que seja uma taxa superior à média de mercado, ela é menor em comparação com o crescimento da popularização dos dobráveis em momentos anteriores.
Para Samsung e Huawei, não há sinal de desaceleração. Enquanto a primeira lançou recentemente o Galaxy Z Fold SE como uma opção com construção mais fina, a segunda teria usufruído de grande demanda pelo seu dobrável triplo.