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Vírus do herpes pode ser uma das causas do Alzheimer

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Wikimedia Commons/Domínio público
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O vírus do herpes pode ser uma das causas do Alzheimer. Essa é a descoberta de um estudo da Universidade de Pittsburgh, publicado na última quinta-feira (2). Segundo esse artigo, a proteína tau pode inicialmente proteger o cérebro do vírus, mas contribuir para danos mais tarde.

O ano de 2024 trouxe vários avanços na luta contra o Alzheimer, e 2025 já começou com novidades. O estudo desafia o senso comum, de que a proteína tau é unicamente prejudicial: na verdade, pode inicialmente agir como parte da defesa imunológica do cérebro.

Os próprios autores reconhecem que essas descobertas, publicadas na Cell Reports, podem levar a novos tratamentos concentrados em infecções e na resposta imunológica do cérebro.

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“Essas descobertas enfatizam a interação complexa entre infecções, respostas imunológicas e neurodegeneração, oferecendo uma nova perspectiva e potenciais novos alvos para o desenvolvimento terapêutico", afirmam os pesquisadores.

Herpes e Alzheimer

Os cientistas identificaram formas de proteínas relacionadas ao vírus do herpes simples (HSV-1) em amostras de cérebro com Alzheimer, em regiões especialmente vulneráveis ​​em todos os estágios da doença.

Em seguida, os pesquisadores analisaram modelos em miniatura de cérebros humanos em uma placa de Petri e perceberam que a infecção por HSV-1 poderia modular os níveis da proteína tau cerebral e regular sua função, um mecanismo de proteção que pode diminuir a morte de neurônios humanos após a infecção.

Por enquanto, os autores do estudo ainda não sabem os mecanismos precisos pelos quais o HSV-1 influencia a proteína tau e contribui para o Alzheimer.

Mas justamente por isso, a equipe planeja explorar essas questões em pesquisas futuras. Eles pretendem testar potenciais estratégias terapêuticas que tenham como alvo proteínas virais ou ajustar a resposta imune do cérebro e investigar se mecanismos semelhantes estão envolvidos em outras doenças neurodegenerativas, como Parkinson.

O estudo foi publicado na Cell Reports.

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Alzheimer e outras infecções

Anteriormente, estudos mostraram que a periodontite — uma infecção localizada na gengiva, que pode invadir tecidos subjacentes, como o osso da arcada dentária — também tem relação com o Alzheimer. A infecção oral levou ao aumento da produção de beta-amiloide, proteína que, assim como a tau, também costuma ser associada à doença.

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Fonte: University of Pittsburgh