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Noruega investiga mortes de 23 idosos após vacinação contra COVID-19

Por| 20 de Janeiro de 2021 às 22h00

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Cottonbro/Pexels
Cottonbro/Pexels

No mundo, mais de 40 milhões de pessoas já foram imunizadas contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2), segundo monitoramento da plataforma Our World in Data. Nesse cenário, alguns relatos de reações adversas e óbitos, não necessariamente relacionados com os imunizantes, são discutidos e, principalmente, repercutidos. Entre eles, está a situação da Noruega e da vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer e pela empresa de biotecnologia alemã BioNTech.

Com mais de 40 mil pessoas vacinadas contra a COVID-19, a Noruega registrou óbito de 23 idosos, até 14 de janeiro, segundo a agência de notícias Reuters. Em comum, os pacientes foram imunizados com a vacina de RNA mensageiro (mRNA) da Pfizer.  A questão imediatamente levantada após o ocorrido é se as mortes têm alguma relação com o imunizante, e por isso, uma investigação detalhada sobre as fatalidades foi encomendada pelo governo norueguês.

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"Pode ser uma coincidência, mas não temos certeza", comentou Steinar Madsen, diretor médico da Agência Norueguesa de Medicamentos (NOMA), ao jornal BMJ. "Não há uma conexão certa entre essas mortes e a vacina", complementa Madsen. Para qualquer afirmação, as análises de cada caso deverão ser concluídas.

Reações adversas à vacina da Pfizer?

Sobre os casos de óbitos entre os idosos, a empresa de mídia norueguesa NRK informou que "todas as mortes ocorreram em pacientes idosos frágeis em casas de repouso. Têm mais de 80 anos e alguns deles mais de 90". Outra informação divulgada era de que cerca de 400 mortes, nas mesmas casas de repouso, são relatadas semanalmente em todo o país, devido à saúde já debilitada desses indivíduos.

Até agora, a agência NOMA investigou 13 destas mortes e concluiu que algumas das reações adversas comuns da vacina, como febre, náusea e diarreia, poderiam ter contribuído para o óbito em alguns dos pacientes mais frágeis. "Há uma possibilidade de que essas reações adversas comuns, que não são perigosas em pacientes mais jovens e em boa forma física, e não são incomuns com as vacinas, possam agravar doenças subjacentes em idosos", aponta o médico.

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"Agora, estamos pedindo aos médicos que continuem com a vacinação, mas façam avaliações extras de pessoas muito doentes, cuja condição subjacente possa ser agravada por ela", informa o médico da NOMA sobre o novo protocolo de vacinação contra a COVID-19 na Noruega. 

Em comunicado, os desenvolvedores do imunizante informam: "Pfizer e BioNTech estão cientes das mortes relatadas após a administração da vacina BNT162b2. Estamos trabalhando com a NOMA para reunir todas as informações relevantes". Além disso, "todas as mortes relatadas serão avaliadas minuciosamente pela NOMA para determinar se esses incidentes estão relacionados à vacina. O governo norueguês também considerará ajustar suas instruções de vacinação para levar a saúde dos pacientes mais em consideração", completa.

Fonte: Business Insider  e Reuters