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Mulher-Hulk | Entenda o final da série em 5 pontos

Por| Editado por Jones Oliveira | 14 de Outubro de 2022 às 20h30

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Divulgação/Marvel Studios
Divulgação/Marvel Studios
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O final de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis pegou muita gente de surpresa. O episódio que fecha a temporada brinca tanto com a metalinguagem que é muito fácil se perder em meio às reviravoltas e subversões de Jennifer Walters (Tatiana Maslany) à esperada fórmula da Marvel. Afinal, o que diabos está acontecendo?

Do começo ao fim, o capítulo é uma enorme maluquice que joga o próprio roteiro para o terceiro plano para discutir assuntos até mais interessantes do que a história de Jen naquele momento da trama. Entre referências obscuras e provocações aos fãs e ao próprio Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês), o seriado é diferente de tudo o que já vimos em histórias de super-heróis.

Por isso mesmo, algumas coisas podem ter passado despercebidas à primeira vista. Assim, antes que você torça o nariz para a experimentação que Kevin Feige — o robô ou o homem do boné — ousou fazer por aqui, entenda o final de Mulher-Hulk e as maluquices apresentadas.

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5. O início retrô

O episódio final começa já de uma forma bem bizarra. Ao invés de dar continuidade aos eventos do capítulo anterior, mostrando a Mulher-Hulk indo atrás do Inteligência e enfrentando algum vilão superpoderoso, como era de se esperar, ele traz uma nova recapitulação em um estilo bem particular.

Essa cena inicial com todo mundo vestindo roupas dos anos 1980 é uma divertida brincadeira com o seriado O Incrível Hulk, que serviu de base para a criação da própria Mulher-Hulk. Para isso, traz não só o visual da época, mas também a linguagem cinematográfica — a narração dramática e as cenas bastante exageradas.

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O destaque também fica para a atriz que vive a heroína. Na série original, dois atores viviam Banner e Hulk: Bill Bixby era o cientista, enquanto Lou Ferrigno era pintado de verde para se transformar no monstro. E o mesmo foi feito aqui, já que o boneco de CGI foi substituído por Malia Arrayah — que é a “dublê” de Maslany — também pintada de verde.

A ideia de ser algo retrô é tão real que eles chamam a heroína de “A Selvagem Mulher-Hulk”, que era o título original da personagem quando ela foi criada como uma versão feminina e igualmente feroz do “Incrível Hulk".

4. A crítica aos “fãs”

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Já tinha ficado claro que o Inteligência era uma versão exagerada e maligna de grupos de internet que se organizam para atacar pessoas, principalmente mulheres. Só que, no episódio final, Mulher-Hulk: Defensora de Heróis escancara isso e não poupa nem mesmo os fãs do MCU — ou, pelo menos, parte deles.

Os vilões da série são uma caricatura de vários comportamentos tóxicos que a própria comunidade da Marvel vem adotando há tempos, seja de rechaçar personagens e propostas que fujam do padrão de herói (basta ver as várias críticas à existência de uma série da Mulher-Hulk, por exemplo) ou mesmo de afastar quando mulheres tentam entrar nesse mundo. Sabe aquele papo do “fã de verdade” que sempre surge? Então, é nesse pessoal que o episódio mira.

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Isso sem falar que o seriado ainda tira sarro da incapacidade que essa parcela do público tão devota à imagem do super-herói tem em ler subtextos. Isso fica claro no episódio anterior, quando Todd (Jon Bass) começa a falar sobre como ele se sente um wakandano.

3. A autocrítica da Marvel

Ao mesmo tempo, Mulher-Hulk não poupa nem mesmo o próprio MCU. O ponto alto do episódio é justamente a enorme quebra da quarta parede em que Jen volta para o Disney+ para poder invadir o Marvel Studios e reclamar sobre o quanto o roteiro do episódio está ruim.

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E há vários pontos nessa cena, a começar pelo fato de tudo ser comandado por uma inteligência artificial que dita os rumos dos filmes e das séries a partir de um algoritmo. A piada em cima de Kevin Feige é óbvia, assim como o fato de todas as histórias recentes do estúdio terem sido pasteurizadas a ponto de ficarem genéricas.

Assim, quando Jen passa a listar todos os clichês do episódio final e pede para mudar, é a própria Marvel sinalizando como é preciso seguir em frente em termos narrativos para continuar sendo criativa e relevante por mais uma década — mesmo que muitos “fãs de verdade” fiquem verdes de raiva com isso.

2. Easter eggs

Apesar desse discurso de deixar alguns vícios narrativos de lado, o final de Mulher-Hulk não abre mão de algumas das assinaturas do MCU, como a incrível capacidade de deixar ganchos para futuras produções. Tudo bem que isso é feito em tom de piada em algumas das vezes — estamos olhando para você, citação a X-Men —, mas não dá para negar que Defensora de Heróis deixa algumas citações no ar só para fazer com que a gente fique teorizando em cima.

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Quem nunca falou uma verdade disfarçado de piada? O diálogo da personagem com K.E.V.I.N. é cheio desse tipo de coisa, tanto que toca a música-tema de Pantera Negra quando é dito que a equipe responsável pelos efeitos visuais já largou Mulher-Hulk para trabalhar em outro projeto, já sinalizando Wakanda para Sempre.

Além disso, há também as menções sobre a segunda temporada do seriado. Isso é citado pelos menos duas vezes, tanto na sala de roteiro quanto pelo próprio K.E.V.I.N. E, em ambos os casos, eles falam com uma certeza que isso vai acontecer que soa quase como um anúncio informal.

No mesmo tom, a inteligência artificial ainda cita a importância de Hulk (Mark Ruffalo) ir para Sakaar, afirmando que isso vai ser importante para o futuro, ao passo que Jen retruca dizendo que eles podem explicar isso no filme. Pois bem, que filme?

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1. O filho do Hulk

Se você ficou sem entender de onde diabos apareceu aquele filho do Hulk, calma. O personagem existe nos quadrinhos e, desconsiderando toda a maluquice que a série apresenta, a sua origem é até bem parecida com o que foi mostrado.

Lembra-se de que Banner foi para um planeta bizarro em Thor: Ragnarok? Pois é, o pessoal desse planeta que voltou atrás dele e que resultou no acidente que fez Jen conseguir os poderes do Hulk. Então, mais do que cruzar o espaço para cobrar pensão alimentícia, eles levaram o herói de volta para outro canto da galáxia para ele reconhecer a paternidade e agora Skaar está na Terra.

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Foi uma forma de encurtar a trama das HQs e simplificar algumas coisas na adaptação. Em outras palavras, pode esquecer um Hulk Contra o Mundo.

Mulher-Hulk: Defensora de Heróis está disponível no Disney+.