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7 motivos para assistir e se empolgar com Mulher-Hulk: Defensora de Heróis

Por| Editado por Jones Oliveira | 18 de Agosto de 2022 às 09h00

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Marvel Studios
Marvel Studios

Envolto em algumas controvérsias, Mulher-Hulk: Defensora de Heróis chegou ao Disney+ nesta quinta-feira (18) com a difícil tarefa de deixar para trás a má impressão causada pelo CGI ruim dos primeiros trailers e mostrar que vale a pena conferir a história da advogada verde de dois metros de altura. E, agora que finalmente está entre nós, a oitava série do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) já deixa claro que ela é muito mais do que a polêmica inicial.

Como apontamos em nossas primeiras impressões, o seriado combina muito bem um novo nível de comédia no estúdio com uma personagem muito carismática, um roteiro muito bem feito e brincadeiras de linguagem que fazem tudo ser bem diferente.

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E mesmo com um primeiro episódio mais lento, Mulher-Hulk já demonstra um potencial que certamente vai ser explorado ao longo das próximas semanas. E, para que você não seja pego de surpresa no que ainda está por vir, listamos algumas razões para você ficar de olho e entender por que Defensora de Heróis merece sua atenção.

7. Não é só um derivado do Hulk

À primeira vista, pensar na Mulher-Hulk não é a coisa mais empolgante do mundo. O Hulk já é um personagem que não renda lá muita história, então uma versão feminina não só seria pouco criativa como igualmente difícil de fazer algo interessante. Só que, neste caso, essa regra não é verdadeira.

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A série faz questão de, logo de início, se distanciar de seu primo famoso e mostrar que a personagem não compartilha nada com o herói a não ser a cor e poder destrutivo. Toda a relação de Jennifer Walters (Tatiana Maslany) com os poderes é bem diferente, assim como a própria tônica da trama.

Isso é fundamental por algumas razões. Primeiro, tira a heroína dessa enorme sombra e a coloca para trilhar seu próprio caminho, que é muito mais divertido do que a gente poderia imaginar. Além disso, essa tomada de holofotes é algo que combina também com a mensagem central que a série traz para si, fazendo com que esse protagonismo feminino seja apenas mais uma peça desse divertido mosaico metalinguístico que a série adota.

Assim, esqueça o velho papo de “Hulk esmaga” e da gigante descontrolada. Os dramas e situações são completamente diferentes e deixam bem claro que essa é uma série da Mulher-Hulk e ninguém mais.

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6. Série leve e bem humorada, até para a Marvel

A gente já se acostumou a ver todas as histórias do MCU com essa forte carga de comédia. Contudo, Mulher-Hulk: Defensora de Heróis abraça o gênero sem qualquer tipo de vergonha e receio e se assume como tal. Basta ver que cada episódio tem seus 30 minutos, assim como qualquer outra comédia para TV.

A leveza e o descompromisso do roteiro são as grandes marcas do seriado, principalmente ao fazer piada e brincadeiras com os próprios elementos do MCU. A série está muito mais preocupado em tirar sarro dos absurdos do universo de heróis e apresentar esse lado mundano e bizarro dessa realidade do que apresentar, pelo menos em sua primeira metade, qual vai ser a grande história que vai nortear a temporada.

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É uma decisão que tem seus contras? Com toda a certeza, mas não nega o fato de que isso combina muito bem com o tom mais caótico que a Mulher-Hulk já tinha nos quadrinhos e que leva para o MCU.

Isso gera dois efeitos que são curiosamente opostos. Como a série se preocupa muito mais em apresentar sua personagem e fazer humor com a ideia de um mundo com super-heróis, Defensora de Heróis se torna pouco dependente do restante do MCU. Com exceção de alguns conceitos básicos — quem é o Hulk, por exemplo —, qualquer pessoa é capaz de entender e aproveitar a história sem depender de dezenas de filmes e mais uma penca de outros seriados.

É uma leveza que faz com que os primeiros episódios sejam quase procedurais, o que faz deles ótimas portas de entrada para quem está chegando agora.

Ao mesmo tempo, Mulher-Hulk também conecta muitas pontas soltas desse universo e resolve algumas questões que estavam em aberto. Para quem acompanha o MCU há mais tempo, o seriado é fundamental para mostrar um pouco dos bastidores e revelar como questões mundanas são resolvidas entre uma batalha pelo destino da Terra e outro.

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5. Participações especiais

A própria série brinca com o quanto Mulher-Hulk: Defensora de Heróis se apoia em participações especiais. Afinal, se a sua protagonista não é tão popular assim, que mal há em pedir ajuda para alguns figurões mais conhecidos?

É isso que faz com que Hulk (Mark Ruffalo) apareça com certo destaque, assim como o vilão Abominável (Tim Roth), que marca seu retorno ao MCU depois de quase 15 anos e em um contexto que faz todo o sentido tanto com o que o seriado apresenta como também no próprio contexto geral. Além disso, também já foram confirmadas as presenças de Wong (Benedict Wong) e a tão comentada estreia do Demolidor (Charlie Cox) de forma definitiva neste universo.

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Para quem lia quadrinhos e adorava sempre que um crossover assim acontecia, pode se preparar para ver alguns heróis icônicos a cada novo episódio — assim como outras figuras completamente irrelevantes.

4. Tatiana Maslany é incrível

A gente fala muito na Mulher-Hulk, mas é como Jennifer Walters que ela brilha de verdade. E tudo isso graças à ótima atuação de Tatiana Maslany como a advogada super-poderosa. A estrela de Orphan Black faz sua estreia no MCU com o pé direito, entregando uma personagem muito divertida e carismática que passeia por diferentes facetas e entrega todas muito bem.

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Isso faz com que seja muito interessante conferir cada uma das personas de Jen. Seja da advogada obcecada em trabalho e orgulhosa de sua carreira à mulher divertida que fala besteira com as amigas e faz teorias sobre o Capitão América ser ou não virgem, passando pela própria Mulher-Hulk, são várias abordagens bem diferentes que Mallany entrega de letra.

Mas é em seu sarcasmo que ela ganha o público — o que combina muito bem com a metalinguagem que a série aborda e com todas as piadas e referências que ela faz sobre o MCU com o público.

A impressão que fica é que Maslany é uma amiga nossa que conseguiu entrar nesse mundo de super-heróis e que age como qualquer um de nós agiria caso estivesse ali. Não apenas espantada ao ver feiticeiros conjurando portais ou ter seu próprio corpo sendo transformado, mas por apontar os absurdos que insistem em surgir na sua frente e, por que não, tirar um pouco de proveito de suas novas habilidades.

O grande charme de Mulher-Hulk é ter uma protagonista que é gente como a gente — e isso só é possível graças ao ótimo trabalho de Tatiana Maslany.

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3. O mundo por trás dos super-heróis

Esqueça a fórmula clássica de uma história de super-herói. Mulher-Hulk não traz aquela grandiosidade épica que essas séries tentam apresentar, tampouco tenta chegar perto dessa seriedade. Na verdade, o que realmente chama a atenção em Defensora de Heróis é o oposto disso tudo: a banalidade que se esconde por detrás de cada história do MCU.

Sabe quando você se pergunta quem vai pagar o seguro do carro arremessado pelo Hulk em Vingadores? É esse tipo de bobagem que norteia a trama e é o que dá muito coração a essa trama de advogados. Com um formato quase procedural, o seriado explora essas questões mundanas dentro de uma realidade em que existem super-seres e as discute com uma leveza única.

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Isso faz com que Mulher-Hulk seja quase um The Office de herói, o que é uma abordagem até então inédita no MCU e que combina muito bem com a leveza que tanto a personagem quanto a própria série exigem.

2. Quebra de 4ª parede

Antes mesmo de ter seu trailer divulgado, a possibilidade de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis brincar com metalinguagem e quebrar a quarta parede era algo muito esperado pelo público, pois essa foi uma das principais características da heroína nos quadrinhos. E, para a alegria dos seis fãs da HQ, esse é um dos grandes acertos da série.

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É inegável a influência de Fleabag no roteiro de Jessica Gao, mas isso está longe de ser um problema. Ao contrário do que John Byrne fez nos gibis da Mulher-Hulk no início dos anos 1990, Gao não usa essa interação entre a personagem e o público apenas para fazer graça. Na verdade, é algo que vai muito além: a ideia é que o espectador seja uma espécie de cúmplice e confidente da heroína.

Isso inclui desde seus comentários sobre o absurdo de algumas situações até aqueles olhares sarcásticos sobre a fala de um personagem machista. São interações muito pontuais, mas que funcionam incrivelmente bem, dando um tempero único a essa história toda.

1. Discussão sobre machismo

O clima bem humorado da série, as piadas com o próprio MCU e o carisma de Tatiana Maslany eram cartas cantadas dentro desse jogo. Por mais que a Mulher-Hulk fosse uma personagem desconhecida do grande público, todo mundo já esperava essa combinação na série. O que ninguém imaginava, porém, era que tudo isso ia ser usado para envelopar uma alegoria bastante contundente sobre o machismo.

Essa é uma temática bastante presente ao longo de todos os episódios iniciais. Seja com Jennifer explicando para Bruce que ela sempre precisou controlar sua raiva pelo simples fato de ser mulher, tendo que ouvir os comentários machistas de colegas de trabalho ou por ter toda a sua carreira profissional reduzida ao fato de ela ter poderes, não faltam exemplos de situações machistas que ela precisa encarar no dia a dia.

E tudo isso é apresentado de forma muito inteligente no roteiro de Jessica Gao. Há um momento em específico que traduz muito bem a questão: logo após vencer um caso milionário e estar comemorando com seus colegas, a Mulher-Hulk é chamada pelo seu chefe — e ele literalmente a diminui na frente de todos para que possa demiti-la. É uma situação bastante emblemática e que ninguém esperava ver em uma série assim e que a deixa apenas mais interessante.