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Malware troca papel de malfeitor por vigilante como bloqueador de sites piratas

Por| Editado por Claudio Yuge | 17 de Junho de 2021 às 18h20

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Malware troca papel de malfeitor por vigilante como bloqueador de sites piratas
Malware troca papel de malfeitor por vigilante como bloqueador de sites piratas

Conhecidos por roubar informações confidenciais, realizar fraudes bancárias e outras ações indesejadas, os malwares também estão sendo usados para proteger propriedades intelectuais. Uma análise publicada pela firma de segurança Sophos nesta quinta-feira (17) mostra um software que normalmente usaria suas funções maliciosas para causar transtornos a usuários sendo usado para bloquear o acesso a páginas dedicadas ao compartilhamento ilegal de conteúdo, como o site The Pirate Bay.

Segundo a empresa de segurança, o "malware vigilante" modifica o arquivo HOSTS com alterações que impedem que páginas com conteúdo ilegal sejam abertas. Ele também realiza o download de um segundo item chamado ProcessHacker.jpg, que adiciona ao HOSTS uma lista adicional de 1 mil sites para barrar o acesso.

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A Sophos não soube determinar a origem do malware, mas entendeu que seu único papel é impedir o acesso a conteúdo pirateado. A "ameaça do bem" também é capaz de identificar qual material o internauta deseja baixar irregularmente e enviar o nome para um endereço pré-determinado por seus autores.

Malware se disfarça como jogos e softwares populares

A empresa afirma que o software é distribuído através da plataforma de comunicação Discord e pelo app de compartilhamento Bittorrent, geralmente disfarçado com o nome de games populares ou ferramentas de produtividade. Em alguns casos, ele se disfarça até mesmo como programas antivírus e vem acompanhado de arquivos adicionais, que o deixa parecido com a obra de um perfil famoso no Pirate Bay.

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Remover o malware é um processo simples, que envolve modificar o arquivo HOSTS afetado usando o bloco de notas do Windows (com privilégios de administrador). Em seguida, basta alterar o documento localizado em c:WindowsSystem32Driversetchosts e deletar todas as linhas que começam com “127.0.0.1” e fazem referência aos domínios que hospedam conteúdo pirateado.

Apesar dessa "praga" identificada pela Sophos não causar muitos problemas, ela serve como exemplo do comportamento de malwares — e isso pode ajudar os usuários a observarem as ameaças destrutivas e notarem como elas podem agir a partir de sites que oferecem o download gratuito de aplicativos e jogos. Assim, é preciso ficar atento para, na tentativa de poupar algum dinheiro, não se ver infectado com um programa malicioso que rouba senhas e dados pessoais, entre outros danos.

Fonte: Sophos