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Criminosos estão vendendo selfies de vítimas na dark web

Por| 12 de Março de 2018 às 14h11

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Criminosos estão vendendo selfies de vítimas na dark web
Criminosos estão vendendo selfies de vítimas na dark web

Uma das leis que regem o mercado é que, se há oferta, é porque também há procura. Mas quando o assunto é o que encontramos nos becos escuros da dark web, a humanidade nunca cansa de nos surpreender. Acredite ou não, há alguém do outro lado do mundo disposto a pagar por uma selfie sua.

Mas não fique tão confiante. É que os cibercriminosos descobriram que seus autorretratos podem ser um diferencial na hora de ofertar seus dados roubados para pessoas com intuitos maliciosos na dark web. No início do ano, a Sixgill, uma empresa de Israel que se dedica a pesquisar o que ocorre na web não indexada, trouxe à luz que negociações de dados pessoais, como números de seguro social, agora podem conter também selfies de seus donos.

"Nós conseguimos acesso a um fórum fechado, onde a maior parte dos usuários fala russo, e alguém estava vendendo 100 mil documentos pelo valor de US$ 50 mil dólares. Tais documentos incluem identidades, passaportes, comprovantes de endereço e, de forma não usual, uma selfie", revelou Aled Karlinsky, do Sixgill, em entrevista ao The Next Web. Foi a primeira vez que o grupo encontrou esse tipo de oferta na parte obscura da internet.

O perigo de ter selfies vendidas, por si só, não é grande. Mas junto com as suas documentações pode significar problemas. Não é algo muito comum aqui no Brasil, mas algumas instituições financeiras permitem que contas bancárias sejam abertas por aplicativos, sendo que a única coisa que o candidato a correntista precisa enviar é um scan de seus documentos pessoais e uma selfie.

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Ainda de acordo com o Sixgill, o responsável pela oferta também vendia pacotes menores, com valores bem em conta. Em alguns casos, toda a documentação de um desconhecido mais sua selfie saiam por menos de US$ 70 dólares.

De onde as selfies vêm?

Segundo Karlinsky, a maior parte das selfies roubadas vêm de celulares contaminados com malwares. Entretanto, também é comum que sites que armazenam informações de usuários, como os sites de testes baseados em selfies, vendam as informações ou não tenham mecanismos eficientes de segurança contra roubos.

Karlisnsky disse também que não é um problema postar aquela selfie que ficou ótima nas suas redes sociais, mas alerta: "Antes de entregar suas selfies e documentos para algum site, se pergunte para quem você está fornecendo seus dados". Ele também disse que provavelmente não é uma boa ideia tirar selfies segurando sua identidade com seu smartphone, a menos que você tenha certeza que seu aparelho está bem seguro contra malwares.

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Fonte: The Next Web