Apple é única marca de celulares que aumentou vendas em 2022, apontam pesquisas
Por Vinícius Moschen | Editado por Wallace Moté | 29 de Abril de 2022 às 13h32
Novos relatórios divulgados por agências de mercado como a Strategy Analytics, Canalys e IDC mostram que a Apple foi a única marca de celulares que aumentou as suas vendas durante o primeiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano passado. Mesmo que os números mostrados pelos três institutos apresentem algumas diferenças pontuais, todos revelam um padrão bastante positivo para a companhia de Cupertino.
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Relatório Canalys
Marca | Fatia de mercado - 1ºT 2022 | Fatia de mercado - 1ºT 2021 | Crescimento anual (em dispositivos vendidos) |
Samsung | 24% | 22% | -4% |
Apple | 18% | 15% | 8% |
Xiaomi | 13% | 14% | -20% |
Relatório Strategy Analytics
Marca | Fatia de mercado - 1ºT 2022 | Crescimento anual (em dispositivos vendidos) |
Samsung | 23.8% | -2,7% |
Apple | 18,2% | 0,6% |
Xiaomi | 12,4% | -19,6% |
Relatório IDC
Marca | Fatia de mercado - 1ºT 2022 | Fatia de mercado - 1ºT 2021 | Crescimento anual (em dispositivos vendidos) |
Samsung | 23,4% | 21,6% | -1,2% |
Apple | 18% | 16% | 2,2% |
Xiaomi | 12,7% | 14,1% | -17,8% |
As pesquisas indicam que a Apple teve uma quantidade superior a 57 milhões de dispositivos vendidos no período analisado. Estes números incluem todos os celulares que a marca comercializa atualmente — ou seja, as linhas iPhone 13, iPhone 12, iPhone 11 e o recente iPhone SE 2022, que pretende atingir um mercado de dispositivos mais acessíveis.
Um panorama semelhante já tinha sido indicado dias atrás, quando foi noticiado que a marca pretende aumentar o ritmo de produção dos modelos iPhone 13 Pro e iPhone 13 Pro Max, para que a demanda dos próximos meses seja suprida.
Esses resultados positivos foram registrados em um período pouco convencional para a marca. Normalmente, as vendas da Apple crescem de forma significativa nos últimos meses do ano, quando é lançada a nova linha de iPhones — a empresa aposta no iPhone SE 2022 para manter valores mais estáveis durante outras épocas, mas o modelo ainda não decolou da forma esperada.
Na última quinta-feira (28), a empresa divulgou seu balanço trimestral, em que as receitas geradas ultrapassaram as expectativas. Segundo os números informados, a marca recebeu cerca de 97 bilhões de dólares em vendas — algo equivalente a R$ 479 bilhões em conversão direta.
Concorrentes de olho no mercado
Mesmo com o crescimento visto em relação ao ano passado, a Apple permanece atrás da Samsung na quantidade bruta de dispositivos vendidos. A marca coreana supera as 73 milhões de unidades comercializadas em todas as pesquisas, e a tendência é de um aumento ainda mais significativo por conta dos novos representantes intermediários na linha Galaxy A e celulares dobráveis que serão lançados no começo do segundo semestre.
Por outro lado, as marcas chinesas estão entre as que registraram quedas mais expressivas, incluindo a Xiaomi. Os principais motivos para este panorama incluem a sequência da pandemia de covid-19 com lockdowns frequentes na China, além da crise de componentes e dificuldades logísticas diversas.
Por isso, o mercado global de smartphones segue com vendas reduzidas em relação ao período pré-pandêmico. Analistas apontam que a situação deverá se amenizar apenas a partir do segundo semestre, quando a disponibilidade de peças poderá ser estabilizada e as linhas de produção voltarão a operar em ritmos normais.