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Varíola dos macacos tem cura? Existe tratamento?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Junho de 2022 às 12h10

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Gargantiopa/Envato Elements
Gargantiopa/Envato Elements

A varíola dos macacos (monkeypox) é uma doença endêmica em muitos países do continente africano. Desde maio deste ano, casos atípicos foram identificados, principalmente na Europa e na América do Norte. Apesar da complexidade, a doença tem cura e existem tratamentos aprovados por agências internacionais de saúde.

Como a varíola dos macacos é uma doença viral, o procedimento padrão é buscar alternativas que aliviem os sintomas do paciente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), "os sintomas geralmente duram entre 2 a 4 semanas e desaparecem por conta própria, sem tratamento".

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No entanto, indivíduos de grupos de risco, como imunossuprimidos, malnutridos, recém-nascidos e crianças, podem enfrentar formas mais graves da infecção. Como regra, o tratamento deve ser definido entre o paciente e o médico responsável.

Existe tratamento contra a varíola dos macacos?

"Atualmente, não há tratamento específico aprovado para infecções por vírus da varíola dos macacos. No entanto, antivirais desenvolvidos para uso em pacientes com varíola podem ser benéficos", explica o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos.

No entanto, a agência norte-americana explica que os três seguintes remédios podem ser receitados contra o vírus monkeypox em casos exclusivos de surto:

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  • Tecovirimat (TPOXX): é um medicamento antiviral aprovado para o tratamento da doença da varíola humana em adultos e pacientes pediátricos com peso mínimo de 3 kg. Pode ser ingerido no formato de cápsula ou aplicado através de injeção intravenosa;
  • Cidofovir (Vistide): é um remédio antiviral que atua contra o gênero ortopoxvírus, onde está incluído tanto o vírus da varíola quanto o da varíola dos macacos;
  • Brincidofovir: é um medicamento antiviral para o tratamento da doença da varíola humana em pacientes adultos e pediátricos, incluindo recém-nascidos.

Para além desses medicamentos, a OMS explica que "a imunoglobulina vaccinia (VIG) pode ser recomendada para casos graves".

Remédios podem ser usados no Brasil?

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Os remédios para o tratamento da varíola e, consequentemente, da varíola dos macacos não são autorizados para uso no Brasil e nem podem ser comercializados nacionalmente, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com a Anvisa, o antiviral cidofovir já teve registro de uso aprovado pela agência, só que a licença venceu em 2010 e, desde então, não foi renovada. Já as outras duas medicações nunca foram analisadas pelos agentes.

Afinal, a doença tem cura?

Apesar dos inúmeros sintomas — como lesões na pele, febre, dor de cabeça intensa e dores musculares —, a OMS explica que a maioria dos casos não tende a ser grave. Esta é "uma doença autolimitada com os sintomas que duram de 2 a 4 semanas". Em outras palavras, há cura contra a doença.

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Cuidados importantes

Independente do uso de medicamentos (ou não), a OMS recomenda alguns cuidados básicos para a melhor recuperação dos pacientes com monkeypox. As orientações visam, principalmente, reduzir os danos causados pelas erupções.

"É importante cuidar da erupção deixando secar, se possível, ou cobrindo com um curativo úmido para proteger a área, se necessário. Evite tocar em feridas na boca ou nos olhos. Enxaguantes bucais e colírios podem ser usados, desde que produtos que contenham cortisona sejam evitados", explica a OMS.

Fonte: OMS e CDC