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Vacinas diferentes: quem pode receber segunda dose de outra marca no Brasil?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Agosto de 2021 às 20h20

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Davidpereiras/Envato Elements
Davidpereiras/Envato Elements

Para garantir a proteção contra o coronavírus SARS-CoV-2, o Ministério da Saúde emitiu uma nova nota técnica que autoriza a intercambialidade das vacinas. Em outras palavras, é possível que o primeiro imunizante aplicado seja diferente do segundo, quando o primeiro está em falta da região em que a pessoa mora, por exemplo. Anteriormente, gestantes ou mulheres no puerpério — até 45 dias após o parto — já poderiam receber imunizantes diferentes.

Publicada no final de julho, a orientação da Saúde irá permitir que brasileiros completem a vacinação contra a COVID-19, onde há falta de doses disponíveis da vacina Covishield (AstraZeneca/Oxford). Segundo apuração do portal UOL, é possível que três milhões de pessoas fiquem sem a segunda dose da vacina da AstraZeneca no prazo estipulado. A previsão foi feita a partir do número de vacinas que a pasta deve receber entre os meses de agosto e setembro. Nesses casos, estes indivíduos poderão receber a fórmula da Pfizer/BioNTech.

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Mistura de vacinas da COVID-19 é somente permitida em casos especiais

"De maneira geral as vacinas COVID-19 não são intercambiáveis, ou seja, indivíduos que iniciaram a vacinação contra a COVID-19 deverão completar o esquema com a mesma vacina. Esta recomendação se dá fundamentalmente considerando que ainda não existem estudos de eficácia/efetividade e segurança em larga escala de esquemas com vacinas de fabricantes diferentes", afirma o documento do Ministério da Saúde. No entanto, a situação excepcional poderá acontecer em alguns contextos.

"A intercambialidade de vacinas está fundamentada nos princípios básicos da imunologia e já é descrita com outras vacinas. Com base neste conceito, alguns países adotaram a possibilidade de esquemas de intercambialidade de vacinas para situações específicas, como Alemanha, França, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Noruega", pontua a nota técnica sobre os antecedentes da decisão.

Quando as vacinas podem ser diferentes?

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"De maneira geral não se recomenda a intercambialidade de vacinas da COVID-19, no entanto, em situações de exceção, onde não for possível administrar a segunda dose da vacina com uma vacina do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no país (exemplo, indivíduos que receberam a primeira dose de uma vacina da COVID-19 em outro país e que estarão no Brasil no momento de receber a segunda dose), poderá ser administrada uma vacina COVID-19 de outro fabricante", orienta o documento.

Por "situações de exceção", é possível entender que, quando falta um imunizante, também será possível adotar uma segunda dose diferente da original. Além disso, a Saúde detalha o caso de pessoas que se imunizaram em outros países com vacinas não disponíveis no Brasil.

O terceiro caso é o de gestantes ou mulheres no puerpério que receberam a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz. "No momento de receber a segunda dose da vacina deverá ser ofertada, preferencialmente, a vacina Pfizer/Wyeth. Caso este imunizante não esteja disponível na localidade, poderá ser utilizada a vacina Sinovac/Butantan", detalha o documento.

Outro caso, dependendo da região, é da aplicação de um imunizante diferente, quando a pessoa apresenta reação grave após a primeira injeção. Esta situação já foi anunciada pela prefeitura de Niterói, no estado do Rio de Janeiro.

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Para acessar a nota técnica Nº 6/2021 completa, clique aqui.