A Nokia está morrendo de novo; entenda o que aconteceu com a marca
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •
A HMD Global, marca responsável por licenciar smartphones da Nokia, anunciou uma redução em suas operações nos Estados Unidos no último dia 11. Na prática, isso significa que a empresa também parou de vender dispositivos das marcas HMD e Nokia no país.
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No comunicado, a empresa citou "um ambiente geopolítico e econômico desafiador", algo que pode ser interpretado como uma forma sutil de se referir às tarifas anunciadas pelo governo Trump.
A nota não confirma que a HMD vá abandonar totalmente o mercado estadunidense. No entanto, a loja online da empresa não está mais acessível, sem botões de compra para os dispositivos.
A HMD garantiu que continuará oferecendo garantia e suporte para produtos já lançados. A empresa não revelou detalhes sobre eventuais demissões de funcionários nos EUA, e sinalizou que está comprometida em apoiar a equipe durante esse momento de transição.
Alguns aparelhos da marca ainda podem ser encontrados em varejistas, como a Amazon, mas poderão estar limitados à disponibilidade atual.
HMD tem muitas mudanças recentes de estratégia
Criada em 2016 na Finlândia, a HMD surgiu para adquirir o negócio de feature phones (telefones simples) da Nokia, após um período de gerenciamento por parte da Microsoft.
Os smartphones Nokia lançados fizeram parte dos segmentos básicos e intermediários, normalmente por preços acessíveis. Os modelos incluem o Skyline, que se diferencia por ser o único celular Android com o padrão Qi2 de carregamento magnético estilo MagSafe.
Em 2023, a HMD anunciou planos de lançar produtos sob sua própria marca, o que foi considerado o “início do fim” da Nokia na categoria.
Em 2024, o site oficial da Nokia para venda de celulares foi retirado do ar. No início de 2025, o contexto evoluiu para uma situação em que apenas smartphones HMD eram vendidos, sem mais modelos com a marca da Nokia.
A HMD também firmou parcerias com outras empresas para fabricação de flip phones mais atrativos, como o celular da Barbie e o Heineken Boring Phone. Contudo, ambos contam com hardware e funções bastante básicas.
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