Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

“Exército digital” da Ucrânia tira do ar 10 sites de Rússia e Belarus

Por| Editado por Claudio Yuge | 01 de Março de 2022 às 13h12

Link copiado!

Pexels
Pexels

As autoridades ucranianas confirmaram nesta segunda-feira (28) que 10 sites pertencentes aos governos da Rússia e de Belarus. Os domínios do Kremlin e a página oficial do país aliado de Vladimir Putin estão entre os atingidos, assim como sua suprema corte, conselho de segurança e o Sberbank, banco central da Rússia e um dos maiores do mundo. Os ataques foram atribuídos ao “exército digital” que está sendo constituído pelas autoridades da Ucrânia.

O governo do país invadido na última semana não deu mais detalhes sobre a operação, mas a lista dos 10 domínios atingidos nesta segunda também inclui páginas que se tornaram alvo dos hacktivistas Anonymous, que chegou a assumir a autoria de ataques de negação de serviço. Em informe desta semana, o grupo disse ter derrubado as páginas da central do governo da Rússia, do Fundo de Pensão da Federação Russa e do Serviço Alfandegário do país.

Continua após a publicidade

A lista de alvos não faz relação entre as duas coisas, além da presença do Kremlin em ambas. Também caiu o site da comissão eleitoral de Belarus, assim como os de rádios, TVs e agências de notícias estatais. O país é aliado próximo dos russos e, inclusive, sediou as conversas sobre um possível cessar-fogo, realizadas nesta segunda sob fortes críticas quanto à falta de neutralidade do local escolhido.

A coordenação do chamado “exército digital” ucraniano acontece por meio de grupos no Telegram, onde os interessados trocam informações, vias de acesso e coordenam ataques de negação de serviço. Fora da lista “oficial”, os envolvidos também afirmam terem derrubado páginas pertencentes a serviços de inteligência de Rússia e Belarus, assim como mais emissoras de televisão e rádio.

Outros esforços também envolvem uma linha direta para que especialistas em segurança e insiders possam relatar aberturas e falhas de segurança, assim como tentativas de intrusão a servidores para o roubo de informações sensíveis do governo e empresas estatais. Bancos também são um alvo preferencial, principalmente devido ao isolamento da Rússia do sistema mundial e à corrida de seus cidadãos aos caixas eletrônicos em busca de dinheiro. A disrupção é vista como uma forma de gerar pressão sobre o governo.

Continua após a publicidade

Aliados na guerra digital entre Rússia e Ucrânia

Mesmo fora dos esforços coordenados pelo governo e ministérios oficiais, operações ofensivas também estão acontecendo internet afora. Um grupo chamado Cyber Partisans, por exemplo, afirmou ter atacado os sistemas de transporte ferroviário da Rússia e de Belarus, atrasando o transporte de tropas e equipamentos que iam em direção à Ucrânia, enquanto outro bando, chamado AgainsttheWest, assumiu a autoria de diversos golpes de negação de serviço contra corporações do país invasor.

Fora dos golpes DDoS, um grupo paralelo chamado de Tropas Cibernéticas da Ucrânia afirmou ter invadido servidores do ministério do interior da Rússia e enviano informações sensíveis às autoridades do país vizinho. O Anonymous também declarou guerra aos russos, com ataques a sites oficiais e vazamento de dados nas redes sociais.

Posicionamentos também surgiram do outro lado. Quadrilhas de ransomware como Conti e Coomingproject já anunciaram que tornariam um alvo qualquer país ou grupo que atacasse infraestruturas da Rússia, enquanto outros bancos especializados em malware, como SandWorm e Red Bandits, já realizaram ataques contra autoridades ucranianas.

Continua após a publicidade

Fonte: Bleeping Computer, The Record