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Sites pornográficos são os que mais recolhem dados dos usuários

Por| 13 de Setembro de 2019 às 09h54

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Kaspersky
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Por Jay Rossi*

Quando visitamos sites pornográficos e de relacionamento, não nos preocupamos com a segurança de nossas informações, mas deveríamos: esses sites armazenam qualquer dado inserido, como mensagens de texto, senhas, conversas e preferências pessoais.

Você sabia que a maior fonte de dados sobre o que as pessoas querem e pelo que elas pagariam para ter não vem das redes de streaming, e sim dos sites adultos? Pois é. Além de fazer parte de uma das maiores indústrias do mundo, os sites adultos têm a oportunidade de fazer uma busca mais profunda de dados do que outros tipos de serviços para oferecer ao usuário exatamente o que ele está procurando.

Mas quais são os tipos de dados que os sites pornôs recolhem dos seus acessos? Segundo a política de privacidade do PornHub, por exemplo, o site tem um acervo com o endereço de IP, cookies, localização, hardware e software utilizados pelo usuário.

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Esses sites cruzam essas informações com as que eles recolhem de seu próprio conteúdo, para poder oferecer ao visitante sugestões personalizadas. Para conseguir essas informações, eles analisam onde a pessoa clicou, os vídeos a que assistiu, o que pesquisou... Todos esses registros de navegação se tornam estatísticas. Nome, data de nascimento e gênero são apenas as primeiras informações que o usuário fornece, e não as únicas.

Assim como o Facebook, estes sites não dão sinal algum de que estão monitorando os movimentos dos usuários, o que faz com que as pessoas se sintam à vontade para agir naturalmente.

Toda informação coletada é usada de diversas formas pelas empresas. A Netflix, por exemplo, usa os dados dos usuários para saber quais filmes fazem mais sucesso, e assim produz conteúdo com mais chances de dar certo.

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Sites como o Google e o Facebook estão recolhendo dados, principalmente os acessos à pornografia. O modo anônimo tem a função apenas de não armazenar dados do histórico, assim como não registrar cookies. Isso vale apenas para o navegador, porque, na internet, os dados ainda são transferidos e registrados pelos mecanismos de busca. Mais de 93% dos sites pornográficos vazam informações de usuários, e apenas 17% têm algum tipo de proteção criptografada para os dados, enquanto os outros estão sujeitos a ataques diversos.

Como se proteger?

Engana-se quem pensa que usar o modo Anônimo do navegador vai resolver, porque geralmente estes sites conseguem burlar completamente esta “proteção”. Para estar devidamente amparado, você precisa de algumas ferramentas de proteção de dados.

Uma medida é utilizar navegadores diferentes, como o Tor, o Firefox da Mozilla, e o Brave, que oferecem maior segurança de dados. Também é possível contar com algum buscador anti-rastreio, como o famoso DuckDuckGo.

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Além disso, uma ferramenta de proteção mais potente são as redes VPN, que têm, entre suas funções, deixar o usuário oculto na internet. Elas fazem isso alterando a rota do acesso através de um canal seguro, criando uma conexão criptografada entre o internauta e seu servidor VPN.

Existem diversas opções de VPN para você escolher entre gratuitas e pagas, mas cuidado com as VPNs sem custo: manter um serviço como a VPN é custoso, por isso muitos cobram uma taxa pelo serviço. Os que não cobram geralmente conseguem lucro de outra forma: vendendo suas informações para terceiros. Então, fique atento e escolha com sabedoria.

*Jay Rossi é engenheiro, cofundador e editor do vpnConfiável