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Você reage fisicamente a seus sonhos enquanto dorme? Isso pode ser um transtorno

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Outubro de 2021 às 09h40

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yanalya/Freepik
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Um dos distúrbios do sono mais complicados registrados pela medicina é o transtorno comportamental do sono REM que, por mais que os sintomas sejam desagradáveis, não trazem problemas graves à saúde. REM vem do inglês "rapid eyes movement", traduzido como "movimento rápido dos olhos", e é um tipo de parassonia que resulta em comportamentos anormais durante o sono, trazendo consequências indesejadas.

Saiba mais sobre a condição!

O que é transtorno comportamental do sono REM?

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Pessoas que sofrem do transtorno têm sonhos vívidos que, na maioria das vezes, são desagradáveis. Então, o paciente acaba fazendo algumas vocalizações durante o sonho, além de movimentos repentinos, e geralmente violentos, com os braços e as pernas. 

Esse movimentos podem ser de chutes, socos, ou ainda pulos na cama, e são como sonhos de ação em que a pessoa tenta se defender de um ataque ou é perseguida. O paciente pode também falar, gritar, rir e até xingar. Quem tem o transtorno, geralmente, se lembra dos sonhos que teve quando acorda logo após um episódio.

Causas

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Os especialistas explicam que esses episódios são consequências do mau funcionamento das vias nervosas do cérebro que impedem os músculos de se moverem durante o sono. Quando há esse distúrbio, as vias não funcionam corretamente e a pessoa acaba representando seus sonhos fisicamente. Segundo os médicos, existem alguns fatores associados ao desenvolvimento do transtorno, como ter mais de 50 anos. Ainda assim, muitas mulheres com menos de 50 anos também recebem o diagnóstico, além de jovens e crianças, como consequência de tumores cerebrais ou uso de antidepressivos.

Pessoas que sofrem de algumas doenças degenerativas também correm mais risco de apresentar o transtorno comportamental do sono REM, como doença de Parkinson, narcolepsia, demência por corpos de Lewy, atrofia de múltiplos sistemas e quem teve um acidente vascular cerebral. O uso de alguns medicamentos, como antidepressivos, também está associado aos sintomas, assim como a retirada de álcool e drogas do organismo. Alguns fatores ambientais também estão relacionados, como a exposição a pesticidas, o trabalho na agricultura, histórico de traumatismo craniano e até o tabagismo.

Quando procurar ajuda?

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Aos primeiros sintomas, a recomendação dos médicos é que o paciente procure a ajuda de um psiquiatra, principalmente quando o transtorno acaba prejudicando a vida de quem está com os sintomas e quem está ao redor. Parceiros que dormem ao lado de quem tem a condição podem acabar se machucando, o que pode resultar em estresse e isolamento social. O tratamento é feito com antidepressivos, mas também com algumas mudanças ambientais para prevenir danos físicos durante os episódios de alta movimentação, como ficar longe de objetos ou, até mesmo, de paredes.

Fonte: MayoClinic