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Conheça o TCL Chicago, celular dobrável flip que você não poderá comprar
Parece que o Galaxy Z Flip 3 não era o único smartphone flip previsto para chegar ao mercado no segundo semestre de 2021. A TCL tinha planos de lançar um celular com o mesmo formato — e mais barato. Porém, desistiu da ideia e nos dá apenas uma demonstração do que poderíamos ver nas prateleiras.
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Apelidado de Chicago, o smartphone também se desdobra para apresentar uma tela completa, e conta com display externo. O que mais o diferencia visualmente do Galaxy Z Flip 3 é o alinhamento vertical de câmera e tela extra. Por dentro, o hardware não seria o de um flagship, o que ajudaria a colocá-lo em um patamar de preço mais atrativo ao público geral.
O dobrável demonstrado tem um Snapdragon 765G — mesmo usado pela Motorola no Razr 5G —, 6 GB de memória RAM, carregamento de 18 W para a bateria de 3.545 mAh e tela interna flexível AMOLED de 6,67 polegadas e resolução Full HD+. Suas câmeras seriam de 48 MP (principal), 16 MP (ultrawide) e 44 MP (frontal). O display externo mede 1,1 polegada, mesmo tamanho usado pela Xiaomi na tela traseira do Mi 11 Ultra.
A título de comparação, o Galaxy Z Flip 3 tem o Snapdragon 888, 8 GB de RAM, carregamento de 15 W, tela de 6,7 polegadas também Full HD+ e taxa de atualização máxima de 120 Hz. Suas câmeras têm 12 megapixels (principal e ultrawide), com frontal de 10 MP. A tela externa mede 1,9 polegada.

Algo que se mostraria uma vantagem para o TCL Chicago seria seu preço: estimativas o colocam como celular com precificação de US$ 800. Seriam US$ 200 a menos do que a Samsung pede pelo seu novo smartphone flip, na versão mais básica. A empresa, porém, desistiu do lançamento comercial por uma série de fatores.
Incapaz de competir
Um problema para a sobrevivência do TCL Chicago, em um mercado no qual o Galaxy Z Flip 3 acabara de ser lançado, seria a falta de força em marketing. Além disso, a história da companhia é mais curta que a da sul-coreana, e por preços não tão distantes assim, haveria uma preferência clara por parte do público.
A TCL também cita a falta de parcerias com operadoras. Em alguns mercados cruciais, como os EUA, é essencial para a estratégia da fabricante vender através das empresas de telecomunicações. Some aos motivos, ainda, a escassez no mercado de semicondutores, forçando a empresa a optar por jogar seguro usando os estoques de chips em celulares com desafios menores de mercado.

TCL não desiste da ideia — para o futuro
A empresa, porém, não deve desistir da ideia: a TCL apresenta protótipos de dobráveis já há alguns anos, e o Chicago seria o seu primeiro lançamento comercial. Agora, a fabricante pretende aprimorar processos, promover melhorias de hardware, e tornar isso tudo mais barato para fazer frente a rivais mais consolidados.
Evitando esse lançamento arriscado, a TCL pode estar se preservando de repetir o que aconteceu à Motorola. Os Razr 2019 e Galaxy Z Flip chegaram ao mercado à mesma época, e na mesma faixa de preço. A Samsung entregou um produto de mais performance e melhor construção, o que levou a marca da Lenovo a fazer cortes enormes de preço e até vender dois celulares ao preço de um para recuperar vendas.
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