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Variante Omicron causa sintomas leves, defende médica sul-africana

Por| Editado por Luciana Zaramela | 29 de Novembro de 2021 às 09h41

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Mohamed Hassan/Pixabay
Mohamed Hassan/Pixabay

Pacientes infectados pela variante Omicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2 apresentam sintomas leves da doença. Além disso, alguns dos sintomas se diferem do que é esperado na covid-19, explica a médica sul-africana Angelique Coetzee. A especialista foi uma das primeiras a identificar a nova cepa e já tratou de pacientes saudáveis que testaram positivo. Agora, é preciso entender a reação de idosos e de pessoas com comorbidades.

Segundo a médica Coetzee, ela começou a suspeitar da existência da variante Omicron, quando pacientes chegaram ao seu consultório sem apresentar os sintomas padrões da covid-19. Os primeiros relatos são do início de novembro. Por exemplo, nenhum dos pacientes atendidos apresentava perda de paladar ou de olfato, como a parosmia. Estas alterações são consideradas um importante sinal da doença.

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“Os sintomas deles eram mbem diferentes e mais leves daqueles que eu tratei antes”, contou Coetzee para o jornal The Telegraph. A médica também é presidente da Associação Médica da África do Sul.

Quais os sintomas da Omicron?

No total, a médica afirma que atendeu por volta de 24 pacientes com sintomas da nova variante Omicron do coronavírus. A maioria dos pacientes era composta por homens saudáveis, mas ​​que pareciam “muito cansados”. Cerca de metade deles não foram vacinados contra a covid-19.

“Tivemos um caso muito interessante, de uma criança, de seis anos, com febre e pulsação muito alta, e me perguntei se deveria interná-la. Mas quando fiz o acompanhamento, dois dias depois, ela estava muito melhor”, contou Coetzee.

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No momento, o desafio é entender como a Omicron pode se manifestar em outros grupos de pessoas, como os que têm mais idade ou quem possuí comorbidades, como diabetes. Para a médica, é preciso se preocupar com os idosos não foram vacinados e, caso sejam infectados, poderão desenvolver formas graves.

Surto da covid-19 na África do Sul

Vale lembrar que a variante Omicron é a forma mais mutada descoberta, até agora, do coronavírus. São 32 mutações na proteína S (spike) de membrana, ponto através do qual o vírus invade as células saudáveis. Inclusive, há o risco de perda da capacidade de proteção das vacinas contra a covid-19, mas ainda é muito cedo para afirmar, já que depende da ciência entender melhor o comportamento da variante através de análise de amostras.

Atualmente, o novo surto de casos da covid-19 na África do Sul é associado a esta variante. Na província de Gauteng — onde estão as cidades de Joanesburgo e de Pretória —, os novos casos diários dispararam de 550, nas últimas semanas, para quase 4 mil agora.

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Apenas, 23,8% da população sul-africana está com o esquema vacinal completo (2 doses), o que significa que o potencial para o número de casos aumentar é alto e, de forma geral, isso ainda favorece novas mutações no vírus da covid-19. Os dados foram levantados pela plataforma Our World in Data.

Fonte: The Telegraph