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Crítica Três Vidas | Série mexicana se sustenta apenas pela protagonista

Por| Editado por Jones Oliveira | 28 de Fevereiro de 2023 às 15h00

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Maite Perroni, atriz que teve destaque mundial na década de 2000 por Rebelde, ou RBD, como a personagem Lupita, está de volta ao protagonismo de mais uma série da Netflix: Três Vidas.

A trama mexicana, original da plataforma de streaming, é baseada em acontecimentos reais assustadores e conta a história de trigêmeas que descobrem a existência uma da outra de forma trágica e cercada por mentiras.

Atenção: esta crítica pode conter spoilers de Três Vidas!

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Três Vidas é inspirada no documentário Three Identical Strangers, ou Três Estranhos Idênticos, que conta uma história bizarra. Na trama documental, três homens descobrem que são trigêmeos quando tinham 19 anos e decidem investigar o que aconteceu.

Na história real, os homens descobrem que fizeram parte de um experimento antiético e ilegal de um psiquiatra. O objetivo do médico era analisar o comportamento dos imãos com base na genética, mas alterando seus contextos socioculturais. A mesma história é contada em Três Vidas, com Maite Perroni interpretando Rebecca, Tamara e Aleida, mas com elementos ficcionais completamente irreais.

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As três irmãs têm personalidades diferentes, mas o espectador já consegue perceber que muito se deve ao âmbito social em que vivem. No entanto, ao final a trama revela uma relação de algo que pode ser chamado de telepatia entre elas, uma conexão que vai além da genética e beira o sobrenatural. Quando uma está triste, as outras também estão; quando uma está vulnerável, as outras irmãs também estão.

Mas o desenvolvimento da série é confuso e pouco atrativo, com tudo acontecendo de forma rápida, ao mesmo tempo em que demora para nos confirmar o que está acontecendo. Rebecca, a principal, se torna uma personagem duvidosa e sem carisma, assim como suas irmãs.

Esse problema da série não é de Perroni, mas sim de um roteiro mal executado e nada empolgante. A atriz consegue, com olhares e trejeitos, não só pela caracterízação, se transformar em três pessoas diferentes e mostrar que mereceu essa grande responsabilidade.

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No entanto, nenhuma característica positiva de Três Vidas salva a produção, que se perde em diversas conspirações, como o experimento ser uma clonagem nazista, e em variadas argumentações rasas. Os momentos mais importantes da trama acontecem, de fato, no episódio final, que se consagra como muito mais interessante que os anteriores.

Com a popularidade das novelas mexicanas no Brasil, é difícil assistir a qualquer produção do país e não esperar um bom dramalhão, e não é diferente com Três Vidas. A série se sustenta no clichê, no absurdo e em personagens caricatos, trazendo poucos diferenciais.

Três Vidas atraiu a curiosidade dos assinantes da Netflix na sua estreia, se mantendo entre as mais assistidas, e provavelmente essa resposta se deve à Maite Perroni, que carrega os mesmos fãs desde os anos 2000. A atriz tem uma carreira bem-sucedida e, de fato, é otima em seu trabalho, o que deve sempre garantir uma boa audiência em todo filme ou série que participar.

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A série Três Vidas conta com uma temporada na Netflix.