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Crítica Paper Girls | Adaptação de HQ tem estreia com aventura e amadurecimento

Por| Editado por Jones Oliveira | 02 de Agosto de 2022 às 12h30

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Crianças, seres esquisitos e muita ficção científica é a definição de Paper Girls, nova série original do Amazon Prime Video. A premissa é semelhante a de Stranger Things, da Netflix — mas, apesar da comparação, a trama tem a sua individualidade.

Paper Girls promete muita aventura na vida de quatro pré-adolescentes de 12 anos que, sem querer, acabam em uma enrascada que envolve viagem no tempo e todas as características de uma produção de ficção científica com esta abordagem. A série é adaptada dos quadrinhos de mesmo nome escrita por Brian K. Vaughan e ilustrada por Cliff Chiang, e está disponível no Amazon Prime Video em oito episódios.

Atenção: esta crítica pode conter spoilers de Paper Girls!

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Cores e efeitos visuais

A primeira comparação da série Paper Girls com a HQ são as cores. As páginas dos quadrinhos são repletas de tons fortes de azul e rosa, e na televisão as cores são vistas frequentemente, principalmente o rosa.

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Enquanto as cenas de ficção científica acontecem, por exemplo, vemos o céu todo se transformando em rosa em meio ao caos da fenda para a viagem no tempo. Reflexos do mesmo tom são vistos em outras iluminações, trazendo para o espectador a sensação de familiaridade, caso tenha lido as HQs.

Por mais que seja uma produção nesta temática, Paper Girls não se dedica em trazer uma constância nesses efeitos visuais, o que é visto muito mais no começo e bem no final da temporada. Nesse recheio, a série aposta em desenvolver as protagonistas e pessoas relacionadas, e acaba sendo exatamente quando a produção passa a ficar mais interessante.

Adaptação

Paper Girls se passa em 1988, um dia após o Halloween, em 1º de novembro. Tudo começa de madrugada, quando as garotas se encontram com suas bicicletas para começarem o dia de entregadoras de jornais. Todo o início da série é bastante parecido com os quadrinhos, mas as diferenças começam a aparecer ao longo dos próximos episódios.

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Como toda boa adaptação, muitas características precisam ser adaptadas para o audiovisual para fazer mais sentido. Na HQ de Paper Girls, por exemplo, chega um momento em que as jovens viajam para o passado, em milhares de anos a.C. e até conhecendo uma "mulher das cavernas". Na medida do possível, a série prefere se aproximar mais da realidade e dispensa essa ocasião.

A série trabalha bem em referenciar os quadrinhos mesmo fazendo adaptações nítidas do roteiro original, deixando muitos acontecimentos fazendo sentido por se encaixarem muito bem na história daquela forma.

Paper Girls pode até ser comparada com Stranger Things, mas ela tem o seu valor único. Dessa vez, todas as protagonistas são garotas e elas não são amigas desde o começo. Com personalidades e estilos de vida diferentes, elas se confrontam desde o início e demoram para criar uma conexão como um grupo.

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A trama também demora um pouco para engatar, com o início causando uma certa estranheza e confusão. Aos poucos, os elementos vão se encaixando e fica difícil não querer maratonar até o fim. As atuações das pré-adolescentes também são incríveis, principalmente na interação com elas mesmas do futuro.

Deixando de lado a parte de ficção científica, a série explora as questões mais humanas das personagens, como a primeira menstruação, e também aborda diversos problemas que afligem seus poucos anos de vida e, principalmente, mostrando que a experiência que estão vivendo as obriga a amadurecerem antes do tempo.

Paper Girls, portanto, teve uma ótima estreia de temporada, trazendo um bom gancho no final do último episódio para uma possível segunda temporada. Com certeza, vale a pena dar o play na série no Amazon Prime Video.