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Vacinados têm menor risco de desenvolver covid longa, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Janeiro de 2022 às 16h25

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Pesquisadores de Israel observaram que pessoas vacinadas contra covid-19 apresentam menos riscos de desenvolver sintomas da covid longa, como fadiga, dores de cabeça e névoa mental. A condição pode permanecer por 8 meses após a recuperação da infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2, dependendo do quadro. Nesse sentido, a vacina pode ser uma grande aliada.

Publicado na plataforma MedRxiv, o preprint — artigo ainda não revisado por pares — foi desenvolvido por cientistas de diferentes instituições de pesquisa israelenses, como a Universidade Bar-Ilan. No estudo, os autores observaram que pessoas que receberam duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech eram muito menos propensas a relatar qualquer um dos sintomas comuns da covid longa do que as pessoas que não foram vacinadas quando infectadas.

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“Aqui está outra razão para se vacinar, se você precisar de uma”, afirmou Michael Edelstein, epidemiologista da Universidade Bar-Ilan e um dos autores do estudo para a revista Nature.

Relação entre vacina e covid longa

No estudo israelense, foram incluídos cerca de 3,3 mil voluntários, sendo que 2,4 mil não contraíram a covid-19 e 951 foram contaminados pelo coronavírus. Dos infectados, 637 (67%) foram vacinados. Para participar da pesquisa, as pessoas responderam um questionário online e, caso fossem do grupo com a covid-19, tiveram que apresentar um resultado de RT-PCR positivo.

De acordo com a equipe de pesquisadores, os sintomas relatados mais comuns foram:

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  • Fadiga (22%);
  • Dor de cabeça (20%);
  • Fraqueza (13%);
  • Dor muscular persistente (10%).

Em seguida, os pesquisadores compararam a prevalência de cada sintoma com o status de vacinação autorrelatado. "Os participantes totalmente vacinados [2 doses] eram 54% menos propensos a relatar dores de cabeça, 64% menos propensos a relatar fadiga e 68% menos propensos a relatar dores musculares do que os seus homólogos não vacinados", detalham.

"A vacinação com pelo menos duas doses da vacina contra a covid-19 foi associada a uma diminuição substancial na notificação dos sintomas pós-agudos mais comuns da covid-19, trazendo-a de volta à linha de base. Nossos resultados sugerem que, além de reduzir o risco de doença aguda, a vacinação pode ter um efeito protetor contra a covid longa", concluem os autores.

Vale destacar, no entanto, que os estudos não avaliaram os efeitos da proteção da vacinação contra a covid longa, desencadeada por casos da variante Ômicron (B.1.1.529). Isso porque os dados foram coletados entre março de 2020 e novembro de 2021, quando a nova cepa ainda não era conhecida.

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Fonte: Nature e MedRxiv