Como economizar para evitar comprar celular parcelado
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller |
Celulares são itens que costumam ter um valor agregado relativamente alto, e por isso é comum que não seja possível comprar um modelo novo sem um nível de planejamento antes. Por isso, o Canaltech dá algumas dicas de educação financeira em relação a como economizar na hora de adquirir este bem tão importante sem recorrer ao parcelamento.
Planejamento mês a mês
Pagar à vista pode parecer uma dica bastante simples, mas sempre estará entre as formas mais baratas e seguras de fazer a compra um celular. Para alcançar seu objetivo, é importante realizar um planejamento financeiro que permita guardar dinheiro na quantia necessária mês a mês, até que se alcance o valor do smartphone.
Esse planejamento precisa considerar alguns aspectos básicos da vida financeira, incluindo as fontes de renda e receita mensal, além das despesas com contas essenciais e gastos com serviços menos necessários. A chave para o planejamento é colocar tudo no papel ou em uma planilha, que neste caso funcionam melhor no longo prazo em comparação com a memória.
Além de saber como economizar dinheiro, é bastante relevante planejar o local em que essa quantia será guardada. Em geral, não é recomendado deixar muito dinheiro acumulado na conta-corrente tradicional, e a poupança também não costuma ser a melhor alternativa.
Em vez disso, é viável procurar títulos públicos, já que são considerados os mais seguros e podem também ser resgatados a qualquer momento — servindo também como uma reserva de emergência caso algo aconteça no meio do caminho.
Como um exemplo prático, é possível imaginar uma situação hipotética em que seja possível guardar R$ 200 por mês. Em uma conta sem rentabilidade, o valor acumulado em um ano seria de R$ 2.400.
No entanto, com um título genérico que pague 10% ao ano, o montante passa a alcançar R$ 2.600, descontado o Imposto de Renda que incide sobre o rendimento. Aliado a outras boas práticas, estes R$ 200 a mais podem garantir um modelo mais avançado, e que durará por mais tempo. Caso você não esteja disposto a comprar títulos, guarde seu dinheiro em uma conta digital que renda, pelo menos, 100% do CDI.
Pesquisa é essencial
Antes de comprar um celular, é essencial fazer uma pesquisa aprofundada em relação a alguns aspectos principais, incluindo o tipo de aparelho que será adquirido. Afinal, muitas vezes não vale a pena investir em um modelo muito avançado se o objetivo for mexer apenas em aplicativos de mensagens e redes sociais, por exemplo.
Quando for decidida uma lista de compras com os modelos mais interessantes, é importante acompanhar a evolução dos preços dia a dia e evitar compras por impulso. Afinal, é bastante habitual que os valores variem significativamente em um intervalo de poucas semanas.
Por isso, sites que mostram produtos com descontos e ofertas são bastante úteis na hora de escolher os preços baixos. Uma dessas plataformas é o Canaltech Ofertas, que mostra as melhores opções com atualizações em tempo real das promoções nos principais sites que vendem celulares.
Mas e se for urgente?
Planejamento e pesquisa são aspectos fundamentais para economizar caso haja tempo disponível antes da compra de um novo celular, e não há como evitar que os melhores preços sejam encontrados apenas com paciência e foco nos objetivos financeiros.
No entanto, se um celular para de funcionar de um dia para o outro, é provável que um novo modelo seja necessário o mais rápido possível. Mesmo assim, ainda é possível gastar menos nessas situações.
Caso o dinheiro necessário para comprar um smartphone não esteja disponível no momento, o parcelamento será inevitável. Nessa situação, o planejamento será ainda mais essencial.
Antes de finalizar a compra, é preciso avaliar todos os aspectos da compra a prazo, como a quantidade de juros pagos no total, e o valor de cada parcela. Em hipótese alguma é aconselhado dividir em parcelas que custem mais do que o fluxo de dinheiro disponível em cada mês.
Afinal, os juros cobrados em contas não pagas costumam ser bastante altos, e podem fazer uma “bola de neve” que custará mais que o próprio celular. Isso é evidente no caso do cartão de crédito que, mesmo com as novas regras implementadas em 2024 com o objetivo de limitar os juros que podem ser cobrados, ainda tem taxas capazes de causar grandes problemas no orçamento.
Modelos antigos podem ser boas opções
O mercado atual de celulares mudou ao longo dos últimos anos, com uma longevidade cada vez mais alta. Não é à toa que as pessoas demoram cada vez mais tempo para comprar um novo celular, já que os aparelhos antigos costumam funcionar bem por vários anos.
Portanto, uma alternativa viável para pagar menos é procurar aparelhos com mais de um ou dois anos desde seu lançamento, já que eles ainda podem entregar uma experiência razoável, enquanto custam algumas centenas de reais a menos.
No entanto, neste caso é importante entender como o celular funciona atualmente, inclusive por meio de conteúdos produzidos pelo Canaltech com modelos relativamente antigos. Um aspecto importante para levar em consideração é a política de atualizações do sistema operacional Android ou iOS, já que isso costuma ser um bom indicativo do quanto se espera que o smartphone dure.
Outra opção é optar pelos chamados modelos recondicionados, que são celulares “reformados” para voltar ao mercado. Existem plataformas capazes de recuperar condições próximas a um aparelho novo, enquanto cobram menos.
Troca do aparelho atual
Caso o celular atual em mãos ainda tenha condições de uso, é possível abrir mão dele e colocá-lo em um programa de trocas para descontar parte do preço do novo. Esse tipo de iniciativa costuma ser usada por diversas marcas de celulares em seus sites oficiais, além das principais varejistas por meio de mutirões.
Mesmo que as avaliações dos celulares não costume gerar valores tão altos de desconto, ainda é possível reduzir mais algumas centenas de reais na hora de pegar um modelo novo. Além disso, a troca é uma ação sustentável, evitando que o modelo antigo fique parado em casa como lixo eletrônico sem o direcionamento correto.
Cuidado com ofertas boas demais
Uma prática que tem se tornado cada vez mais comum no Brasil é a venda de celulares irregulares, ou seja, sem a certificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em alguns casos, os aparelhos podem ser completamente falsos, como cópias de outros aparelhos produzidos por agentes mal-intencionados.
Entre os indícios de páginas com aparelhos falsos está a presença de um preço muito abaixo do mercado, uma estratégia feita justamente para atrair consumidores muito interessados em pagar pouco. Por isso, é sempre bom pesquisar a procedência dos responsáveis pelo anúncio antes de comprar algo, assim como realizar um mapeamento amplo dos valores comumente cobrados no mercado.