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Voz da mãe pode amenizar a dor de bebês prematuros na UTI, sugere estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 30 de Agosto de 2021 às 13h30

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Rawpixel/Freepik
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O momento do nascimento pode ser um tanto quanto estranho para um bebê, pois ele sai do conforto da barriga de sua mãe para uma realidade completamente diferente. Quando o bebê nasce antes do prazo, então, a experiência pode ser ainda mais confusa, desconfortável, e até dolorida, principalmente por precisar de cuidado intensivo.

Felizmente, de acordo com um novo estudo, há uma forma de tornar a experiência menos traumatizante para bebês que nascem prematuros: a voz da mãe. A pesquisa descobriu que a voz da mãe é capaz de alterar tanto a dor quando os níveis de ocitocina do prematuro. 

Com o avanço da medicina, os cuidados com um bebê prematuro são os mais diversos, como intubação, a inserção de tubos de alimentação com todos os nutrientes necessários, analgesia, monitoramento cardíaco, entre outras tecnologias. Mas além dos cuidados médicos, os especialistas já sabiam que a presença da mãe ou do pai pode ajudar no tratamento.

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Então, cientistas da Suíça, sabendo dos benefícios da presença dos pais na recuperação de um recém-nascido prematuro, investigaram a influência da voz da mãe. Para chegar nas respostas, os pesquisadores fizeram o acompanhamento de 20 bebês prematuros do Hospital Parini, na Itália, e pediram que as mães estivessem presentes durante os exames de sangue diários. Em recém-nascidos, a coleta de sangue é feita com uma picada no calcanhar (teste do pezinho), diferente dos adultos.

Então, os cientistas acompanharam a resposta dos bebês em três situações diferentes: uma coleta feita com a mãe presente, uma com a mãe falando e outra com a mãe cantando. "Para o estudo, a mãe começou a falar ou cantar cinco minutos antes da agulhada e depois do procedimento. Também medimos a intensidade da voz para cobrir o ruído ao redor, já que as unidades de terapia intensivas costumam ser barulhentas devido às ventilações e outros dispositivos médicos", conta Didier Grandjean, professor e líder do estudo.

A análise foi feita com base em um perfil que avalia a dor dos bebês pelas expressões faciais e sinais fisiológicos, como oxigenação e batimentos cardíacos. Os pesquisadores descobriram que, sem a presença da mãe, os níveis de dor chegavam a 4,5, mas caíam para 3,8 quando elas cantavam, e para 3 quando elas conversavam com o bebê. Em relação à oxitocina,  hormônio que conecta mãe e recém-nascido, houve um aumento de 0,8 picogramas por mililitro para 1,4 quando a voz da mãe era ouvida.

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Manuela Filippa, uma das principais autoras do estudo, conta que o trabalho mostrou a importância da aproximação da mãe com o bebê durante a recuperação na terapia intensiva. "Os pais desempenham um papel protetor, podem agir e se sentirem envolvidos em ajudar o filho a se sentir o melhor possível, fortalecendo os laços essenciais de conexão que são desvalorizados no nascimento como um todo", completa.

Você pode conferir o estudo completo na revista científica Scientific Reports

Fonte: IFL Science