Prévia Ahsoka | A continuação de Rebels que muitos queriam ver
Por André Mello | Editado por Jones Oliveira | 21 de Agosto de 2023 às 20h30
A maior aposta da Lucasfilm em 2023 é a estreia de Ahsoka, nova série da Disney+ que dá continuidade não apenas à trama iniciada em The Mandalorian e Livro de Boba Fett, mas também da animação Star Wars Rebels. Se os dois primeiros episódios são indicativos de algo, é a de que a série terá ação, deve mergulhar de cabeça na mitologia da Força e ainda fazer muitos fãs de Rebels se emocionarem.
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A Disney optou por lançar a série com dois episódios logo de cara, uma decisão que se mostra bastante acertada. Os dois servem como uma forma de introduzir a trama central da série, além de apresentar personagens para o público geral que não acompanhou a série animada de Star Wars.
Para se preparar para a estreia de Ahsoka, saiba um pouco mais sobre esse começo da série e entender o que pode estar por vir nela.
Sempre um mestre e um aprendiz
A série começa com Ahsoka Tano, vivida por Rosario Dawson (O Balconista 3), em busca de uma forma de encontrar o Grande Almirante Thrawn, vilão que foi dado como morto no final de Rebels, mas pode retornar e iniciar uma nova guerra por poder.
Esse primeiro episódio serve muito para colocar Ahsoka como uma jedi mais serena, ainda que bastante eficiente, cruzando o caminho de personagens do seu passado, como Hera Syndulla, interpretada em sua versão live action, mas ainda incrivelmente verde, por Mary Elizabeth Winstead (Scott Pilgrim Contra o Mundo).
Por mais que você não tenha assistido tanto Rebels para ficar tão empolgado com o encontro, mesmo sendo um grande fã da Mary Elizabeth Winstead, Ahsoka consegue transmitir bem a importância das personagens.
Isso é algo bem interessante nesses dois primeiros episódios, já que claramente você percebe que existe uma história por trás de várias interações, mas elas são bem explicadas dentro da série.
Claro que se você já é um fã antigo ou tem interesse em conhecer mais, é interessante ir atrás dos episódios de Star Wars: Clone Wars e Rebels para entender melhor alguns pontos, mas a série se resolve bem sozinha, pelo menos até certo ponto.
Esse ponto está no relacionamento entre Ahsoka e Sabine Wren, interpretada por Natasha Liu Bordizzo (O Tigre e o Dragão: A Espada do Destino). Se em Rebels, Sabine era uma orgulhosa e talentosa mandaloriana, desde os trailers de Ahsoka, ela era colocada como padawan da Jedi. Só que essa ligação dela com a Força nunca foi explorada antes, tornando essa mudança um pouco estranha.
Isso é desenvolvido rapidamente nos primeiros episódios da série, mas confesso que ainda parece enfiado ali para criar um paralelo com o relacionamento entre os vilões Baylan Skoll, interpretado por Ray Stevenson (Justiceiro: Zona de Guerra) e Shin Hati (Ivanna Sakhno).
Essa ideia daqueles que usam a Força sempre andarem em pares, de um mestre e seu aprendiz, é interessante e eventualmente pode levar a algum lugar na série, mas nesses primeiros episódios, parece um pouco forçado.
Sabine Wren e o seu potencial para ser o destaque da série
Apesar de a série ser centrada em Ahsoka, é a mandaloriana Sabine Wren que chama mais atenção nesses primeiros episódios. Seja por ser responsável pelo núcleo emocional da trama, com elementos que ela traz de Star Wars Rebels, ou simplesmente por ser realmente legal, mesmo frente a uma Jedi que usa dois sabres de luz.
Sabine tem um magnetismo nos primeiros episódios que prende o espectador e faz dela a pessoa que movimenta a história, enquanto Ahsoka serve como uma observadora em alguns momentos, esperando para o seu momento de "resolver" as coisas.
Essa dinâmica deve mudar nos episódios seguintes, mas uma coisa que ficou nos primeiros episódios é que Ahsoka parece ter funcionado melhor no episódio de The Mandalorian do que na sua própria série.
Claro que considerando que ela terá mais seis episódios, é bem possível que essa percepção mude, mas em alguns momentos, ela ainda parece um pouco apagada, enquanto Sabine tem mais vida e chama mais atenção.
Ação e mitologia
Desde os primeiros momentos da série, fica evidente que ela segue o mesmo estilo das outras séries live action de Star Wars, com boas cenas de ação, ainda que elas não sejam tão elaboradas quanto nos filmes.
Mesmo assim, são bastante convincentes e servem para mostrar, principalmente, as habilidades de Ahsoka e de Sabine Wren. Algo que fica claro nesses primeiros episódios é o desejo de se aprofundar na mitologia de Star Wars, explorando mais a galáxia e os segredos da Força.
Isso foi tocado brevemente durante The Mandalorian, mas por pegar linhas de história de Rebels, que explorou bastante isso, como o Mundo Entre Mundos, isso vá aparecer cada vez mais nos episódios restantes da série.
A Disney se mostrou bastante esperta por ter incluído esses dois primeiros episódios na estreia da série, já que é um método eficaz de introduzir a trama para o público geral, que talvez não se empolgasse tanto apenas com o primeiro capítulo, ainda mais com a forma como ele termina.
Entregando praticamente um filme para trazer os fãs para a série, a estreia de Ahsoka mostra potencial, já superando em dois episódios o que, por exemplo, Obi-Wan Kenobifez em vários.
Ahsoka estreia dia 22 de agosto, agora sempre às 22h (horário de Brasília), na Disney+.