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Covid longa: sequelas da doença afetam três a cada 10 pacientes, revela estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Abril de 2022 às 09h40

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IciakPhotos/envato
IciakPhotos/envato

Uma equipe de pesquisadores norte-americanos investigou quão comum a covid longa pode ser em pacientes que se recuperaram da infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2. No pequeno estudo, os cientistas observaram que as sequelas da doença afetam cerca de 30% dos pacientes recuperados.

Publicado na revista científica Journal of General Internal Medicine, o estudo sobre a incidência da covid longa em pacientes que sobreviveram ao coronavírus foi desenvolvido por cientistas da Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla), nos Estados Unidos. No total, a equipe acompanhou mil voluntários infectados.

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"Três a cada 10 sobreviventes da covid-19 desenvolveram um subconjunto de sintomas associados a Pasc [sequelas pós-agudas da covid-19] em nossa coorte", afirmam os autores do estudo. "Embora minorias étnicas, idade avançada e desvantagem social estejam associadas a pior infecção aguda por covid-19 e maior risco de morte, nosso estudo não encontrou associação entre esses fatores e a Pasc", apontam.

Principais sintomas da covid longa

No levantamento das sequelas da covid-19, a equipe de cientistas identificou diferentes tipos de complicações dependendo da intensidade da infecção. "Os sintomas mais comuns que persistiram foram diferentes nos pacientes ambulatoriais em comparação aos pacientes internados", comentam os autores.

Para os pacientes que receberam apenas atendimento ambulatorial (casos leves e moderados), os sintomas da covid longa mais comum foram:

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  • Fadiga (cansaço);
  • Anosmia (perda de olfato).

Agora, os voluntários internados apresentaram, na maioria das vezes, os seguintes sintomas:

  • Fadiga (cansaço);
  • Dificuldades respiratórias (falta de ar).

Entenda o estudo sobre as sequelas da covid-19

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No estudo, os pesquisadores avaliaram a recuperação de 1.038 pessoas que testaram positivo para a covid-19, durante os meses de abril de 2020 e fevereiro de 2021. Do total de voluntários, 309 desenvolveram pelo menos um sintoma da covid longa. Foi considerado que uma pessoa desenvolveu a síndrome se ela relatasse sintomas persistentes 60 ou 90 dias após a infecção ou hospitalização.

“Este estudo ilustra a necessidade de acompanhar longitudinalmente diversas populações de pacientes para entender a trajetória da covid longa e avaliar como fatores individuais, como comorbidades pré-existentes, fatores sociodemográficos, status de vacinação e tipo de variante do vírus, afetam o tipo e a persistência dos sintomas”, explica Sun Yoo, professor assistente da Ucla e um dos autores do estudo.

Vale destacar que a pesquisa não avaliou os efeitos da variante Ômicron (BA.1) ou da subvariante BA.2 — as cepas que são atualmente predominantes no mudo — na incidência da covid longa. Isso porque elas surgiram depois do período considerado pelo estudo. Neste sentido, mais investigações são necessários para compreender como as variantes podem desencadear (ou não) sequelas da infecção aguda.

Fonte: Journal of General Internal Medicine e Ucla