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Índia relata descoberta da variante "Delta Plus" do coronavírus

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Junho de 2021 às 18h35

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twenty20photos/envato
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Na pandemia da COVID-19, a Índia enfrenta as sequelas da segunda onda da doença, causada, em partes, pela variante Delta [B.1.617.2] do coronavírus SARS-CoV-2. No entanto, pesquisadores indianos e órgãos nacionais alertam para a descoberta de mutações na variante a Delta, o que originou a sublinhagem chamada, até o momento, de Delta Plus.

De acordo com o Indian SARS-CoV-2 Genomic Consortia (Insacog), formado por 28 laboratórios do Ministério da Saúde e Bem-estar Familiar da Índia, a nova variante já foi identificada em quatro estados do país asiático. Além disso, foi detectado em outros países, como Reino Unido, Portugal, Suíça, Polônia, Japão, Nepal, China e Rússia. Já a variante anterior, a Delta, foi confirmada em mais de 90 países. Inclusive, o Brasil já registrou casos importados da cepa.

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O que sabemos sobre a variante Delta Plus?

Delta Plus não deve ser o nome oficial da nova variante, mas, até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não se posicionou sobre a questão. Além deste ano, ela também é reconhecida por AY.1 ou B.1.617.2.1. No entanto, um nome oficial para classificá-la deve surgir conforme avançam as pesquisas sobre o seu comportamento. A principal mutação que carrega é a K417N.

“Esta é uma mutação que possivelmente tem sido associada novamente a uma melhor fuga das vacinas e possivelmente até ao aumento da transmissibilidade”, explicou Deepti Gurdasani, epidemiologista da Universidade de Londres. "Ainda não conhecemos as propriedades dessa nova variante com essa mutação específica", completou.

O secretário de saúde do país, Rajesh Bhushan, afirmou: “Na Índia, 16 dos 22 casos da variante Delta Plus foram encontrados em Ratnagiri e Jalgaon [Maharashtra] e alguns casos em Kerala e Madhya Pradesh”. Dessa forma, quatro estados já identificaram a presença da variante.

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Entre as características da variante, é possível que ela apresente uma maior transmissibilidade, desenvolva uma ligação mais forte dos receptores com as células do pulmão e reduza a resposta dos anticorpos. No entanto, estudos mais detalhados precisam ser realizados. Além disso, o baixo número de casos rastreados aponta, por enquanto, para a importância da vigilância genômica e necessidade de rastreamento.

Até o momento, nem o Ministério da Saúde indiano e nem a OMS classificaram a variante Delta Plus como uma variante de preocupação internacional (VOC). Independente da mutação, medidas de proteção contra a COVID-19, como o uso de máscaras e a higienização constante das mãos, mantêm a importância no combate da pandemia.

Fonte: DWHindustan Times e Yahoo