Vape aumenta cinco vezes as chances de COVID-19, segundo estudo
Por Nathan Vieira | 12 de Agosto de 2020 às 19h30
Na última terça-feira (11), foi publicado um estudo da Universidade de Stanford no Journal of Adolescent Health, apontando que jovens adultos que usam vape têm muito mais probabilidade de serem diagnosticados com COVID-19 do que aqueles que não o fazem.
- Estudos sugerem que vapes não são mais saudáveis que cigarros tradicionais
- Cigarro e vape podem tornar COVID-19 mais severa
- Vapes podem agravar casos de COVID-19, afirma médico
Os pesquisadores descobriram que jovens adultos com idades entre 13 e 24 anos que usam os vapes têm simplesmente cinco vezes mais chances de COVID-19. No entanto, a relação entre vape e a doença que tem preocupado o mundo inteiro não é exatamente uma coisa inédita. Acontece que, em meados de março, cientistas afirmaram que o vape poderia tornar os sintomas mais graves após a infecção. Outros estudos também encontraram uma associação semelhante.
Já no caso desse estudo, os pesquisadores obtiveram dados de mais de 4 mil adolescentes e jovens adultos dos EUA, por meio de pesquisas online publicadas em sites de mídia social e jogos. Os especialistas têm algumas hipóteses ainda não comprovadas sobre o motivo de haver uma associação tão forte: os fumantes podem ter aumentado o dano pulmonar, tornando-se mais vulneráveis, e podem tocar o rosto e a boca com mais frequência, ou até compartilhando vapes, o que também aumenta os riscos.
No artigo, os pesquisadores ainda sugerem que a Food and Drug Administration (agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) deveria considerar a regulamentação dos vapes durante a pandemia.
"Os resultados de uma amostra nacional de adolescentes e adultos jovens mostram que o uso de cigarros eletrônicos e o uso de cigarros e vapes são fatores de risco subjacentes significativos para a COVID-19. Profissionais da saúde, pais, escolas e organizações devem ajudar a conscientizar os jovens", aponta o estudo em questão.