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4 fatores que podem aumentar o risco de covid longa

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Janeiro de 2022 às 18h33

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frender/envato
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A covid-19 é uma doença que ainda reserva alguns mistérios e perguntas sem respostas para a ciência, principalmente quando o tema são as sequelas da infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2. Isso porque pouco se sabe sobre o que leva as pessoas a desenvolverem quadros de covid longa. Agora, pesquisadores da Universidade de Washington e de outras instituições de pesquisa descobriram quatro fatores que podem aumentar esses riscos.

Publicado na revista científica Cell, o estudo acompanhou mais de 200 pacientes, entre dois a três meses, após o diagnóstico da covid-19. Foram coletadas amostras de sangue e zaragatoas (cotonetes) nasais desses voluntários que foram atendidos em ambulatórios, mas não necessariamente passaram por internação hospitalar. As coletas foram feitas entre 2020 e o início de 2021.

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A partir das análises de amostras dos voluntários, os cientistas identificaram fatores biológicos que podem ajudar a prever se uma pessoa desenvolverá a covid longa ou não. A seguir, confira os 4 fatores de risco:

  • Carga viral do coronavírus;
  • Presença de autoanticorpos;
  • Reativação do vírus Epstein-Barr (EBV);
  • Diabetes tipo 2.

Entenda os fatores de risco da covid longa

De acordo com os pesquisadores, um dos quatro fatores de risco para a covid longa é o nível de RNA do coronavírus no sangue no início da infecção. Este é um indicador de carga viral, só que não é o único sinal. Por isso, mesmo pessoas com baixa carga viral podem apresentar as sequelas da covid-19.

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Outra questão de risco é a presença de determinados autoanticorpos, ou seja, anticorpos que atacam "erroneamente" o próprio organismo do paciente. Esses tipos de anticorpos são comuns em pessoas com lúpus e artrite reumatoide, por exemplo.

Segundo os cientistas, um terceiro fator de risco é a reativação do vírus Epstein-Barr (EBV). O agente infeccioso é conhecido por causar a mononucleose, também conhecida como "doença do beijo". Recentemente, um outro estudo propôs que a infecção pode ter relação com a esclerose múltipla em alguns pacientes.

Por fim, o quarto fator é a presença de diabetes tipo 2. No entanto, os autores alertam para a necessidade de mais estudos investigarem e, no futuro, confirmarem essa relação. Isso porque este é um estudo pequeno e envolveu exatos 209 participantes. Além disso, pode ser que a condição seja apenas uma das várias — mas ainda desconhecidas — que aumentem o risco da covid longa.

Mais estudos sobre sequelas

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“Realizamos essa pesquisa, porque sabemos que os pacientes vão aos médicos e eles dizem que estão cansados o tempo todo ou o que quer que seja, e o médico apenas diz para eles dormirem mais. Isso não é muito útil. Então, queríamos realmente ter uma maneira de quantificar e dizer que há realmente algo errado com esses pacientes”, explicou o cientista e um dos autores do estudo, Jim Heath, para o jornal The New York Times.

Além do cansaço, pacientes com a covid longa podem apresentar dores de cabeça, névoa mental, falta de ar e dificuldades para dormir (ansiedade). Essas sequelas podem durar por pelo menos 8 meses, dependendo do paciente.

No momento, a covid longa é uma complicação ainda desconhecida e há pouco o que fazer para acelerar a recuperação dos pacientes. Com mais conhecimento sobre o tema, é possível auxiliar e acelerar a melhora clínica dos doentes.

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“Esta pesquisa enfatiza a importância de fazer medições no início do curso da doença para descobrir como tratar os pacientes, mesmo que ainda não saibamos como vamos usar todas essas informações”, destacou Heath. “Uma vez que você começa a medir algo, então você pode começar a fazer algo sobre isso”, completou.

Fonte: Cell NYT