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Veja quanto os laboratórios lucram com vacinas da covid (por segundo)

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Novembro de 2021 às 10h50

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Vanitjanthra/Envato Elements
Vanitjanthra/Envato Elements

Responsáveis por desenvolver as primeiras vacinas de mRNA (RNA mensageiro) contra a covid-19, as empresas Pfizer, BioNTech e Moderna terão um lucro combinado de US$ 65 mil dólares (cerca de 360 mil reais) por minuto, segundo levantamento. O cálculo foi estimado pelo movimento People's Vaccine Alliance (PVA) e considera os relatórios sobre imunizantes divulgados pelas próprias companhias para o ano de 2021.

Em números totais, a PVA estima que o trio terá um lucro bruto de US$ 34 bilhões este ano, o que equivale a:

  • Mais de US$ 1.000 (cerca de 5,6 mil reais) por segundo;
  • US$ 65 mil (cerca de 361,7 mil reais) por minuto;
  • US$ 93,5 milhões (cerca de 520,4 milhões de reais) por dia.

Enquanto as cifras das empresas se multiplicam, o grupo aponta para o acesso desigual aos imunizantes da covid-19, principalmente em países de baixa renda.

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"É obsceno que apenas algumas empresas estejam ganhando milhões de dólares em lucros a cada hora, enquanto apenas 2% das pessoas em países de baixa renda foram totalmente vacinadas contra o coronavírus", afirmou Maaza Seyoum, coordenadora da PVA para a África. "Pfizer, BioNTech e Moderna usaram seus monopólios para priorizar os contratos mais lucrativos com os governos mais ricos", opinou.

Distribuição desigual de vacinas

Até esta quinta-feira (18), apenas 4,7% das pessoas em países de baixa renda receberam pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19, segundo dados da plataforma Our World in Data. O acesso desigual aos imunizantes é mais explícito nos países do continente africano.

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Para melhorar a distribuição das vacinas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lidera o consórcio COVAX Facility. A iniciativa ajuda a levar imunizantes para as nações de menor renda, mas os membros já anunciaram que as doações, até o final do ano, serão menores que as anunciadas.

Publicamente, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) também pediu que os países ricos acelerassem as doações de imunizantes prometidos. "A pandemia não acabará em nenhum lugar até que acabe em todos os lugares, e isso significa levar vacinas para todos os países, o mais rápido e equitativamente possível", afirmou a Unicef, na época.

Fonte:  Oxfam International e Our World in Data