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Vacina de Oxford será testada em mais 5 mil brasileiros (incluindo idosos)

Por| 16 de Setembro de 2020 às 14h20

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Dimitri Houtteman/Unsplash
Dimitri Houtteman/Unsplash

Depois de uma semana conturbada para a pesquisa com a vacina contra a COVID-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, boas notícias chegam para o estudo clínico. Nesta final de semana, foi divulgado que a reação adversa grave de uma voluntária não estava relacionada ao imunizante contra o coronavírus SARS-CoV-2. Agora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) libera uma nova rodada de testes no Brasil.

Nesta terça-feira (15), a Anvisa autorizou uma ampliação de mais cinco mil voluntários, incluindo pessoas com mias de 60 anos, que poderão participar no estudo clínico de fase 3 — a última antes da aprovação e posterior registro — com a vacina contra a COVID-19. Dessa forma, o Brasil terá 10 mil voluntários contribuindo para a pesquisa contra o coronavírus.

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"Nessa etapa, podem entrar no estudo idosos, pessoas acima dos 60 anos que façam parte do perfil descrito. Isso é extremamente importante, porque incluímos nessa fase pessoas que sabidamente têm risco mais elevado de complicações à COVID-19 e, assim, o estudo pode refletir ainda mais a realidade. Isso, além de ampliarmos bastante o número de participantes, o que dará ainda mais robustez na análise de dados relacionados à segurança e eficácia da vacina", comenta a professora Lily Weckx, coordenadora do CRIE e responsável pelo estudo da vacina de Oxford no Brasil.

Testes da vacina de Oxford contra a COVID-19

Entre os voluntários, podem participar da pesquisa apenas adultos acima de 18 anos, que sejam profissionais de saúde e que atuem na linha de frente do combate à COVID-19. Além disso, podem integrar os testes também trabalhadores que desempenhem funções em ambientes com alto risco de exposição ao novo coronavírus, como motoristas de ambulância, seguranças de hospitais e agentes de limpeza desses estabelecimentos. Entretanto, a novidade é com a inclusão de pessoas com mais de 60 anos que, até então, não eram selecionadas para o estudo.

Com a autorização da Anvisa, hoje mesmo, os centros participantes devem iniciar o processo de recrutamento para os novos cinco mil voluntários. Esse recrutamento e a aplicação da vacina em testes acontecerão: em Natal, no Rio Grande do Norte, pelo Centro de Pesquisas Clínicas de Natal (CPCLIN); em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); e em Santa Maria, também no estado gaúcho, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

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Fora da nova inclusão de testes, pesquisadores ainda acompanham voluntários que receberam doses da vacina de Oxford nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia. Na pesquisa, uma parte dos selecionados recebe um placebo e a outra a vacina a ChAdOx1 nCoV-19, que utiliza um adenovírus encontrado em chipanzés, editado geneticamente e que carrega uma proteína do novo coronavírus.

Neste momento, a coordenação de todo o estudo clínico nacional segue com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), através do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie/Unifesp). Além disso, a pesquisa conta com a parceria da Rede D’Or, que realiza o recrutamento e a aplicação da vacina em Salvador, pelo Hospital São Rafael, e no Rio de Janeiro, pelo Instituto D’OR de Pesquisa e Ensino (IDOR).