Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Julian Assange | Quem é o fundador do Wikileaks?

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 26 de Junho de 2024 às 17h30

Link copiado!

New Media Days/Flickr/CC-2.0
New Media Days/Flickr/CC-2.0
Julian Assange

Julian Assange é uma figura controversa que ganhou notoriedade mundial como fundador do WikiLeaks, uma organização sem fins lucrativos conhecida por publicar documentos sigilosos de governos e empresas. O jornalista e ativista australiano ficou famoso por divulgar informações confidenciais dos Estados Unidos, incluindo casos de violação de direitos humanos e operações militares secretas, o que gerou um intenso debate sobre liberdade de informação e segurança nacional.

Quem é Assange?

Julian Paul Assange nasceu em Townsville, Austrália, em 3 de julho de 1971. Desde jovem, Assange demonstrou interesse e habilidade em computação, o que o levou a uma carreira como hacker nos anos 90, sob o pseudônimo de “Mendax”.

Continua após a publicidade

Durante esse período, ele contribuiu com um livro sobre hacking, chamado Underground: Tales of Hacking, Madness and Obsession on the Electronic Frontier ("Histórias de hackers, loucura e obsessão na fronteira eletrônica", em tradução livre).

Em 2006, Assange fundou o WikiLeaks com o objetivo de promover a transparência e expor injustiças ao publicar documentos secretos fornecidos por fontes anônimas. A plataforma ganhou notoriedade com a divulgação de informações que impactaram governos e corporações ao redor do mundo.

Caso Assange

A projeção de Assange aumentou em 2010, quando o WikiLeaks publicou uma série de documentos confidenciais dos Estados Unidos. Entre os materiais divulgados estavam diários de guerra do Afeganistão e do Iraque, que revelaram abusos de direitos humanos — incluindo mortes de civis e jornalistas —, e telegramas diplomáticos dos EUA, que expuseram comunicações internas do Departamento de Estado.

Essas revelações geraram um intenso debate sobre a liberdade de imprensa e a segurança nacional. Os defensores de Assange argumentaram que ele promovia a transparência e a responsabilidade dos governos, enquanto seus críticos afirmavam que as divulgações colocavam vidas em risco e comprometiam a segurança nacional.

As publicações do WikiLeaks também levantaram discussões sobre o papel da mídia na era digital e os limites entre a fiscalização das atividades governamentais e a obtenção de informações sigilosas.

Por que Assange foi preso?

Continua após a publicidade

Julian Assange foi preso pela primeira vez em Londres, em 2010, a pedido da Suécia, onde enfrentava acusações de crimes sexuais. Assange sempre negou essas acusações e dizia que elas eram um pretexto para sua extradição para os Estados Unidos — onde ele poderia enfrentar acusações relacionadas às divulgações do WikiLeaks.

Para não ser levado para a Suécia, o ativista pagou uma fiança junto à justiça inglesa e, em 2012, buscou asilo na Embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição. Ele permaneceu lá por quase sete anos, até ser entregue à polícia britânica em abril de 2019, após o governo equatoriano revogar seu asilo.

Por violar as condições da fiança e se refugiar na embaixada do Equador, Assange foi condenado e preso em uma instituição de segurança máxima no Reino Unido. Nesse período, ele enfrentou ainda um pedido de extradição para os Estados Unidos, onde foi acusado de espionagem e conspiração para invadir computadores do governo.

Por que Assange foi solto?

Continua após a publicidade

Julian Assange deixou a prisão na segunda-feira, 24 de junho de 2024, após um acordo com a Justiça dos EUA. Pelo acordo, ele assumiu a culpa por crimes relacionados ao vazamento de documentos confidenciais dos EUA e pediu perdão ao governo norte-americano. Em troca, ele não seria extraditado e poderia viver em liberdade.

O voo que deixou o Reino Unido com destino às Ilhas Marianas do Norte, no Pacífico, transportando Assange, foi o mais rastreado do mundo no dia 25 de junho de 2024, de acordo com o site de monitoramento aéreo FlightRadar 24. Cerca de 6 mil pessoas acompanharam em tempo real o deslocamento do ativista até seu novo destino.

Nas Ilhas Marianas do Norte, território associado aos Estados Unidos, Assange compareceu a uma audiência na qual a juíza considerou "justo" e "razoável" aceitar o tempo que Assange esteve preso em solo britânico como cumprimento da pena. Após a audiência, o jornalista seguiu para a Austrália, sua terra natal, para retomar a sua vida em liberdade.