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Smartphone refabricado é opção barata e ecológica de ter um topo de linha antigo

Por| 10 de Outubro de 2019 às 09h51

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Dinho Rodrigues
Dinho Rodrigues

Se você já foi aos Estados Unidos ou fez uma compra "lá fora", pode ter se deparado com produtos chamados de refurbished. O termo pode ser traduzido para o português como restaurado ou refabricado. A ideia é pegar um produto que seria jogado no lixo, reaproveitar peças e até somente reformar algumas partes para que ele possa ser vendido novamente no mercado.

A prática é bem comum fora do Brasil, e ainda não tem tanta força em nosso país. Mas, por que ter este trabalho para salvar um aparelho? A primeira vantagem é o preço. “Os produtos que a gente revende aqui chegam a ser 30% mais barato que um novo. Alguns aparecem até por 60% menos custo”, explica Danilo Martins, sócio-diretor da Yesfurbe.

O negócio da empresa é exatamente este, pegar aparelhos antigos e reaproveitar peças, trocar algumas outras e revendê-los. Segundo o diretor, somente 20% do que chega para a companhia é descartado totalmente.

A mudança de paradigma acompanha uma preocupação mundial sobre meio ambiente e lixo eletrônico. A pesquisa encabeçada pela ONU chamada The Global E-waste Monitor, de 2017, mostrou que, em média, uma pessoa produz 6,7 quilos de lixo eletrônico por ano.

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No total, apenas 20% destes materiais são reciclados, sendo que a taxa brasileira é de somente 2% de recuperação. Segundo o Monitor, nosso país produz anualmente 1,5 mil tonelada de lixo eletrônico. Assim, nos posicionamos como o sétimo maior produtor no mundo, ficando atrás apenas de China, Estados Unidos, Japão, Índia, Alemanha e Reino Unido, do maior para o menor. A tendência é só o crescimento mundial.

Ou seja, buscar um aparelho refabricado também pode ser uma opção para evitar desperdícios. Metais como prata, gálio, arsênio e cobalto estão em escassez e estão presentes na maioria dos aparelhos eletrônicos, principalmente em smartphones. Em um iPhone, por exemplo, há perto de 25 gramas de alumínio, 15 gramas de cobre e 0,34 grama de prata.

Acesso ao mais caro

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Segundo Martins, o mercado de refabricados tem crescido no Brasil. “É um conceito já forte lá fora e está começando a pegar aqui também”, conta. A Yesfurbe viu aumento de 526% na demanda de refabricação em um ano de operação.

A principal forma de acesso da companhia é com varejistas. “Sabe quando você vai comprar o seu aparelho e a loja dá um desconto se você levar o modelo antigo? Pois é, nós compramos deles”, brinca Martins.

Contudo, uma pessoa física pode vender seu aparelho para a Yesfurbe. Neste caso, é preciso enviar o aparelho pelos Correios e o usuário ganha créditos na loja da empresa para comprar outro smartphone. “Queremos implementar o pagamento em dinheiro, mas ainda não está funcionando”, diz o diretor.

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O mercado brasileiro de smartphones é de um perfil que consome bastantes aparelhos de entrada e intermediários, além de estar disposto a investir em modelos de ponta mais antigos. Segundo o sócio, há um forte apelo por aparelhos como iPhones mais antigos, como o iPhone 7, e os Galaxy S8 e S9, da Samsung.

Confiança

A vantagem, segundo Martins, está na garantia. Primeiro, não se trata mais de mercado informal, em que não se sabe, por vezes, qual a procedência do produto. “É mais seguro do que comprar com particulares no Mercado Livre ou OLX, e a ideia é a mesma”, conta o diretor.

Quando eles recebem um aparelho, há uma análise do que pode ser aproveitado e se aquele dispositivo será refabricado para voltar a ser vendido, ou se só haverá aproveitamento das peças. O que não é utilizado, a empresa faz um descarte ecológico.

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Depois de todos os retoques, há também testes para confirmar a qualidade do produto, e então ele vai para o consumidor. Por lei, é preciso oferecer pelo menos 3 meses de garantia, mas a empresa dá 6 meses ao comprador.