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Ucrânia lista mais de 30 alvos para guerra cibernética contra a Rússia

Por| Editado por Claudio Yuge | 28 de Fevereiro de 2022 às 14h00

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A Ucrânia oficializou neste final de semana os pedidos para que especialistas em segurança digital e hackers se voluntariem para a criação de um exército digital para combater a Rússia. O objetivo da guerra cibernética seria proteger as infraestruturas do país e atacar as da rival, incluindo operações de retirada de sistemas do ar e espionagem, com uma lista de 31 alvos sendo indicada pelo ministro da transformação digital ucraniano.

A busca por profissionais para esse fim foi iniciada na sexta (25), com postagens em fóruns e grupos no Telegram que teriam sido realizadas a pedido do governo ucraniano. No sábado (26), Mykhailo Fedorov, vice-primeiro-ministro do país, oficializou a chamada por “talentos digitais” para combaterem no front cibernético, estendendo o convite também a hackers de outros países, com a organização acontecendo por meio do mensageiro.

Os principais alvos estão, claro, relacionados ao governo da Rússia, com IPs pertencentes a órgãos importantes, agências e até servidores e dispositivos de armazenamento online sendo indicados. Três bancos, empresas de infraestrutura digital e até o Yandex, um dos mais populares portais de busca e e-mail do país, também aparecem na mira da guerra cibernética que acompanha as ações bélicas em solo.

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No final de semana, mais de uma centena de voluntários já haviam se prontificado para participar dos esforços digitais, após uma postagem de Yegor Aushev, fundador da empresa de cibersegurançaa Cyber Unit Technologies. A fala dele ecoa aos pedidos do próprio presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que disse na última semana ter sido deixado sozinho para combater os invasores pelo restante do mundo ocidental — já o especialista diz que, enquanto os governos de países aliados não podem se envolver na guerra, os indivíduos podem fazer isso de forma direta.

Além dos esforços de guerra digital, o grupo no Telegram também vem sendo usado na coordenação de campanhas por meio das redes sociais. Os pedidos também envolvem a publicação de vídeos sobre o conflito e pedidos de ajuda em plataformas desse tipo, bem como no YouTube, além do investimento em anúncios que divulguem doações a organizações humanitárias e de apoio a refugiados do país.

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia entra nesta segunda (28) em seu quinto dia, ainda com ataques à capital, Kiev, assim como em Kharkiv, a segunda maior cidade do país. Enquanto isso, a comunidade internacional impõe sanções monetárias aos russos; em Belarus, emissários dos presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky iniciam conversas que podem levar a um cessar-fogo.